Funcionários da Escola Afonso de Albuquerque na Guarda exigem mais trabalhadores

Os funcionários da Escola Secundária Afonso de Albuquerque da Guarda aderiram hoje à greve nacional para exigirem a admissão de mais trabalhadores, obrigando ao encerramento do estabelecimento por não estar garantido o serviço do refeitório.

O estabelecimento de ensino abriu normalmente de manhã, mas teve de ser encerrado pelas 10:30 por não ser possível assegurar as refeições aos alunos por falta de pessoal, disse à agência Lusa José Carvalho, diretor do Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque, na Guarda.

O Agrupamento tinha alertado na véspera para os possíveis constrangimentos provocados pela greve da função pública marcada para esta sexta-feira.

Os trabalhadores da Afonso de Albuquerque reivindicam a contratação de mais pessoal para fazer face ao volume de trabalho nas várias valências da escola.

O diretor do Agrupamento reconhece as dificuldades do pessoal não docente e diz “agradecer” tudo aquilo que tem sido feito, manifestando-lhe a sua “solidariedade”.

“Merecem toda a minha consideração e respeito” sublinha José Carvalho.

O responsável salienta que a Câmara Municipal da Guarda está “atenta” e “sensível” para o problema, mas reconhece dificuldades em encontrar uma solução para contratar mais funcionários.

O Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Centro afirma que a situação “é complicada” e que os “trabalhadores estão fartos de esperar”.

Anabela Cortez precisa que numa escola com mais de mil alunos seriam necessários 45 trabalhadores “para um normal funcionamento”, mas neste momento estão ao serviço 33, pelo facto de nove estarem de baixa médica.

“Na cozinha para servir mais de 600 alunos estão três trabalhadores quando deveriam estar sete. E há seis alunos com necessidades especiais educativas e dois com mobilidade reduzida em cadeira de rodas” a necessitar de maior atenção, indica a sindicalista.

O Sindicato sublinha que a situação é “insustentável para os trabalhadores que exigem, de imediato, admissão de pessoal que garanta a normalidade do funcionamento da escola e mantenha a segurança e bem-estar de todos os alunos, professores e assistentes operacionais”.

A Lusa contactou a vereadora da educação na Câmara da Guarda, Amélia Fernandes, mas não esteve disponível para prestar esclarecimentos.

No Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque, a greve nacional obrigou ainda ao encerramento das escolas de Maçainhas, Trinta e Augusto Gil, por falta de pessoal não docente, por não ser possível assegurar a vigilância e segurança das crianças.