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Cientista de Coimbra descobre novo fungo capaz de deteriorar monumentos de pedra

Uma investigadora da Universidade de Coimbra (UC) identificou e descreveu um novo género e espécie de fungo microcolonial negro, com potencial para deteriorar monumentos de pedra, revelou hoje esta instituição de ensino superior.

A nova espécie, denominada Saxispiralis lemnorum, foi detetada pela investigadora do Centro de Ecologia Funcional (CFE) do Departamento de Ciências da Vida (DCV) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), Diana Paiva, no Panteão dos Lemos, em Trofa do Vouga, no concelho de Águeda (distrito de Aveiro).

A Saxispiralis lemnorum foi identificada numa peça de arte fúnebre calcária com sinais de biodeterioração e pertence à família Aeminiaceae, descoberta pelo mesmo grupo de investigação, liderado pelo professor do DCV António Portugal, em 2019, na Sé Velha de Coimbra, afirma a UC, numa nota de imprensa enviada hoje à agência Lusa.

A nova espécie também se caracteriza pela sua capacidade de sobreviver a condições adversas.

“Os fungos negros são um grupo ecológico de fungos melanizados que são amplamente reconhecidos como um dos principais contribuintes para a biodeterioração de património cultural em pedra”, revela Diana Paiva.

De acordo com a investigadora, estes fungos possuem adaptações que lhes permitem tolerar vários fatores, tais como temperaturas extremas, doses elevadas de radiação ultravioleta, baixa disponibilidade de água e nutrientes, altas concentrações de sal e flutuações de pH, frequentemente encontradas na superfície da pedra.

“Ao colonizar rochas, estes fungos podem induzir deterioração química ao excretar vários tipos de compostos, como por exemplo sideróforos”, aponta.

No entanto, “o dano mais significativo resulta da ação mecânica causada pelo crescimento das suas hifas, que pode levar à erosão, à formação de pequenas fissuras e também à desagregação de pequenos fragmentos da pedra, consequentemente, fragilizando o substrato. Além disso, causam danos estéticos como consequência da produção de melanina, resultando no aparecimento de manchas negras”, esclarece.

Para a investigadora, esta descoberta não deve ser encarada de forma alarmante, visto que o objetivo não deve ser tentar erradicar este tipo de fungos, mas sim compreender a melhor forma de minimizar o impacto que têm e, consequentemente, proteger estes monumentos.

Dado o valor que estes monumentos históricos têm, para Diana Paiva “a realização de tipo de estudos como este é crucial para a construção de uma base de informação sobre esta e outras espécies que colonizam a pedra, que possa ser útil para o estabelecimento de processos de restauro mais adequados e eficazes para a conservação do património cultural, podendo auxiliar no controlo do desenvolvimento destes organismos”.

O trabalho, desenvolvido no âmbito do seu doutoramento em Biociências, representa uma “contribuição significativa para o entendimento da diversidade fúngica envolvida na biodeterioração do património em calcário”, acredita Diana Paiva.

A cientista deu ainda nota de que, no Panteão dos Lemos, foi encontrada uma diversidade muito além das expectativas iniciais e, por isso, a equipa está a trabalhar para a descrição “de mais sete novas espécies”.

O artigo publicado na revista científica Jounal of Fungi pode ser consultado através do ‘link’ https://www.mdpi.com/2309-608X/9/9/916.

Trabalhadores da TSF confirmam que foram informados do pedido de demissão

A Comissão de Trabalhadores (CT) da TSF, da Global Media Group (GMG), “confirma que foi informada do pedido da demissão da parte da direção” da rádio, num comunicado a que a Lusa teve hoje acesso.

Na sequência da reunião da Comissão de Trabalhadores da TSF com a administração da Global Media Group, na qual estiveram presentes o CEO [presidente executivo] José Paulo Fafe e o administrador financeiro Filipe Nascimento”, o órgão recorda que hoje, pelas 12:00, decorre uma assembleia de trabalhadores.

“Na reunião serão comunicadas as informações recolhidas por esta comissão sobre os pagamentos, o plano de saídas e o eventual despedimento coletivo num quadro que, a administração insiste, é de grave situação financeira”, adianta a CT da TSF.

