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leiria: Homem detido pela PJ por crimes de abuso sexual de crianças

O Departamento de Investigação Criminal de Leiria da Polícia Judiciária (PJ) deteve um homem, de 44 anos, suspeito da prática de diversos crimes de abuso sexual de crianças e coação sexual, agravados, praticados contra sete vítimas, menores de idade, ocorridos na zona de Caldas da Rainha e de Torres Vedras.

Os factos foram reportados a esta PJ durante o verão passado, iniciando-se, de imediato, várias diligências que permitiram recolha provas relevantes, bem como a proposta de emissão de um mandado de detenção ao Ministério Público de Leiria, imediatamente cumprido.

As vítimas, com idades compreendidas entre os 12 e os 17 anos, foram sujeitas a diversos atos sexuais de relevo, por parte do suspeito, que se aproveitou da proximidade criada as menores.

O detido irá ser presente às autoridades judiciárias competentes, para interrogatório judicial e aplicação de adequadas medidas de coação.

Mira foi o centro do mundo Columbófilo

O Columbódromo Internacional Gaspar Vila Nova, em Portomar, Mira, voltou a ser o centro dos prestigiados Campeonatos Internacionais de Columbofilia Mira 2024, reunindo a elite da modalidade de todo o mundo.


Com mais de mil pombos-correio vindos de 35 países, o evento reafirmou a posição de Mira como uma referência global na columbofilia, destacando a diversidade e competitividade desta comunidade.


A prova principal teve início às 09h30 deste sábado, com a largada de 1300 pombos-correio em Paderne, Algarve. O primeiro pombo chegou ao Columbódromo às 14h18, para grande entusiasmo das centenas de pessoas presentes. O grande vencedor do FCI Grand Prix foi o pombo da equipa alemã Team Sylt 2000 / D – Behrens, que, com uma impressionante média de 1283.349 m/m, garantiu o título de campeão.

Em segundo lugar ficou a equipa Denis & Karla Culic, da Croácia, com uma média de 1282.9381 m/m, seguida por Florea Santino Sorin, da Roménia, com uma média de 1282.2942 m/m.


No FCI Campeonato do Mundo, a Croácia levou a vitória com a equipa Denis & Karla Culic, enquanto Portugal destacou-se com a equipa Micael Pedras & Pedro Porto, que alcançou o segundo lugar. Já no FCI Campeonato da Europa, Portugal brilhou com dois columbófilos a conquistar lugares no pódio, reafirmando a força do país na modalidade.


A competição exclusiva para columbófilos portugueses, a Liga Nacional dos Campeões, teve como vencedor António Fernando Castro Santos, enquanto no Torneio Ibero Latino-Americano (AILAC), a vitória foi para a Itália, com João Pedro Ferreira Dias de Portugal a garantir o segundo lugar.


Durante a cerimónia de abertura, várias personalidades sublinharam a importância do evento. José Luiz Jacinto, Presidente da Federação Portuguesa de Columbofilia (FPC), destacou a reputação mundial de Mira no panorama da columbofilia. Susana Pombo, diretora-geral da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, elogiou os elevados padrões de bem-estar animal da FPC. David Barros Madeira, Presidente da Federação Columbófila Internacional (FCI), expressou o desejo de ver a columbofilia reconhecida como Património
Imaterial da Humanidade pela UNESCO.


O Presidente da Câmara Municipal de Mira, Artur Fresco, reforçou a relevância do evento para a economia local, enaltecendo a parceria de longa data com a FPC e o impacto positivo da presença de 35 países no concelho.


Os Campeonatos Internacionais de Columbofilia Mira 2024 contaram com o apoio da Câmara Municipal de Mira, do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) e com o patrocínio das empresas Asas D’ouro, Benzing, Quinta da Lagoa e Zoopan.

Há Festa na Adega – Adiafa na Pedralva (Bairrada)

O encerramento da exposição “As {11} Vidas da Ria: Traje Bairradino”, que se encontra patente ao público, na Casa-Museu do Grupo Folclórico da Pedralva, no lugar da Pedralva, Freguesia de São Lourenço do Bairro, vai acontecer no próximo fim-de-semana, 28 e 29 de setembro.


Música, folclore, teatro, artesanato, cantares tradicionais, recriação de artes e ofícios e
gastronomia regional são algumas das atividades do programa “Há Festa na Adega – Adiafa na
Pedralva (Bairrada)” elaborado para o efeito.


