O Ministério Público (MP) de Aveiro acusou três pessoas de falsidade informática e branqueamento de capitais, envolvendo a utilização de dados de cartões de crédito associados a bancos portugueses e estrangeiros, informou hoje a Procuradoria-Geral Regional do Porto (PGRP).
Numa nota publicada na sua página na Internet, a PGRP refere que o despacho de acusação, datado de 29 de março, imputou aos arguidos a prática de 46 crimes de falsidade informática, 37 dos quais na forma tentada, e um crime de branqueamento.
O MP considerou indiciado que, entre julho e agosto de 2018, os arguidos “apoderaram-se de dados de cartões de crédito e, na posse dos mesmos, realizaram diversas compras de telemóveis” na Internet.
De acordo com a investigação, os arguidos recebiam os equipamentos nas moradas por si indicadas ou procediam ao levantamento dos mesmos em lojas físicas, vendendo-os depois em lojas que compram telemóveis usados.
“Indicia-se que os arguidos entraram na posse de dados de, pelo menos, 26 cartões de crédito associados a entidades bancárias brasileiras, venezuelanas, israelita, argentina, dos EUA e de Portugal”, refere a mesma nota.
Com esta conduta, os arguidos terão obtido vantagens patrimoniais no valor de 7.726,47 euros, valor que o MP requereu que seja declarado perdido a favor do Estado.