“Face também às noticias que foram veiculadas esta noite, a Comissão de Trabalhadores confirma que foi informada do pedido de demissão por parte da direção da TSF”, conclui o órgão representativo dos trabalhadores.

De acordo com um comunicado interno da administração da Global, datada de 06 de dezembro, a GMG vai negociar “com caráter de urgência” rescisões com 150 a 200 trabalhadores e avançar com uma reestruturação para evitar “a mais do que previsível falência do grupo”.

A atual direção da TSF, constituída por Rui Gomes (diretor-geral), Rosália Amorim (diretora de informação) e Artur Cassiano (subdiretor de informação) iniciaram funções no passado dia 02 de outubro, ou seja, há pouco mais de dois meses.

“Estamos certos da capacidade desta nova liderança na concretização dos principais objetivos definidos para a TSF, e que passam por um novo ciclo de reforço de investimento em recursos humanos, infraestruturas e inovação, fator essencial para o crescimento e afirmação de uma marca histórica de rádio em Portugal”, referiu, na altura, a administração da GMG, em comunicado

“Nos últimos 10 anos, a TSF – Rádio Jornal Notícias acumulou sucessivos passivos, na ordem dos 10 milhões de euros. Só este ano e até setembro o prejuízo cifra-se em 1,3 milhões de euros, valor esse idêntico ao encerramento de contas de 2022, existindo a previsão que até final deste ano possa atingir um valor de cerca de dois milhões de euros”, apontou a administração.

Esta “será uma última e decisiva tentativa de salvar um projeto que se encontra insustentável devido ao rumo seguido na última década e em especial nos últimos anos”, lia-se no comunicado divulgado no final de setembro

“Todos os trabalhadores e colaboradores da TSF podem contar com o determinado empenho da administração da GMG para relançarmos e consolidarmos a força da TSF”, referia aadministração, em comunicado.

Em 20 de setembro, os trabalhadores da TSF estiveram pela primeira vez em greve nos 35 anos de existência da rádio, tendo reivindicado a defesa de aumentos salariais, pagamento pontual de vencimentos e a manutenção da direção de Domingos Andrade, com os delegados sindicais a darem conta de uma adesão total.

O ministro da Cultura vai receber hoje à tarde uma delegação de jornalistas das várias marcas da GMG.

Alfa Romeo Clube de Portugal – Clube Alfista de Portugal visitou o Castelo Mágico

No passado domingo, dia 10 de dezembro, o Alfa Romeo Clube de Portugal – Clube Alfista de Portugal realizou a iniciativa Encontro Natalício – Montemor-o-Velho e reforçou o espírito da quadra festiva com uma visita ao Castelo Mágico e ao centro histórico.

 Na receção na Praça da República, o vice-presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, Décio Matias, agradeceu a visita e reiterou: “É com muita satisfação que vos voltamos a receber em Montemor-o-Velho para viverem e sentirem o concelho, em particular no Natal, sendo também uma oportunidade para conviver e promover e divulgar o gosto pelo automobilismo”. 

Montemor – o – Velho: Nico Magic Run & Party: animação dentro e fora das muralhas do Castelo e muita cor na Vila

A corrida mais mágico-fluorescente está de volta e promete encher a vila de Montemor-o-Velho e o Castelo de cor, luz, alegria, boa energia e muitas surpresas. 

A Nico Magic Run & Party é um espetáculo dentro de um espetáculo. Inserida na programação do Castelo Mágico, no sábado, dia 16 de dezembro, a caminhada/corrida mais mágico-fluorescente está de volta e promete encher a vila de Montemor-o-Velho e o Castelo de cor, luz, alegria e boa energia.

Ao longo de um percurso de 3 quilómetros, com início na Praça da República (junto à Câmara Municipal) e término no Castelo, este é o convite perfeito para um programa em família, onde se vive um espírito de animação contagiante, com doses generosas de música, neve, dança, fogo de artifício e muitas surpresas. Depois de uma experiência mágica e memorável, que também incita à descoberta do centro histórico da vila, a animação continua no Castelo com uma festa com Dj.  