No sábado, dia 28, o destaque vai para as atuações do Grupo de Cantares de Manhouce, com a participação de Isabel Silvestre (16h00) e do Grupo Folclórico da Pedralva – Região Bairradina (16h30), da performance teatral “Manuel Alves – o Poeta Cavador), por Albano Jorge e Dulcineia Loureiro (17h30), terminando com o Rancho Folclórico de Orgens – Viseu (18h00). No domingo, pelas 16h00, atua Grupo InCantus – Tocares e Cantares de Avelãs de Cima.


Recorde-se que a mostra sobre o traje bairradino integra o programa cultural de Aveiro –
Capital Portuguesa da Cultura 2024. Este núcleo contempla fotografias alusivas aos vários trajes bairradinos das mais distintas características e funções sociais de outrora, e também alguns adereços e lenços antigos da região. Tudo isto funde-se com o discurso expositivo já existente na casa-museu.


A mostra foi concebida pelo Município de Anadia, em parceria com o Município de Aveiro e o
Grupo Folclórico da Pedralva, integrando a exposição polinucleada desenvolvida pelos 11
municípios da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), que conta a história de
um território – Aveiro – unido por um elemento natural singular – a Ria de Aveiro, uma
geografia que origina necessidades de trajes específicos de uma Bairrada vinhateira.

Projeto “4 Maravilhas da Mesa da Mealhada”anuncia novidades para novo biénio

A marca “Água | Pão | Vinho | Leitão. As 4 Maravilhas da Mesa da Mealhada” vai, no
próximo biénio, reforçar a avaliação do projeto e dos aderentes, criar formação
profissional e avançar com um concurso de fotografia.

Numa altura em que decorre o prazo de candidaturas para novos aderentes ou para a renovação das insígnias do projeto (até 30 de setembro), a marca “4 Maravilhas da Mesa da Mealhada” anunciou, recentemente, em assembleia-geral as novidades para este novo biénio.


Reforçando a qualificação profissional e as medidas de sustentabilidade impressas pelos
aderentes, a marca vai mais uma vez avaliar um conjunto de indicadores que asseguram a
qualidade dos quatro produtos. Estes mesmos requisitos/indicadores estão elencados na ficha
de candidatura, que os interessados poderão formalizar até ao final de setembro em
4maravilhas.cm-mealhada.pt ou no Posto de Turismo e Loja Maravilhas da Mealhada.


Restaurantes, hotéis, cafetarias, assadores, produtores de vinho e padarias poderão renovar ou candidatar-se pela primeira vez às insígnias do projeto, que promove a qualidade e excelência dos principais ícones da “Mesa da Mealhada”.


Para este novo biénio do projeto está prevista a divulgação de todos os aderentes numa
publicação nacional, a entrega de um relatório sobre aspetos a melhorar a cada um dos agentes económicos (caso seja aplicável), assim como a intenção de fazer a avaliação sistemática, quer do projeto, quer dos seus aderentes, através de um ‘QR code’ para inquéritos aos visitantes, assim como visitas intermédias do júri aos aderentes.


Por outro lado, a marca “4 Maravilhas da Mesa da Mealhada” quer avançar com um programa de formação “gratuita e flexível, alinhada com as necessidades dos aderentes”, a ser levada a cabo pela Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra.


António Jorge Franco, presidente da Câmara da Mealhada e responsável máximo da Associação 4 Maravilhas, desafiou os agentes económicos a avançarem para a candidatura, exortando os atuais 29 a manterem a sua ligação à marca e desafiando novos aderentes para o projeto.


“Quantos mais formos mais forte ficará este projeto, porque a marca já é forte e acaba por ser
uma forma excelente e extra para a divulgação dos produtos de excelência que temos na
gastronomia do nosso concelho”, destacou.

Importa recordar que fechado o prazo de candidaturas, os agentes económicos concorrentes
serão visitados pelo júri no mês de outubro, conhecendo-se em novembro os estabelecimentos
que poderão ostentar as insígnias do projeto. Estas, serão entregues naquele mês, em data a
designar, no decorrer da gala oficial.

Águeda: Detido por tentativa de corrupção

O Comando Territorial de Aveiro, através do Posto Territorial de Águeda, no dia 20 de setembro, deteve um homem de 67 anos, por tentativa de corrupção aos militares da Guarda, no concelho de Águeda.

