O salão nobre dos Paços do Concelho foi palco da sessão de entrega do Selo Protetor
atribuído pela Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças
e Jovens (CNPDPCJ) a estabelecimentos de ensino de todo o país.
A entrega do certificado e da bandeira aos 28 estabelecimentos de ensino aos quais
foi atribuído o Selo Protetor para o biénio 2022/2024, implica a assinatura de um
compromisso de cooperação, estabelecido entre essas entidades e a CNPDPCJ.
Cantanhede destacou-se nesta edição como o Município que mais estabelecimentos
viu serem distinguidos: Agrupamento de Escolas Lima-de-Faria, Agrupamento de
Escolas Marquês de Marialva e Escola Técnico Profissional de Cantanhede. A estes
juntou-se o Agrupamento Gândara-Mar, que fora reconhecido na edição anterior, mas
cujos dirigentes entenderam por bem receber a bandeira na edição deste ano,
realizada na sede do concelho.
O momento serviu ainda para assinalar a implementação, nas regiões Centro e Norte
do país, do sistema integrado de gestão das situações de risco e perigo a que estão
sujeitas crianças e jovens, processo que envolve ações de autodiagnóstico e
capacitação pelas entidades com competências em matéria de infância e juventude.
Ao intervir na sessão, na qual esteve acompanhada do vice-presidente Pedro Cardoso
e da vereadora Célia Simões, a presidente da Câmara Municipal de Cantanhede
começou por agradecer à CNPDPCJ “o reconhecimento efetivo do comprometimento
do Município de Cantanhede com os objetivos de tão meritório projeto”, não
esquecendo que para tal muito contribuiu a adesão de todos os agrupamentos de
escolas do concelho e, por essa via, da totalidade dos estabelecimentos escolares.
“Felicito, por isso, os senhores diretores, os professores e todos quantos participaram
na elaboração das candidaturas submetidas para o efeito”, sublinhou.
Sobre o projeto da CNPDPCJ, Helena Teodósio destacou “a sua missão assente na
promoção do sucesso educativo, na valorização da formação integral dos alunos e na
proteção das crianças e dos jovens enquanto agentes ativos na construção do bem-
estar coletivo” e no qual “o papel da família na construção de uma escola que promova
o sucesso e a segurança é fundamental”.
“Só quem estiver muito distraído poderá relativizar a acuidade e relevância de uma
iniciativa desta natureza, só quem for completamente insensível aos dramas das
vítimas de menores que com uma regularidade alarmante invadem o espaço mediático
poderá ser indiferente ao alcance social deste programa desta Comissão Nacional”,
complementou, reforçando que “a escola tem de reforçar a sua função na proteção de
crianças e jovens, tanto mais que é aí que passam grande parte do seu tempo”.
Já a presidente da CNPDPCJ, Rosário Farmhouse, começou por destacar o facto de
Cantanhede ter sido o Município com mais estabelecimentos distinguidos nesta 5.ª
edição do Selo Protetor, enfatizando a importância da escola no bem-estar de crianças
e jovens.
“Receber o selo protetor significa que as entidades têm o foco nos direitos das
crianças, criando metodologias proativas de promoção desses mesmos direitos.
Desejo que muitas mais entidades se juntem a esta causa, transformando Portugal
num país que aposta na promoção e proteção das crianças e jovens e que terá, cada
vez mais, um futuro melhor”, concluiu.
A sessão incluiu também um debate sobre o papel da Educação na promoção dos
direitos das crianças e dois momentos musicais.