O ano passado a iniciativa contou com mais de 1000 participantes e este ano a corrida aos bilhetes começou de forma intensa. As inscrições estão limitadas a 1200 pessoas, pelo que se aconselha à compra antecipada de bilhetes a todos(as) os(as) que não queiram perder esta festa mágica.

Os bilhetes para a prova incluem o acesso à corrida, às várias diversões, bem como ao Kit da Nico Magic Run & Party, composto por uma t-shirt fluorescente oficial do evento, sticks glow luminoso (esponja 50 cm) e ainda duas surpresas preparadas pelo Nico (mascote do Castelo Mágico e embaixador da corrida): uns óculos e um barrete que colocarão os participantes à imagem da simpática mascote.

Os bilhetes de acesso ao evento podem ser adquiridos online em https://castelomagico.byblueticket.pt/ ou na bilheteira do Castelo Mágico e também nas Piscinas Municipais por 7,5€. As pessoas com bilhete do Castelo Mágico para dia 16 têm direito a desconto e pagam apenas 5€ para participar na Nico Magic Run & Party.

Mediante a apresentação do bilhete, os kits podem ser levantados entre os dias 11 e 15 de dezembro, no edifício das Piscinas Municipais, entre as 9h e as 17h30, ou no dia do evento, até às 19h, junto ao local onde começa a diversão.

Mais informação em https://castelomagico.pt/nico-magic-run-party/

Informação complementar:

Programa:

19h30 | Praça da República

Animação com espetáculo de som e luz e atividade física.

21h | Praça da República

Início da Nico Magic Run & Party.

22h30 | Castelo Mágico

Party com DJ

Kit Nico Magic Run & Party!

– T-shirt técnica amarela fluorescente.

– Stick Glow Luminoso Tricolor esponja 50cm.

E outras surpresas preparadas pelo Nico!

Levantamento dos Kit’s:

De 4ª a 6ª feira, dias 13, 14 e 15 de dezembro, nas Piscinas Municipais, entre as 9h e as 17h30; No dia do evento, sábado, dia 16 de dezembro, entre as 9h e as 16h – nas Piscinas Municipais e a partir das 17h – na Praça da República.

Bilhetes de participação:

– O custo do bilhete para a corrida é 7.5€ por pessoa.

– Os Bilhetes de Grupo (mínimo de 20 pessoas) têm um custo de 6€ por pessoa e poderão ser solicitados por email para castelomagico@cm-montemorvelho.pt.

Caso tenha bilhete para Castelo Mágico para o dia 16 de dezembro, terá o custo de 5€ por pessoa – promoção válida apenas nos postos de venda físicos.

Os bilhetes podem ser adquiridos:

– Online: https://bit.ly/46zgvIG

– Bilheteira do Castelo Mágico (nos dias 14, 15 e 16 de dezembro)

– Piscinas Municipais de Montemor-o-Velho (entre os dias 11 e 15 de dezembro)

As inscrições são limitadas a 1200 participantes

Após confusão em hospital de Peniche, jovem detido por morder mão de PSP

Detido tinha, nessa mesma madrugada, participado em desacatos junto a uma discoteca de Peniche.

Um homem foi detido no Hospital de Peniche depois de, na sequência de um desentendimento no interior do centro hospitalar, ter agredido um agente da PSP.

O jovem de 21 anos foi detido em flagrante delito e acusado de resistência e coação sobre funcionário.

O incidente aconteceu no fim de semana, às 5h20, quando no decorrer de agressões entre vários indivíduos  no CHOeste – Hospital de Peniche, a PSP foi chamada ao local.

Chegada a patrulha, um dos intervenientes na contenda dirigiu-se a um dos polícias com a clara intenção de o agredir, pelo que teve que ser manietado com recurso à força física e, consequentemente, algemado, refere a PSP em comunicado.

O suspeito terá  desferiu vários murros na zona dorsal do polícia em causa, tendo-lhe ainda mordido a mão.

De notar, que uma hora antes deste incidente, o mesmo jovem já teria participado numa desordem junto a um estabelecimento de diversão noturna da cidade, em que a PSP de Peniche também interveio.