No âmbito de uma fiscalização de trânsito, na freguesia de Aguada de Cima, os militares da Guarda fiscalizaram o condutor de um veículo, tendo este acusado uma taxa de álcool no sangue igual ou superior à permitida por lei, em teste qualitativo de ar expirado. No decurso da ação, o suspeito tentou oferecer aos militares uma quantia monetária com a inequívoca intenção de evitar as consequências legais da infração praticada.

Perante esta conduta, o suspeito foi detido, tendo sido apreendida a quantia em numerário.

O detido foi constituído arguido e os factos foram comunicados ao Tribunal Judicial de Aveiro.

Após os fogos, a chuva forte: seis distritos em aviso laranja por risco de inundações e deslizamentos

chuva

Seis distritos de Portugal continental vão estar sob aviso laranja, a partir de quarta-feira, devido à previsão de chuva forte e persistente, especialmente nas regiões montanhosas. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) alerta que Viseu, Vila Real e Aveiro enfrentarão esta situação entre as 6h e as 12h de quinta-feira, enquanto os distritos de Porto, Viana do Castelo e Braga estarão sob o mesmo aviso entre as 18h de quarta-feira e as 9h de quinta-feira.

Previsão de chuvas intensas e risco acrescido

De acordo com o IPMA, estas condições meteorológicas resultam do transporte de uma massa de ar tropical, rica em vapor de água, que está a ser deslocada pela interação entre um anticiclone a sul dos Açores e uma depressão no Atlântico Norte. Esta combinação fará com que a precipitação afete sobretudo o Norte e Centro do país, com particular intensidade no litoral a norte do Cabo Mondego e nas regiões montanhosas.

Os acumulados de precipitação nas próximas 72 horas podem atingir entre 100 e 200 mm no Minho, Douro Litoral e serras de Viseu, Aveiro e Coimbra. No restante litoral a norte do Cabo Mondego, espera-se que os valores de precipitação variem entre 50 e 100 mm. A maior parte da chuva será concentrada entre a manhã de quarta-feira e o final da manhã de quinta-feira, mas poderá continuar a chover de forma intermitente.

Além disso, prevê-se um aumento significativo da intensidade do vento, especialmente no litoral e nas terras altas. O vento de sudoeste poderá atingir velocidades de 45 km/h com rajadas de até 70 km/h no litoral Norte e Centro, e rajadas de até 90 km/h nas zonas montanhosas.

Consequências do mau tempo e alertas da Proteção Civil

Na sequência deste cenário, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) emitiu vários alertas, especialmente para as zonas mais afetadas pelos incêndios florestais que devastaram grandes áreas do país nas últimas semanas. A Proteção Civil chama a atenção para o aumento do risco de cheias rápidas em áreas urbanas, devido à sobrecarga dos sistemas de drenagem, bem como para o transbordo de rios e ribeiras.

Em áreas montanhosas e regiões recentemente queimadas, há um risco acrescido de derrocadas e deslizamentos de terras. A vegetação, que normalmente ajuda a estabilizar o solo, foi destruída pelos incêndios, deixando grandes áreas cobertas de cinzas, o que facilita a erosão e o escorrimento superficial da água. Este fenómeno também pode contaminar fontes de água potável, afetando comunidades que dependem desses recursos naturais.

A ANEPC recomenda a adoção de comportamentos preventivos por parte da população, como a desobstrução dos sistemas de escoamento de águas pluviais, a fixação segura de estruturas temporárias ou móveis, como andaimes e painéis, e a condução defensiva nas estradas, reduzindo a velocidade e evitando a permanência em zonas com árvores de grande porte, onde a queda de ramos ou mesmo de árvores inteiras pode ocorrer devido aos ventos fortes.

Impacto no interior e nas zonas rurais

Nas zonas do interior e em áreas afetadas pelos incêndios, como as serras de Viseu e Aveiro, a situação é ainda mais preocupante. O solo, desprovido de vegetação e fragilizado pelo fogo, poderá não ser capaz de absorver a quantidade de chuva prevista, aumentando assim o risco de deslizamentos e de enxurradas. Para estas zonas, a ANEPC sublinha a necessidade de vigilância redobrada, especialmente nas proximidades de encostas e vales.

