A Câmara Municipal de Oleiros, no distrito de Castelo Branco, vai solicitar ao Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) o alargamento do período de correção extraordinária da densidade de javalis.
O período permitido para a realização destas ações está fixado atualmente, pelo ICNF, entre junho e setembro, refere a Câmara Municipal, numa nota de imprensa enviada à agência Lusa.
O vice-presidente da Câmara de Oleiros, Miguel Marques, vai pedir o alargamento deste período, já que partilha da “mesma preocupação dos representantes das associações de caçadores e de agricultores do concelho”, que estiveram reunidos, na terça-feira, para eleger os membros do Conselho Municipal Cinegético.
Os caçadores queixaram-se do “período muito curto, de apenas quatro meses”, para a realização das ações de correção da densidade destes animais, embora se registe “uma densidade impressionante de javalis no concelho”, afirma a autarquia, na mesma nota.
Para Miguel Marques é “extremamente necessário e urgente” adotar medidas para o controlo de efetivos populacionais de javalis no concelho.
“Por muito que as associações de caçadores façam o seu trabalho, é manifestamente insuficiente. A densidade dos javalis tomou uma proporção muito preocupante, ainda por cima depois de dois anos de pandemia covid”, em que o exercício de caça esteve praticamente vedado, sublinha.
“Têm chegado relatos de acidentes nas estradas e de pessoas que não vão fazer sementeiras, porque estes animais acabam por estragar as culturas”. especifica.
De acordo com a Câmara de Oleiros, o ICNF foi notificado para estar presente, na terça-feira, na reunião do Conselho Municipal Cinegético, como decorre da lei, mas este organismo não se fez representar.
O vice-presidente da Câmara Municipal de Oleiros manifestou a disponibilidade da autarquia para “apoiar as associações do concelho, que assim o solicitarem, na realização de batidas e montarias para o controlo da espécie, com vista à prevenção e minimização dos estragos causados por estes animais nas culturas agrícolas e florestais”.