Com país sob aviso amarelo, Proteção Civil dá conselhos sobre como agir

A ocorrência de inundações é normal quando chegam as primeiras chuvas do ano, mas há medidas que se podem tomar para evitar que as consequências sejam muito graves.

Depois de uma semana de calor, a chuva vai voltar em força, já a partir desta sexta-feira, mantendo-se assim durante todo o fim de semana, em todo o território nacional.

O IPMA já colocou o país em aviso amarelo, devido à ocorrência de aguaceiros, por vezes fortes e acompanhados de trovoada.

Nessa mesma senda, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil emitiu ainda um comunicado onde prepara os portugueses para aquele que é o cenário possível em situações como esta e quais as precauções a tomar.

A Proteção Civil começa por lembrar que nestas estações de transições, em que se começam a  registar as primeiras chuvas, é normal:

  • Ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento;
  • Ocorrência de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras; deslizamentos e derrocadas, provocados pela infiltração da água;
  • Contaminação de fontes de água potável por inertes resultantes de incêndios rurais;
  • Arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte, que podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública

Apesar de serem situações normais, perante este cenário meteorológico, há medidas que podem ser tomadas para que o impacto destas seja minimizado.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) deixa-lhe assim os seguintes conselhos:

  • Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
  • Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
  • Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
  • Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando a circulação e permanência nestes locais;
  • Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;
  • Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água nas vias;
  • Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
  • Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança

Recorde-se que todo o país estará sob aviso amarelo, sendo as regiões Norte e Centro as mais afetadas. Prevê-se vento do quadrante oeste, rodando para o quadrante sul e aumentando de intensidade ao longo dos dias, soprando até 55 km/h e com rajadas até 90 km/h e uma agitação marítima com aumento gradual, prevendo-se ondas até 4 metros no domingo, no litoral Norte e Centro