A chuva também poderá dificultar o trabalho de limpeza e reconstrução em várias regiões afetadas pelos incêndios, onde o esforço das populações e das autoridades locais tem estado focado em remover detritos e recuperar infraestruturas danificadas. A precipitação intensa poderá agravar ainda mais os danos, ao provocar novos deslizamentos de terras e ao destruir barreiras provisórias colocadas para estabilizar o solo.

Recomendações de segurança

Em face deste cenário meteorológico, as autoridades aconselham a população a adotar medidas de precaução, tais como evitar circular em áreas de risco durante os períodos de maior intensidade da chuva e vento, e assegurar que todos os sistemas de escoamento de águas estão desobstruídos. Também é recomendado que se evite o uso de veículos em zonas inundadas ou sujeitas a cheias, dado o perigo de serem arrastados pela força das águas.

As autoridades locais e regionais estão em alerta para possíveis intervenções de emergência, e os bombeiros e unidades de socorro estão preparados para agir rapidamente caso as condições meteorológicas causem situações de risco.

A previsão de chuva forte é especialmente relevante nas zonas recentemente atingidas pelos incêndios florestais, onde os efeitos da combinação entre fogo e chuva podem ter consequências devastadoras.

Secretário de Estado Emídio Sousa Garante Intervenção Imediata para Proteger a Qualidade da Água: Máquinas Entram em Ação Amanhã

O secretário de Estado do Ambiente, Emídio Sousa, anunciou que, a partir de amanhã, máquinas entrarão em ação na região de Aveiro para proteger a qualidade da água, instalando açudes para evitar o arrastamento de cinzas e lamas para a bacia do Vouga, uma consequência dos recentes incêndios. Durante uma reunião com autarcas na sede da Associação de Municípios do Carvoeiro-Vouga, Sousa garantiu que “a água que chega às torneiras será de boa qualidade”, mas apelou à redução no consumo devido à previsão de chuvas fortes, que poderão exigir tratamentos adicionais.

O secretário sublinhou que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) já está a trabalhar para prevenir problemas, principalmente na estação de captação de Carvoeiro, responsável pelo abastecimento de mais de 300 mil pessoas na região sul de Aveiro. A construção de pequenos açudes nas linhas de água que alimentam o rio Vouga visa impedir que as chuvas arrastem as cinzas e lamas para o sistema de abastecimento.

Autarcas Pedem Maior Apoio e Gestão Territorial

Pedro Amadeu Lobo, vereador da Câmara Municipal de Sever do Vouga, reforçou a necessidade de um apoio estatal urgente. “Se o governo não apoiar, o município, por mais boa vontade que tenha, não conseguirá resolver sozinho esta situação”, afirmou, sublinhando a gravidade dos desafios pós-incêndio.

Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro, defendeu a urgência de um reordenamento territorial mais eficiente. “As autarquias precisam de ter mais poder para expropriar terrenos e, assim, prevenir futuros incêndios”, afirmou, sugerindo que essa medida poderá reduzir significativamente os riscos de incêndios e proteger os recursos hídricos.

Já Jorge Almeida, presidente da Câmara Municipal de Águeda, garantiu que, apesar dos desafios, a qualidade da água para consumo humano está assegurada. “As decisões urgentes e fundamentais estão a ser tomadas com a celeridade necessária para proteger a população”, elogiou, destacando a importância de uma rápida resposta das autoridades.

Previsão de Chuvas e Risco de Inundações

Com a previsão de chuvas fortes nos próximos dias, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) emitiu alertas para a possibilidade de precipitação intensa nas regiões do Norte e Centro do país. A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) aconselhou a adoção de medidas preventivas, especialmente nas áreas afetadas pelos incêndios, que se encontram vulneráveis a deslizamentos de terras e inundações devido à falta de cobertura vegetal.

Emídio Sousa, durante a reunião, salientou a necessidade de limpeza urgente das bermas e valetas nas zonas afetadas, para garantir o escoamento das águas pluviais e evitar inundações nas áreas urbanas.

Presidente da Câmara de Águeda faz pré-balanço dos incêndios: “Mais de 30% do território foi consumido pelas chamas”

Jorge Almeida, Presidente da Câmara Municipal de Águeda, fez hoje um pré-balanço dos incêndios que nos últimos dias devastaram o concelho, em entrevista exclusiva à TVC/Notícias de Águeda. O autarca destacou a gravidade da situação, referindo que mais de 30% do território concelhio foi afetado pelas chamas, provocando danos consideráveis em várias áreas, desde habitações a infraestruturas industriais e agrícolas.

