Quatro pessoas ficaram hoje em prisão preventiva por serem suspeitas de tráfico de droga, após na quinta-feira a PSP ter desmantelado um grupo criminoso no Bairro da Quinta do Loureiro, em Lisboa.
Segundo uma informação do Conselho Superior da Magistratura, os 20 arguidos foram hoje ouvidos no Tribunal Central de Instrução Criminal pelo juiz João Bártolo, que aplicou as medidas de coação.
Todos os suspeitos ficaram com termo de identidade e residência, sendo que 16 deles também estão proibidos de contactar com os outros arguidos.
O juiz ordenou também a prisão preventiva, a medida de coação mais gravosa, para quatro dos arguidos.
A PSP desmantelou na quinta-feira um grupo de 20 pessoas que se dedicava ao tráfico de droga e deteve vários suspeitos, numa operação que decorreu no Bairro da Quinta do Loureiro, em Lisboa.
Em comunicado, a PSP revelou que foi dado cumprimento a 18 mandados de busca domiciliária em Lisboa, Loures e Sesimbra, sendo o Bairro Quinta do Loureiro “o epicentro destas práticas criminais”.
De acordo com a polícia, este grupo de 13 homens e sete mulheres “operava com alguma violência e mostrava-se extremamente alertado para a presença policial com a utilização de várias ‘barricadas’ para impedir o acesso da polícia ao interior do bairro”.
O grupo contava ainda com o uso de “diversos vigias” para alertar para a presença da polícia, sendo que, através deste ‘modus operandi’, os residentes naquele bairro viam “fortemente condicionadas as suas rotineiras deslocações entre o exterior e as suas residências”.
Além disso, “eram confrontados com um tráfico direto ao consumidor no hall de entrada” do prédio “onde estava instalada a ‘banca’ de droga”.
Com as detenções, a PSP acredita que conseguiu dar “um duro golpe” no tráfico de droga no Bairro Quinta do Loureiro e “devolver, em parte, o sentimento de segurança” à população.
Durante a operação foram apreendidas mais de 2.500 doses individuais de heroína, mais de três mil de cocaína, perto de 12 mil de haxixe, 10 de liamba, 115 de ecstasy, mais de 28 mil euros, três armas de fogo e várias munições.
Segundo disse à agência Lusa, na quinta-feira, o comissário André Teixeira, algumas pessoas foram detidas em flagrante a vender droga na via pública e outras no interior das habitações.
