O Município de Arganil está a reabilitar três edifícios públicos para acolhimento temporário de pessoas em situação de emergência e vulnerabilidade.
Este projeto destina-se a reforçar a capacidade de resposta habitacional nas zonas mais afastadas do concelho, refletindo um investimento de 500 mil euros no âmbito da BNAUT – Bolsa Nacional de Alojamento Urgente e Temporário.
Recentemente, foi concluída a reabilitação da antiga escola de Torrozelas, na freguesia de Arganil, transformando o espaço numa unidade com tipologia familiar preparada para acolher até três pessoas. As obras da antiga escola primária da Sanguinheda, em São Martinho da Cortiça, encontram-se em fase de execução, com conclusão prevista para o final de abril e capacidade de acolhimento para três pessoas. Já a reabilitação do antigo posto médico da Sarnadela, em Pombeiro da Beira, será finalizada em julho e terá capacidade para acolher até quatro pessoas.
Para o presidente da Câmara Municipal de Arganil, Luís Paulo Costa, este projeto tem um significado especial, não apenas pelo impacto social direto, mas também pela oportunidade de valorizar o património do concelho que se encontra inativo.
“Estes edifícios, que durante décadas serviram as nossas populações, ganham agora uma nova vida, com uma função muito nobre: serem abrigo para quem enfrenta momentos de grande fragilidade”, sublinhou.
Este projeto, que visa o acolhimento temporário de pessoas em situações de emergência, é fundamental para garantir uma resposta rápida e eficaz face a imprevistos como catástrofes naturais, incêndios ou outras situações excecionais.
Trata-se de um investimento que vai além da simples resposta habitacional, considera Luís Paulo Costa. “Estamos a criar condições para que as pessoas acolhidas nestes espaços encontrem não apenas um teto, mas também um ponto de partida para recomeçar com dignidade e esperança. Queremos assegurar que, em situações de emergência, ninguém se sinta desamparado ou esquecido”, acrescentou.
Financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o projeto visa garantir uma resposta adequada às necessidades habitacionais emergentes, reforçando a capacidade do concelho em oferecer soluções de alojamento que promovam a inclusão social, a proteção e a promoção da autonomia das pessoas, combatendo as desigualdades e assegurando uma adequada rede de proteção social.