Casas e unidades fabris entre os mais prejudicados

Sem ainda dispor de dados finais, Jorge Almeida adiantou que, até ao momento, foram identificadas entre três a quatro casas de primeira habitação com danos significativos, num total de dez habitações afetadas. Para além das residências, o autarca sublinhou os prejuízos nas unidades fabris e no setor agrícola, com destaque para a destruição de plantações e equipamentos essenciais para a economia local.

“Os prejuízos são imensos, quer em unidades fabris, quer na agricultura e florestas. Muitas plantações e equipamentos foram destruídos, o que terá um impacto económico e social enorme para o concelho nos próximos tempos”, afirmou Jorge Almeida, visivelmente consternado com a magnitude dos danos.

Garantia sobre a qualidade da água potável

Uma das preocupações levantadas pela população tem sido a qualidade da água para consumo humano, uma vez que grandes áreas florestais e agrícolas foram destruídas. No entanto, Jorge Almeida foi taxativo ao garantir que “a qualidade da água para consumo humano não está, nem nunca esteve em causa”. O autarca explicou que, durante o dia de hoje, foram tomadas decisões fundamentais para assegurar essa garantia. “Assegurámos todas as condições para que a água consumida pela população continue segura, e posso afirmar que nunca houve risco nesse sentido”, reforçou.

Apoio às vítimas e lesados pelos incêndios

Numa resposta imediata à crise, o Presidente da Câmara anunciou que foi criado um Gabinete de Apoio às Vítimas e Lesados pelos Incêndios, que está já em pleno funcionamento no edifício da Câmara Municipal de Águeda. Este gabinete tem como objetivo prestar assistência direta aos afetados pelos incêndios, incluindo apoio social, psicológico e administrativo.

“Queremos assegurar que ninguém fica desamparado. Este gabinete está a funcionar com uma equipa dedicada a prestar apoio a quem perdeu os seus bens ou foi afetado de alguma forma. Sabemos que o caminho da recuperação será longo, mas estamos aqui para ajudar em cada passo”, afirmou Jorge Almeida.

Críticas à centralização do comando das operações

Apesar dos elogios à atuação dos bombeiros e das unidades de proteção civil, que o autarca classificou como “incansáveis” no combate às chamas, Jorge Almeida não poupou críticas ao modelo de centralização do comando das operações, que considera ineficaz para a especificidade do território local.

“O que vimos foi um comando centralizado que, apesar de ser formado por técnicos altamente qualificados e com profundo conhecimento no combate a incêndios, não conhece o território. Isso levou a erros que poderiam ter sido evitados, mas que não são assumidos por uma arrogância e falta de humildade em reconhecer falhas”, lamentou o autarca. Para Jorge Almeida, a falta de conhecimento do terreno contribuiu para decisões menos eficazes no combate ao incêndio, que ganhou proporções descontroladas em algumas zonas do concelho.

Incêndio com contornos únicos e dramáticos

Ao longo da entrevista, Jorge Almeida destacou ainda que o fogo que assolou Águeda teve contornos “únicos e dramáticos”, devido às condições meteorológicas extremas e à vasta área de floresta e mato presente no concelho. “Foi um incêndio de uma dimensão sem precedentes, que colocou à prova todas as nossas capacidades de resposta. Felizmente, conseguimos salvar o mais importante: vidas humanas. Mas os danos materiais são imensos, e o caminho para a recuperação será longo e desafiante”, concluiu o autarca.

Próximos passos e reconstrução

O Presidente da Câmara de Águeda reiterou que a autarquia já está a trabalhar em estratégias para a recuperação do concelho, tanto a curto como a longo prazo. “Temos que começar a reconstruir o quanto antes. Vamos coordenar todos os esforços possíveis, seja a nível local, regional ou nacional, para trazer de volta a normalidade ao concelho. A prioridade será sempre o apoio às famílias e às empresas que foram afetadas.”

Jorge Almeida deixou uma mensagem de esperança e resiliência aos habitantes de Águeda, apelando à união de todos para ultrapassar esta fase difícil. “Somos um concelho forte, com pessoas resilientes. Tenho a certeza que juntos vamos superar este desafio”, concluiu.