O detido foi sujeito a termo de identidade e residência, libertado e notificado para comparecer na secção do DIAP em Peniche, sendo que o processo seguirá os seus trâmites normais.

Conselho da Europa defende melhores condições para mães e filhos em prisões em Portugal

As condições de mães com filhos em prisões em Portugal devem ser melhoradas, defende um relatório do Conselho da Europa que considera “totalmente inaceitável” a presença de um guarda durante partos ou alegadas relações sexuais entre reclusas e trabalhadores.

O relatório do Comité para a Prevenção da Tortura e das Penas ou Tratamentos Desumanos ou Degradantes (CPT) do Conselho da Europa, divulgado hoje e que contém as conclusões da visita a Portugal realizada em 2022, sublinha que as mães e os seus filhos, mantidos nas prisões de Santa Cruz do Bispo e de Tires, devem ter “acesso a instalações de cozinha e sanitárias”.

A CPT criticou também a prática de agentes penitenciários de permanecerem durante todos os exames obstétricos (e outros atos médicos) fora da prisão e sublinhou que a presença de um agente durante o parto é totalmente inaceitável.

Em ambas as prisões, apesar da maioria das mulheres entrevistadas terem expressado a opinião de que os guardas prisionais eram profissionais, solidários ou prestativos, a delegação da CPT recebeu denúncias de maus-tratos, principalmente agressões verbais e ameaças e, mais raramente, atos de violência física.

Nas conclusões, a CPT frisou que deve ser transmitido regularmente a “mensagem clara” a todos os agentes prisionais de que “devem tratar os reclusos com respeito em todos os momentos e ter plenamente em conta a necessidade de desafiar e combater o racismo e a xenofobia, e a discriminação em geral”.

Em Santa Cruz do Bispo, várias mulheres entrevistadas pela comitiva alegaram a ocorrência de relações sexuais entre “reclusas e agentes penitenciários do sexo masculino ou trabalhadores do sexo masculino (contratados)”.

Para a CPT, devido à “vulnerabilidade inerente às pessoas privadas de liberdade, não há espaço para consentimento no contacto sexual entre funcionários e detidos”.

“Esse comportamento por parte do pessoal deve ser sempre considerado um abuso da sua autoridade e ser tratado como tal”, frisou ainda.

Na resposta enviada pelo Governo português à CPT, a tutela assegurou que todas as situações reportadas que infringem as regras, como abuso verbal ou físico, são “devidamente investigadas pelas autoridades competentes.

“Na prisão de Tires, desde o início de 2022 até junho de 2023, entre 250 e 300 queixas foram registadas, sendo aquelas referentes a maus-tratos por trabalhadores penitenciários e/ou tratamento desrespeitoso ou ofensivo, representando cerca de 10% do total. Destas, após o procedimento de investigação, apenas uma denúncia foi considerada procedente e o trabalhador (profissional de saúde) foi sujeito a sanção disciplinar”, destacou.

Sobre as alegações de contactos sexuais entre funcionários do sexo masculino e presidiárias, o Governo referiu que foram denunciadas e investigadas duas situações.

“Numa delas (que envolvia beijar uma presidiária), o funcionário recebeu sanção disciplinar de 30 dias de suspensão, suspensa por um ano; no segundo, o processo disciplinar está suspenso porque o agente penitenciário está aposentado”, frisou, acrescentando que, nos dois casos, após a denúncia “ambos os funcionários foram transferidos para outra prisão”.

Após a visita da CPT, foi criado um grupo de trabalho pela Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais responsável pela elaboração de um regulamento sobre o cuidado e a proteção das crianças que acompanham os pais na prisão, explicou ainda o Governo.

Este regulamento, assinado em 01 de junho de 2023, abrange questões como a entrada e acolhimento de crianças na prisão, as condições de permanência/desenvolvimento na prisão ou a preservação da relação filho/mãe, inclusive através de uma limitação estrita da colocação de mulheres grávidas ou mulheres com filhos em celas disciplinares, destacou.

Caldas da Rainha aprova orçamento de 41,9 milhões de euros para 2024

O orçamento do município das Caldas da Rainha vai ascender a 41,9 milhões de euros em 2024, mais cinco milhões do que o orçamentado este ano, de acordo com os documentos aprovados pela Assembleia Municipal.

