Cruz Vermelha Portuguesa e Universidade de Aveiro vão investir quase quatro milhões de euros para criar alojamento para 92 alunos que frequentem o ensino superior em Oliveira de Azeméis, revelou hoje essa autarquia do distrito de Aveiro.
Em causa estão dois projetos destinados a aumentar a oferta de camas para estudantes universitários da Escola Superior de Saúde Norte da Cruz Vermelha Portuguesa, a funcionar no centro de Oliveira de Azeméis, e da Escola Superior Aveiro Norte, da Universidade de Aveiro, na freguesia de Santiago de Riba-Ul.
“O ensino superior vem ganhando espaço na comunidade educativa do concelho e a criação destas camas vem reforçar essa realidade, permitindo o acesso a alojamento por estudantes com maior carência económica”, declara o presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, Joaquim Jorge Ferreira.
Ambos os projetos terão financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência, sendo que o da Escola Superior de Saúde já deu entrada nos serviços camarários “há duas semanas” para licenciamento do projeto de arquitetura destinado à moradia que a Cruz Vermelha adquiriu para o efeito a cerca de 200 metros do seu estabelecimento de ensino.
Esse plano específico visa a criação de 37 camas através da reabilitação e ampliação da referida casa e, segundo fonte municipal, a candidatura foi definida “em absoluta articulação com a autarquia”, que assumiu “o compromisso de integrar a comissão executiva que promoverá a gestão do alojamento”.
A autarquia refere que o valor candidatado está próximo dos 1,3 milhões de euros e “teve aprovação integral”.
Quanto à Escola Superior Aveiro Norte, a obra envolve um consórcio entre a Universidade de Aveiro e o Município de Oliveira de Azeméis, que irão adaptar para alojamento o edifício devoluto da Quinta do Comandante e nesta fase aguardam a conclusão do devido projeto de arquitetura.
“Esta candidatura permitirá dotar essa instituição de uma resposta residencial para estudantes em situação de absoluta premência, ao mesmo tempo que permitirá a reabilitação de edificado municipal, alavancando a importância e o potencial de expansão que se reconhece àquela área”, adianta fonte da Câmara.
O consórcio prevê, por isso, que a autarquia disponibilize à Universidade os edifícios devolutos a recuperar, cabendo às duas entidades assumir “em partes iguais o esforço financeiro suplementar” necessário para a concretização do projeto e não suportado pelo Plano de Recuperação e Resiliência.
Uma vez que “o investimento global ronda os 2,5 milhões de euros” e a comparticipação é na ordem dos 1,6, caberá assim a Município e Universidade repartirem os cerca de 900.000 euros da diferença.
Datas para arranque das obras e efetiva disponibilização do alojamento ainda não foram divulgadas, mas a Câmara refere que as 92 novas camas integram o lote de 6.400 a criar na região Norte nos próximos anos, também ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência.