Em causa estão suspeitas de crimes como falsificação, branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada.
Decorre, na manhã desta quinta-feira, uma grande operação levada a cabo pela Autoridade Tributária e pelo procurador Rosário Teixeira, do DCIAP, que visa alguns dos mais altos responsáveis da Altice Portugal, avançou.
Em causa estão suspeitas de crimes como falsificação, branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada. Na mira da investigação estarão alegadas irregularidades na simulação de negócios e a ocultação de proveitos na alienação de património milionário da antiga PT, principalmente no setor imobiliário.
Um dos negócios que levantou alarmes junto das autoridades foi a venda de quatro prédios em Lisboa, num valor total de cerca de 15 milhões de euros. Os compradores terão ligações a um meio empresarial montado em Braga, na Zona Franca da Madeira e no Dubai.
Com este suposto esquema, que envolve circulação de capitais e devolução dos mesmos aos vendedores, a Altice Internacional e o Estado português terão sido os principais lesados, sendo alegadamente omitida a tributação de vários milhões de euros.
A Altice Portugal “confirma que foi uma das empresas objeto de buscas” no cumprimento de mandado do Ministério Público e que “encontra-se a prestar toda a colaboração” solicitada, disse hoje à Lusa fonte oficial.
Altice confirma buscas
“A Altice confirma que foi uma das empresas objeto de buscas pelas autoridades em cumprimento de mandado do Ministério Público no âmbito de processo de investigação em curso”, afirmou a fonte, sem adiantar mais pormenores.
A dona da Meo “encontra-se a prestar toda a colaboração que lhe é solicitada. A Altice Portugal estará sempre disponível para quaisquer esclarecimentos”, concluiu a mesma fonte.