Os documentos previsionais submetidos à Assembleia Municipal (AM), na terça-feira à noite, apresentam um orçamento de 41.936.695 euros, no qual as Grandes Opções do Plano (GOP) ascendem a 21,1 milhões de euros e o Plano Plurianual de Investimentos (PPI) tem o montante de 9,7 milhões de euros.

No terceiro ano de mandato, o movimento independente “Vamos Mudar”, que lidera esta autarquia do distrito de Leiria, propõe-se gerir em 2024 mais cinco milhões do que os 36,8 milhões de euros orçamentados para 2023.

O documento, a que a Lusa teve acesso, explica que este acréscimo orçamental se deve “sobretudo, à descentralização administrativa nas áreas da Educação e Ação Social, em cerca de 5,5M€, assim como à comparticipação previsional de Fundos Comunitários, do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e do PT 2030, em cerca de 3 ME [milhões de euros]”.

O orçamento prevê que a arrecadação de receita corrente totalize 35.688.411 euros, (85,1 % do total do orçamento), dos quais a maior fatia resultará dos impostos diretos (17,7 milhões de euros), evidenciando um aumento de 1,8 milhões de euros relativamente ao ano corrente.

O Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), cuja taxa foi fixada em 0,30% deverá permitir arrecadar, em 2024, 7.084.976 euros. No que respeita ao IRS, o município vai devolver aos munícipes 3,5% [o máximo é 5%] e prevê encaixar 1,6 milhões de euros. Finalmente, no caso da Derrama (em que o município aplica uma taxa de 0,33% às empresas com um volume de negócios superior a 150 mil euros”, a previsão de receita é de 378.922 euros.

Ainda no tocante à receita, o município contará com transferências correntes no valor de 13,8 milhões de euros, verificando-se um aumento estimado de 1.846.379 euros relativamente a este ano.

As receitas de capital previstas ascenderão a 6,2 milhões de euros, dos quais 6,1 milhões de euros referentes a transferências.

No orçamento da despesa 29,9 milhões de euros serão referentes a gastos correntes e 11,9 milhões de euros a despesas de capital.

No capítulo da despesa corrente, a rubrica com maior peso serão os custos com pessoal, que aumentam de 10,7 milhões de euros gastos este ano para 12,6 milhões de euros em 2024. A segunda maior verba será gasta na aquisição de bens e serviços (11,2 milhões de euros), seguida das transferência correntes que totalizarão 5,5 milhões de euros.

Nas GOP, a câmara assume avançar com “um conjunto de medidas que visam dar resposta aos desafios do desenvolvimento, da sustentabilidade ambiental e materializam

iniciativas de apoio educativo e social”, a par com a afirmação como “Cidade Criativa da Unesco e da Cultura”, “Cidade Termal, das Águas, da Saúde e do Bem-estar” e “Cidade da Inovação e do Conhecimento”, pode ler-se no documento.

No âmbito das GOP, o presidente da autarquia, Vitor Marques, destacou na reunião da Assembleia Municipal, investimentos de mais de 2,5 milhões de euros na área da cultura, 3,2 milhões de euros na área do desenvolvimento humano, 1,8 milhões de euros na área da saúde, a que se juntarão nos anos seguintes investimentos superiores a cinco milhões de euros na área da habitação.

O orçamento e as GOP foram aprovados com os votos favoráveis do VM e as abstenções do PS (que fez um acordo pós eleitoral com o VM) e do PSD.

Depois de os três vereadores do PSD terem votado contra o orçamento, em sessão de câmara, os deputados social-democratas afirmaram na AM não concordar com a política do VM, justificando que se abstinham na votação para não chumbar o documento e evitar “maiores prejuízos para a população”.

Na mesma reunião o voto dos social-democratas ditou o chumbo do orçamento dos Serviços Municipalizados das Caldas da Rainha (SMAS), no valor de 14,1 milhões de euros, com 16 votos contra do PSD, três abstenções do PS e 13 votos a favor do VM e do movimento independente da Foz do Arelho (MIFA).

