O Hospital Francisco Zagalo arranca na quarta-feira com a última fase das obras de requalificação no seu bloco operatório, pelo que as cirurgias programadas para essa unidade de Ovar serão transferidas para Aveiro e Águeda até conclusão dos trabalhos.
Segundo revela a administração da Unidade Local de Saúde (ULS) da Região de Aveiro, que gere os três referidos hospitais desde o passado dia 01 de janeiro, a empreitada a executar em Ovar corresponde à “fase final” de uma obra avaliada em 3,3 milhões de euros e “obriga à interrupção de toda a atividade cirúrgica” do hospital.
“Estima-se que a obra esteja concluída em finais de abril, sendo que, até lá, as cirurgias mais urgentes serão integradas na programação dos hospitais de Aveiro e Águeda”, informa a ULS.
A administração dos três hospitais admite que as mudanças em questão “causam transtornos a doentes e profissionais”, mas garante que esses constrangimentos “são absolutamente necessários, no sentido de se conseguir concluir o novo bloco operatório” — que, além de ocupar a zona de cirurgia atual, se alargará também a outros espaços, para criar novas áreas de apoio à atividade cirúrgica.
A administração da ULS de Aveiro acredita, contudo, que os presentes inconvenientes serão compensados no futuro: “Esta obra, há muito desejada pela população de Ovar e concelhos limítrofes, vai permitir desempenhar a atividade cirúrgica com adequadas condições de operacionalidade e segurança, envolvendo tecnologias modernas e circuitos conformes com os requisitos regulamentares atuais”.
Desde 01 de janeiro, o Hospital Francisco Zagalo passou a integrar a ULS da Região de Aveiro, que abrange também o Hospital Infante D. Pedro (de Aveiro), o Hospital Conde de Sucena (em Águeda) e o Hospital Conde de Salreu (em Estarreja), assim como todos os centros de saúde e outras unidades de cuidados primários antes tutelados pelo entretanto extinto Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Vouga.
A requalificação do bloco cirúrgico de Ovar está em curso desde setembro de 2022 e representa, em intervenção arquitetónica e apetrechamento técnico, um investimento global na ordem dos 3,3 milhões de euros, dos quais 2,5 milhões financiados por fundos comunitários ao abrigo do Programa Operacional Regional Centro 2020.
Inicialmente prevista para durar apenas 12 meses, a empreitada está a cargo da construtora NORCEP S.A., selecionada para o efeito em concurso público a que se candidataram 14 empresas.