Um ourives que escoava os produtos de assaltos a residências e as quatro pessoas de “nacionalidade albanesa” que efetuavam os furtos estão acusados pelo Ministério Público. O homem também ajudava no alojamento dos assaltantes, que levavam dinheiro, relógios, ouro e ainda viaturas, que serviriam para os crimes seguintes.
O Ministério Público do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) deduziu, no dia 20 do corrente mês, acusação contra cinco arguidos pela prática de crimes de associação criminosa, furto qualificado, falsificação de documento, coação agravada, introdução em lugar vedado ao público e recetação.
Quatro dos arguidos têm nacionalidade albanesa e, segundo a acusação, integravam uma associação criminosa que se dedicava à prática de assaltos a residências em Portugal de forma intermitente, isto é, intercalando deslocações a Portugal com períodos fora do país.
Ao quinto arguido, de nacionalidade portuguesa, ourives de profissão, cabia dar apoio aos demais executantes dos furtos, designadamente através da procura de alojamento para o grupo, da disponibilização de automóveis, da guarda dos materiais utilizados na realização dos furtos e do escoamento dos objetos subtraídos
Foram furtados dinheiro, relógios e objetos em ouro e/ou prata, que segundo o MP confirmou à TVC, eram imediatamente transacionados através do estabelecimentos de compra e venda de metais preciosos do arguido português. Foram também subtraídos veículos automóveis, quando as respetivas chaves eram encontradas no interior das residências assaltadas, veículos, que, depois, eram usados noutros furtos.
Os factos ocorreram entre finais de 2021 e março de 2022. Dois arguidos encontram-se sujeitos à medida de coação de prisão preventiva.
O DCIAP dirigiu a investigação e foi coadjuvado pelo Departamento de Investigação Criminal da Polícia de Segurança Pública.