Associação Música Portuguesa a Gostar Dela Própria terá espaço físico

CURA é o nome dado ao espaço físico que a Associação A Música Portuguesa a Gostar Dela própria vai inaugurar em março, no concelho da Lousã, e que serve para celebrar 100 anos de tradição oral portuguesa.


“CURA é o nome que vamos dar ao espaço físico da Associação A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria, resultante de uma candidatura à Operação Renovação de Aldeias. CURA significa a ação do tempo e celebra todo o nosso trabalho de registo audiovisual da memória coletiva portuguesa, dos últimos 100 anos”, explicou Tiago Pereira, fundador da associação.

Com sede em Serpins, no concelho da Lousã (distrito de Coimbra), o espaço físico d´A Música Portuguesa a Gostar Dela própria – que vem gravando, desde 2011, canções, músicas, práticas religiosas, artesãos, histórias de vida, sempre na primeira pessoa a cidadãos que nasceram entre 1920 a 1990 -, será inaugurado em 25 de março.

“Com mais de 7.000 vídeos que podem ser agora vistos e ouvidos no mesmo espaço, em Serpins, colocamos todo o mapa de Portugal nesta pequena vila do concelho da Lousã. Onde estamos à mesma distância do Algarve e de Trás-os-Montes”, indicou, em nota de imprensa enviada à agência Lusa.

Aqui nascerá uma “Tasca Digital”, um espaço com chão de azulejo, um balcão, mesas de taberna e uma mesa digital interativa, onde se pode assistir aos vídeos do espólio da associação, enquanto se provam vinhos e queijos de várias regiões, “permitindo uma fruição e um conhecimento interativo do país”.

Já o espaço multifunções será equipado com sistema de som e projetor de vídeo, onde se poderão assistir a filmes, debates, espetáculos de música ou de dança, bem como participar em oficinas.

De acordo com A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria, este espaço físico vai permitir “o contacto com o outro lado menos visível da associação, as suas edições, uma revista semestral, Serpins Magazine, que pode ser lida e adquirida, tal como os mapas ilustrados por diversos ilustradores”.

Vai possibilitar também o contacto com “os discos editados e produzidos por Tiago Pereira, “TOMO 1” de Sílvio Rosado e em breve “O Bombo” do percussionista Tiago Sami Pereira, ou ainda os documentários realizados e produzidos, As memórias da Mina da Panasqueira ou as Polifonias de Arouca, a Música Invisível sobre a música cigana em Portugal e muitos mais”.

CURA tem o apoio da Fundação Inatel, da Junta de Freguesia de Serpins e da Câmara Municipal da Lousã.

Para a sua inauguração, foi agendado um programa de três dias, de 24 a 26 de março, onde se destaca uma Parada Musical, com mais de 300 músicos de todo o país (dia 25 de março).