O deputado Salvador Malheiro defendeu esta quarta-feira no Parlamento que o PSD é o “referencial de estabilidade” no nosso país. Intervindo na sessão plenária, o parlamentar social
democrata destacou o que apelidou de contradições verificadas nas posições de altos
responsáveis do principal partido da oposição.
“Onde anda o PS de Mário Soares, de Jaime Gama e, até, de António Guterres?” – questionou
Salvador Malheiro no plenário, depois de ter assinalado a “falta de responsabilidade e
honestidade intelectual do principal partido da oposição, o PS, nos últimos tempos”.
Notando que “as visões diferentes e o confronto político são salutares num regime
democrático”, o deputado aveirense disse ser exigível “coerência e, sobretudo,
responsabilidade aos partidos políticos”.
Salvador Malheiro assinalou o que considerou “a maior mudança de opinião de um líder político de que há memória, renegando posições assumidas pelo seu partido há quase duas décadas, apenas e só por questões meramente taticistas e eleitoralistas”, referindo-se à recente posição do líder do PS, Pedro Nuno Santos, a propósito da política de imigrações.
“Já não bastava o facto de terem aprovado a descida do IVA da eletricidade quando passaram
para a oposição, tendo-se esquecido de faze-lo quando estiveram a governar durante oito
anos. E fizeram-no sem qualquer pudor de associar-se à estrema direita, ao tal partido de
quem diziam que não nunca passaria” – vincou o parlamentar social democrata.
Para Salvador Malheiro, “o PS dantes não era assim”, pois, como sublinhou na sua
intervenção, “defendia intransigentemente o socialismo democrático, e bem, mas nunca deixou de ser responsável, sério e honesto intelectualmente”, dando como bom o “exemplo da postura de responsabilidade” do PSD na altura da recente pandemia, “elogiada cá dentro e lá fora”.
O deputado do PSD deixou apelos ao PS: “Entendam-se e clarifiquem as posições. Não
dignificamos a política quando temos altos responsáveis do mesmo partido a contradizerem-se
pubicamente” e “moderem-se, porque o país precisa de um PS moderado e não colado aos
estremos”.
“Nós por cá, no PSD, continuamos a nossa missão de apoiar o governo, não deixando de
fiscaliza-lo. Continuamos a defender a verdadeira social democracia, o socialismo democrático,
assente numa visão interclassista, focada na personalidade humanal e promovendo a
igualdade de oportunidades” – vincou Salvador Malheiro, complementando: “tudo baseado num setor social forte, defendendo o Serviço Nacional de Saúde, a escola pública, a cultura para todos e o combate intransigente às alterações climáticas, na certeza de que tudo isto só é possível com a geração de riqueza individual e coletiva”.
Salvador Malheiro concluiu que a “prova de que o referencial de estabilidade está no PSD e a
credibilidade do nosso projeto atrai cada vez mais pessoas, designadamente do PS”.