Natal com impacto positivo no comércio mas não em todas as regiões e setores

O Natal está a ter um impacto positivo no comércio, semelhante ao do ano passado, embora nas regiões do interior e nos setores do vestuário e calçado os resultados estejam aquém do habitual, segundo a CCP.

O vice-presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), Vasco de Mello, disse à Lusa que, segundo os relatos das suas associações, existe neste momento “uma grande diferença” entre as regiões do interior e fora dos grandes centros face às áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto quanto às vendas relacionadas com o Natal.

A região do Vale do Ave, exemplificou, “tem tido vendas muito negativas” devido às dificuldades na indústria do têxtil e do calçado que afetam empresas e trabalhadores, e também na região centro-interior, nomeadamente Viseu, onde a época natalícia “não está a manifestar-se frutuosa”, afirmou.

Nestas regiões “existe alguma expectativa negativa por parte das empresas e dos consumidores e isso retrai-os no consumo de produtos mais típicos desta época, como o vestuário e o calçado”, explicou Vasco de Mello.

Porém, segundo realçou, a restauração “está a trabalhar extremamente bem” em todo o país, mesmo nas regiões mais afetadas pelo clima económico, com os efeitos positivos a revelarem-se especialmente na área metropolitana de Lisboa, “onde os restaurantes de gama média-alta estão perfeitamente normais” para esta altura do ano.

A região de Leiria apresenta também um impacto “extremamente positivo no comércio, mas de uma forma curiosa” já que as pessoas estão a optar por comprar em lojas de pequenos ‘souvenirs’, como lojas de artesanato, contou o dirigente da confederação.

Também no Algarve, acrescentou, a expectativa está em alta para os comerciantes, sobretudo devido “a uma série de concursos promovidos” por associações comerciais e câmaras municipais, como é o caso de Faro, através da atribuição de vales de compras, uma iniciativa que “tem tido enorme sucesso desde a covid-19”.

As condições meteorológicas nas duas semanas antes do Natal também terão influência nas vendas do comércio de rua.

“Estas duas semanas finais vão ser cruciais, são importantíssimas em termos de comércio (…). Imagino que se nas duas próximas semanas nós tivermos um sol esplendoroso em todo o país, as coisas correm muito bem”, afirmou.

Vasco de Mello referiu ainda que embora a inflação esteja a dar sinais de recuo, o poder de compra da maioria dos consumidores está afetado sobretudo pelos custos com habitação, o que poderá ter um efeito negativo nas vendas de Natal.

Por outro lado, nos centros comerciais, a expectativa é de que “as vendas sejam pelo menos iguais às do ano passado, se não forem superiores”, disse.

Avô de menino que morreu com intoxicação alimentar: “Não se sabe o que é”

Menino de sete anos morreu na terça-feira e a mãe continua internada com prognóstico reservado. O familiar indica que os médicos lhe disseram que se trata de algo que “ataca o coração”.

O avô do menino de 7 anos que morreu nos Hospitais de Coimbra com suspeitas de uma intoxicação alimentar, revelou, em declarações à CNN, o que poderá estar na origem deste problema de saúde.

Recorde-se que a mãe, uma mulher de 49 anos, também está internada, ainda com prognóstico reservado, enquanto o pai, de 44 anos, e outro filho, de 12, já tiveram alta.

A Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) confirmou a intoxicação dos quatro elementos da família residente em Coimbra e anunciou, em comunicado, uma investigação para apurar as causas da intoxicação. Todos foram internados no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), no sábado.

O avô afirma que as suspeitas recaem numa refeição “de almôndegas” compradas num supermercado local.

“A minha nora comprou a carne no supermercado e picaram a carne lá. Depois, ela cozinhou e fez as almôndegas em casa”, contou à CNN, afirmando que ainda não há certezas de nada, apenas que, “os médicos dizem que é um bicho que ataca o coração”.

Prova disso, será o facto de todos os quatro elementos da família terem apresentado alterações nos seus ritmos cardíacos, incluindo o pai que recentemente, por ser desportista, tinha feito um exame e estava “100% bem do coração”.

“É uma coisa horrível. Não se consegue perceber o que é”, salienta Amândio Martins, de 69 anos.

