Câmara de Coimbra quer árvores em todas as caldeiras até ao fim do mandato

A Câmara de Coimbra quer assegurar que não haverá caldeiras sem árvores até ao fim do mandato, num momento em que se registam mais de mil caldeiras vazias, afirmou hoje o presidente do município.

A Câmara de Coimbra apresentou hoje o Plano Municipal de Plantações 2024/2025, que prevê um investimento superior a 545 mil euros e a plantação de 1.978 árvores, tendo, entre outros objetivos, a reposição de árvores nas caldeiras vazias da malha urbana (há um total de 1.094 caldeiras por ocupar) e a criação de um bosque nos Loios.

“É o plano de plantação mais ambicioso que Coimbra já teve”, salientou o presidente da Câmara, José Manuel Silva, que falava durante a apresentação do plano, que decorreu na Quinta da Fonte.

Segundo o autarca, houve um trabalho “de estudo e de preparação” do plano e um levantamento de todas as caldeiras vazias, tendo como objetivo “chegar ao fim do mandato com todas as caldeiras com árvores”.

“Queremos contribuir para uma cidade ambientalmente mais agradável”, vincou.

Já o vereador com o pelouro dos espaços verdes e jardins, Francisco Queirós, explicou que o executivo optou por fazer um plano bianual para dar resposta ao próprio “ritmo da natureza”.

“Deve-se plantar do outono à primavera. Então, não fazia sentido apresentar um plano que terminasse a 31 de dezembro”, notou.

Segundo Francisco Queirós, algumas das caldeiras vazias poderão ser eliminadas, por não cumprirem normas técnicas.

De acordo com o município, será feita uma avaliação das caldeiras, podendo haver situações de conflitos com infraestruturas, edificações ou tamanhos reduzidos de caldeiras, entre outros aspetos que poderão não permitir a plantação naquele local.

Para além de estarem previstas 1.978 plantações de árvores até 2025, estão ainda previstas 562 plantações no âmbito da empreitada do Sistema de Mobilidade do Mondego e a plantação de 2.077 arbustos e subarbustos.

Uma das medidas previstas no plano passa pela criação de um bosque nos Loios, entre a rua Miguel Torga, rua Alberto Oliveira e a Quinta de São Jerónimo, onde serão plantadas 500 árvores autóctones, numa intervenção que prevê ainda a instalação de equipamentos de lazer e mobiliário urbano enquadrado.