Teatro Académico de Gil Vicente aposta no reforço de laços com a comunidade

O Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV), em Coimbra, propõe para os próximos quatro meses uma programação de continuidade, embora com alguns ajustes que visam reforçar os laços com a comunidade, anunciou hoje o novo diretor.

“Apresentamos um conjunto de projetos interessantes, desafiadores, que vêm em grande parte da direção anterior. O primeiro desafio que temos é trabalhar a partir do mote ‘Teatro na Praça’, fazendo uma ligeira mudança para ‘Não há Teatro sem Praça’”, referiu.

Na conferência de imprensa de apresentação da temporada de outono do TAGV, que dirige desde maio, Sílvio Correia Santos sublinhou que “a pequena mudança” tem como objetivo destacar as pessoas e os espaços públicos, promovendo a abertura e a aproximação do teatro à comunidade.

O novo diretor, que sucedeu a Fernando Matos de Oliveira, que dirigiu o TAGV ao longo de 12 anos, apontou ainda a sua intenção de aprofundar o trabalho em rede, quer através de parcerias locais, como nacionais e até internacionais.

Sobre a temporada de outono, agendada para os meses de setembro a dezembro, Sílvio Correia Santos destacou a transversalidade das propostas, em áreas como o teatro, artes performativas, cinema ou música.

No seu entender, um dos pontos altos da programação é a “École des Maîtres”, que terá lugar em Coimbra de 27 de setembro a 02 de outubro.

O curso internacional de formação teatral avançado teve início no final de agosto, “com um conjunto de jovens interpretes, de vários países”, que passarão por Itália, seguindo-se Coimbra e o Teatro Nacional D. Maria II.

“A apresentação pública da École des Maîtres é a 30 de setembro”, acrescentou.

Outro ponto alto da temporada de outono é a Mostra de Teatro Galego, organizada pela Escola da Noite e a Cena Lusófona, entre 28 de setembro e 07 de outubro.

O diretor do TAGV aludiu também às propostas musicais, que contemplam a Abertura Sinfónica do Ano Letivo 2023/2024 da Universidade de Coimbra, na noite de 27 de setembro, pela mão da Orquestra Académica da Universidade de Coimbra, bem como os Encontros Internacionais de Jazz a 14 de outubro.

Destaque ainda para o espetáculo de Rodrigo Leão e Carlos Maria Trindade, a 07 de novembro; o Ciclo de Música Orphika da Universidade de Coimbra de 28 de novembro a 07 de dezembro; e o Coimbra em Blues nos dias 01 e 02 de dezembro.

No que toca a Cinema, terá lugar um ciclo dedicado a Roberto Rossellini e a Festa do Cinema Francês, de 18 a 21 de outubro.

Durante a conferência de imprensa, o assessor para a programação e mediação, Alexandre Lemos, chamou também a atenção para a adaptação dramatúrgica de João Maria André a partir do livro de José Saramago “As Intermitências da Morte”, que estará no TAGV a 13 de outubro.

Destacou ainda a “Anti-Conceção”, da Marionet, que de 25 a 27 de outubro, “assinala os 100 anos do nascimento do cientista e dramaturgo Carl Djerassi, que foi Prémio Nobel por ter descoberto a pílula contracetiva”.

Também no teatro, a 09 de novembro chega um espetáculo sobre ciência, dedicado a Nicola Tesla; enquanto a 25 de novembro, Mickaël de Oliveira coloca em palco “A nossa Vida”, o segundo episódio da Vida Selvagem.