Recorde-se que no âmbito da investigação epidemiológica, “foram feitas visitas ao domicílio pela Unidade de Saúde Pública, com recolha de amostras alimentares (refeição suspeita e outros produtos consumidos em contexto familiar) e biológicas”, que foram encaminhados para os laboratórios de referência para pesquisa de agentes químicos e biológicos. Ainda se aguarda a divulgação dos resultados.

Sabe qual foi a palavra mais pesquisada no dicionário Priberam em 2023?

Apocalíptica foi a palavra mais pesquisada no dicionário online Priberam em 2023, numa referência à situação em Gaza, mas muitas outras definiram também o ano, no que respeita à atividade política, à visita do Papa e às catástrofes naturais.

A palavra mais procurada (Apocalíptica) não define certamente o ano de 2023, mas muitas outras das que foram pesquisadas o retratam, nas áreas da política, natureza, sociedade, desporto, religião e tecnologia, entre outras”, lê-se num comunicado conjunto do Priberam e da agência Lusa, que se uniram pelo sétimo ano consecutivo para selecionar as palavras mais pesquisadas e que ilustram o ano que está a terminar.

As 24 palavras (duas por cada mês) que definiram o ano – selecionadas, em termos de relevância, a partir de mais de uma centena que se destacaram nas pesquisas – encontram-se disponíveis no ‘site’ oanoempalavras.pt, cada uma delas ilustrada com uma fotografia e uma notícia do evento que suscitou a pesquisa.

Ao longo de 2023, foram feitas buscas por palavras como peregrino, devido à visita do Papa a Portugal, demissionário, por causa da atividade política e da demissão do primeiro-ministro, mercenário e palestiniano, associadas aos conflitos na Europa e no Médio Oriente, ou ainda desastre e terramoto, numa alusão às catástrofes naturais, como os sismos que abalaram Marrocos e as Filipinas ou o incêndio no Havai.

O ‘site’ está estruturado por ordem cronológica, de janeiro a dezembro, e cada palavra permite aceder diretamente ao seu significado no Dicionário Priberam e ao artigo da Lusa sobre o evento que motivou as pesquisas.

“Ler e ver (porque sim, as fotos importam e muito) o ano em palavras é sempre rever o que nos marcou no nosso ano coletivo. Há palavras-chave: abuso (na Igreja) em fevereiro, por exemplo, ou exoneração (abril) do assessor ministerial, mas como esquecer a palavra palestiniano (outubro) e, logo de seguida, a demissionário (novembro)? Como num dicionário, todas estas palavras, e muitas outras, hão de resolver-se no próximo ano”, disse a diretora de informação da Lusa, Luísa Meireles, a propósito da iniciativa.

O diretor executivo da Priberam, Carlos Amaral, comentou, por sua vez: “O Ano em Palavras volta a dar-nos uma imagem dos últimos 12 meses (algo que seria impossível com apenas uma palavra), que desta forma se tornam mais claros através dos eventos marcantes para os milhões de utilizadores do nosso dicionário, ilustrados, com imagens e palavras, pelos repórteres fotográficos e jornalistas da Agência Lusa”.

Emérito e golpistas foram as palavras que marcaram janeiro, mês em que morreu o papa emérito, Bento XVI, e em que golpistas apoiantes de Bolsonaro forçam entrada no edifício do Congresso brasileiro.

As palavras que caracterizaram fevereiro, mês em que foi apresentado o relatório da comissão independente sobre os abusos sexuais de crianças na Igreja Católica em Portugal, e em que secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, destacou a defesa do espaço aéreo, na sequência do abate de objetos voadores não identificados, foram abuso e ovni.

Março foi definido pelas palavras comendador, devido à morte do empresário e comendador Rui Nabeiro, do grupo Delta Cafés, e ismaelita, por causa do ataque com arma branca no Centro Ismaelita em Lisboa, que causou duas vítimas mortais.

Em abril, o adjunto exonerado de João Galamba, Frederico Pinheiro, acusou o Ministério das Infraestruturas de querer omitir informação à comissão de inquérito à TAP, e os franceses manifestaram-se nas ruas contra a reforma do sistema de pensões que prevê o aumento da idade de reforma, pelo que as palvras mais procuradas foram exonerado e reforma.