Centro de Portugal brilha na Naturcyl – Feira de Ecoturismo em Espanha

O Turismo Centro de Portugal (TCP) teve um papel de destaque na 7.ª edição da Naturcyl – Feira de Ecoturismo de Castela e Leão, realizada de 20 a 22 de setembro de 2024, no Real Sítio de San Ildefonso, em Segóvia, Espanha. O evento, focado em promover o ecoturismo e o meio rural, contou com o Centro de Portugal como destino internacional convidado, o que despertou grande interesse por parte dos visitantes.

A participação da TCP, representada pela vice-presidente Anabela Freitas, por Sílvia Ribau, diretora do Núcleo de Estruturação, Planeamento e Promoção Turística, e outros técnicos, visou promover a vasta oferta turística da região, com especial enfoque no turismo de natureza. O stand da TCP, com 27m², apresentou aos visitantes as quatro Reservas da Biosfera da UNESCO localizadas na região: Reserva Transfronteiriça da Meseta Ibérica, Reserva Transfronteiriça do Tejo, Reserva das Berlengas e Reserva do Paul do Boquilobo.

A edição deste ano da Naturcyl teve como tema “Reservas da Biosfera, soluções locais para problemas globais”, destacando-se pelo seu diversificado programa, que incluiu conferências, workshops e várias atividades paralelas. Entre os temas apresentados pelo TCP, destacaram-se o projeto Starlight Aldeias do Xisto, relacionado com astroturismo, e a promoção dos Geoparques Mundiais da UNESCO, como o Estrela, Naturtejo, Oeste e Arouca.

Além da divulgação no stand, o Centro de Portugal também participou em apresentações e palestras. Sílvia Ribau expôs o “Programa Regional de Ecoturismo da Região Centro de Portugal”, enquanto Carla Basílio apresentou a “Estratégia de Desenvolvimento Turístico da Região Centro de Portugal”, delineando as principais diretrizes para o futuro do turismo na região.

Anabela Freitas, fazendo um balanço da participação, destacou o sucesso da presença do Centro de Portugal na feira. “Ser o destino internacional convidado trouxe uma visibilidade acrescida para a nossa região. Estamos confiantes de que esta participação resultará em mais notoriedade e em novas visitas aos nossos territórios”, concluiu.

A Naturcyl consolidou-se, desde 2018, como um evento essencial para a troca de ideias e oportunidades de negócios no setor do ecoturismo.

Protestos Contra Incêndios Realizam-se Hoje em 12 Localidades de Portugal

Hoje, 22 de setembro, estão marcados protestos em 12 localidades de Portugal contra os incêndios, o abandono do território e a monocultura de eucalipto. Sob o lema “O país arde, temos de acordar“, os organizadores da iniciativa chamam os cidadãos a saírem às ruas em localidades como Lisboa, Porto, Coimbra, Braga, Castanheira de Pêra, Pedrógão Grande, Odemira, Vila Nova de Poiares, Sertã, Torres Novas, Gouveia, Arganil e Melres (Gondomar).

Os organizadores enfatizam a necessidade de um “sobressalto cidadão” para criar uma floresta com futuro, combatendo o abandono das zonas rurais e a excessiva plantação de eucaliptos, que são fatores decisivos na propagação dos incêndios em Portugal. O grupo também alerta para a “nova realidade climática”, que tem acelerado o processo de desertificação no país, ao qual os incêndios contribuem de forma devastadora.

O movimento tem como objetivo promover uma transformação de fundo no território nacional, apelando à criação de florestas resilientes, que possam suportar um futuro mais quente e ajudem a reabilitar o interior do país. Estas florestas seriam uma solução contra os incêndios mortais e a crescente desertificação.

As manifestações surgem após um verão trágico, no qual pelo menos sete pessoas morreram e 177 ficaram feridas devido aos incêndios que atingiram as regiões Norte e Centro do país desde o dia 15 de setembro, causando a destruição de dezenas de casas. De acordo com o sistema europeu Copernicus, a área ardida já ultrapassou os 135 mil hectares.

Os protestos, organizados por grupos de cidadãos, são um apelo urgente para que o governo e a sociedade civil tomem medidas decisivas e implementem políticas que possam evitar a repetição destas tragédias em Portugal.

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