Catinga e coroação foram as palavras de maio, a propósito de declarações da escritora moçambicana vencedora do prémio Camões 2021, Paulina Chiziane, a contestar a definição de “catinga” em alguns dicionários de língua portuguesa, e da cerimónia de coroação dos novos reis de Inglaterra.

Em junho, as palavras eleitas foram inelegível e mercenário, por causa dos votos da maioria dos juízes do Tribunal Superior Eleitoral brasileiro que tornaram o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível nos próximos oito anos, e do líder do grupo mercenário Wagner, Yevgeny Prigozhin, que negou a acusação de traição feita pelo presidente russo, Vladimir Putin.

Julho, mês em que o nadador português Diogo Ribeiro foi medalha de prata nos 50 metros mariposa nos Mundiais de Natação, no Japão, e em que o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, teve alta hospitalar após um episódio vagal e desmaio, ficou marcado pelas palavras mariposa e vagal.

Em agosto, a chegada de centenas de milhares de peregrinos inscritos na Jornada Mundial da Juventude em Lisboa, que contou com a presença do Papa Francisco, e os fogos florestais na ilha de Maui, que causaram o desastre mais mortífero do Havai, ditaram a escolha das palavras peregrino e desastre.

A aprovação pelo conselho de ministros de medidas para mitigar o impacto da subida das taxas de juros no crédito à habitação e o terramoto que atingiu Marrocos e se fez sentir também em Portugal e Espanha fizeram de mitigar e terramoto as palavras em destaque no mês de setembro.

As palavras pipi, por causa das declarações do presidente do PSD, Luís Montenegro, ao orçamento de Estado para 2024, que classificou de “pipi, bem apresentadinho e muito betinho”, e palestiniano, na sequência dos bombardeamentos de Israel à Faixa de Gaza, matando milhares de palestinianos, em retaliação a um ataque do grupo islamita Hamas, marcaram outubro.

Novembro foi o mês de demissionário, com a demissão do primeiro-ministro, António Costa, após o inquérito instaurado pelo Ministério Público, e de inteligência artificial, com o lançamento, pelo OpenAI, do ChatGPT, uma forma de inteligência artificial generativa, anunciando o regresso do seu cofundador Sam Altman.

Por fim, o mês de dezembro ficou marcado por colapso, devido às declarações de António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, que afirmou ainda ser possível evitar o colapso da Terra, e por prudência, na sequência do apelo de Mário Centeno, governador do Banco de Portugal, para que haja prudência nos aumentos salariais.

Em 2023, destacaram-se ainda as pesquisas de palavras como revogação, relativo aos decretos assinados por Bolsonaro que Lula da Silva anunicou que vai revogar, ultrajante, alusiva à reação de Biden à invasão do Congresso em Brasília, sancionar, por causa das possíveis sançoes da União Europeia a países que ajudem a Rússia, influencer e lítio, a propósito da operação que investiga indícios de corrupção e levou à queda do governo socialista, e metadados, por causa do decreto vetado pelo presidente da República.

Na área do desporto destacaram-se palavras como embalsamado (corpo de Pelé), mono (jogadores de futebol Pepe e Vinícius Jr. foram alvos de insultos racistas), bónus (regalias de Neymar no clube Al Hilal, na Arábia Saudita) e pretoriana (André Villas-Boas pede investigação a agressões de uma guarda pretoriana a sócios do FC Porto).

No que respeita a catástrofes no ano 2023, destacaram-se pesquisas pelas palavras submersível e implosão, na sequência do desastre com o Submarino Titan, terrorismo, por causa dos ataques terroristas em Bruxelas e em Paris, genocídio, devido aos ataques de Israel em Gaza, visando inclusivamente hospitais e campos de refugiados, que fizeram milhares de mortos, maioritariamente mulheres e crianças, e que levaram a ONU a apelar a um cessar-fogo face ao risco de genocídio, e socorristas, relativamente à operação que permitiu retirar 41 trabalhadores que ficaram presos num túnel na Índia.

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