A Guarda Nacional Republicana (GNR) de Aveiro deteve, no último dia do ano de 2022, um homem de 40 anos, após ter efetuado furto de gás em estabelecimento comercial, no concelho de Santa Maria da Feira.
Ao que a GNR avançou esta segunda-feira em comunicado a que a TVC teve acesso, a detenção por parte das autoridades “em flagrante” ocorreu “na sequência de uma denúncia”.
No decorrer das diligências policiais foi possível apurar que o homem é também suspeito de outros furtos em estabelecimentos comerciais e de realizar abastecimentos de combustível com fuga.
Durante a ação policial foi apreendido um veículo; quatro botijas de gás; uma réplica de arma de fogo; quatro facas; um pé de cabra; diversas ferramentas e várias peças de automóveis.
O suspeito será presente esta segunda-feira no Tribunal Judicial de Aveiro, para aplicação de medidas de coação.
O caso foi encaminhado para o Tribunal Judicial de Estarreja.
O Comando Territorial de Aveiro apreendeu armas e munições, na quinta-feira passada, na sequência de uma investigação por violência doméstica.
“Os militares da Guarda apuraram que um homem, de 36 anos, coagia psicologicamente, injuriava e ameaçava a integridade física da vítima, sua ex-namorada, de 26 anos”, refere um comunicado da Guarda Nacional Republicana (GNR).
Na ação militar, foi dado cumprimento a um mandado de busca domiciliária, na qual foi possível apreender “duas armas de caça, uma arma de ar comprimido, uma réplica de uma metralhadora, 216 cartuchos, 514 chumbos, sete dardos, 14 munições de diferentes calibres e um monóculo”.
O caso foi encaminhado para a alçada do Tribunal Judicial de Estarreja.
A Rua 1.ª Urbanização Engenho Velho, que liga os concelhos de Espinho e de Esmoriz, está encerrada por tempo indeterminado depois de cerca de dois metros da via terem aluído, revelou hoje à Lusa fonte dos bombeiros.
O alerta foi dado por “populares cerca das 10h32” e “não há registo de feridos”, acrescentou a fonte dos Bombeiros do Concelho de Espinho.
A estrada, entretanto, foi fechada com o “recurso a grades”, tendo “os serviços de Proteção Civil de Espinho e de Santa Maria da Feira”, dois dos três concelhos, o outro é Ovar, que são abrangidos por aquela via, “estado no local a avaliar os danos”, acrescentou a fonte.
À superfície, descreveu a fonte, o aluimento de terras “não vai além de um metro de extensão, mas por baixo o buraco tem uma extensão de cerca de dois metros, e foi por isso que chegou até à ponte”.
Todas as vítimas tiveram de ser encaminhadas para unidades hospitalares.
Quatro pessoas ficaram feridas, na tarde desta segunda-feira, após a colisão entre um veículo ligeiro e um pesado, em Vila Franca de Xira.
O alerta foi dado perto das 16h00 para o acidente rodoviário.
De acordo com os Bombeiros Voluntários de Vila Franca de Xira, em declarações à TVC, duas pessoas ficaram em estado grave e as outras duas registaram apenas ferimentos ligeiros.
Três das vítimas foram encaminhadas para o hospital de Vila Franca de Xira, enquanto um dos feridos graves foi transportado para o hospital de São José, em Lisboa.
No local estiveram 15 operacionais e seis viaturas dos Bombeiros Voluntários de Vila Franca de Xira, uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do hospital de Vila Franca de Xira e a Polícia de Segurança Pública (PSP).
Um homem de 76 anos foi detido em Cinfães por “maus-tratos físicos e psicológicos” contra a sua esposa, não se podendo aproximar a menos de 250 metros da vítima, segundo divulgou hoje a GNR de Viseu
“O detido foi presente no mesmo dia no Tribunal Judicial de Cinfães, tendo-lhe sido aplicadas as medidas de coação de obrigação de afastamento da vítima (250 metros) e proibição de detenção de armas de fogo”, informou em comunicado.
O Comando Territorial de Viseu da GNR esclareceu, na mesma nota de imprensa, que os militares do Posto Territorial de Cinfães, no norte do distrito, detiveram em 29 de dezembro do ano passado, “um homem de 76 anos, por violência doméstica” naquele concelho.
A detenção ocorreu na sequência de uma investigação por violência doméstica, no âmbito da qual os militares da GNR “apuraram que o agressor infligia maus-tratos físicos e psicológicos contra a vítima, a sua esposa de 72 anos”.
“No decorrer das diligências policiais foi dado cumprimento a um mandado de detenção e a dois mandados de busca, um domiciliário e outro em veículo, que resultaram na detenção do homem e na apreensão de material”, acrescentou.
Do material apreendido nas buscas constava “uma pistola com dois carregadores; uma faca de abertura automática; duas caçadeiras; 14 munições e 88 cartuchos”.
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) desmantelou dois locais de abate clandestino de animais, em Silves e na Batalha, deteve três pessoas e fez apreensões estimadas em 4.350 euros.
“A ASAE realizou, através da Unidade Regional do Sul, e na sequência de investigações no âmbito do combate a ilícitos criminais contra a saúde pública, diversas ações de fiscalização direcionadas ao abate clandestino de animais, nos concelhos de Silves, Portimão e Batalha“, indicou, em comunicado.
Neste âmbito, desmantelou, em Silves e na Batalha, dois locais de abate clandestino, onde se realizava o assamento e parte da comercialização.
Os restantes animais eram enviados para consumo em restaurantes durante a época festiva, “sem que os mesmos fossem sujeitos a qualquer inspeção sanitária para despiste de eventuais doenças”.
A ASAE instaurou três processos-crime pelo abate clandestino, que configura um crime contra a saúde pública, e apreendeu 47 leitões, um cabrito e um borrego, bem como utensílios metálicos e embalagens utilizadas para o acondicionamento e transporte dos leitões assados, “dissimulando a sua origem e induzindo o consumidor em erro”.
No total, o valor das apreensões foi estimado em cerca de 4.350 euros.
Em sequência destes crimes, a ASAE deteve três pessoas e determinou a suspensão total das atividades “não licenciadas e sem condições mínimas” para o seu funcionamento.
Vítima encontra-se “clinicamente estável e fora de perigo”, segundo a PJ.
A Polícia Judiciária (PJ), através do Departamento de Investigação Criminal de Leiria, deteve o presumível autor de uma tentativa de homicídio, que vitimou um homem com 43 anos de idade, no espaço exterior de um café, na zona de Tomar, informa um comunicado a que a TVC teve acesso.
A detenção deu-se no seguimento da participação de um homicídio na forma tentada, tendo a PJ desenvolvido “diligências imediatas, que culminaram na detenção do presumível autor”.
A vítima, explica a PJ, foi atingida com um disparo de uma arma de fogo, na zona do peito. Foi prontamente assistido, estando agora “clinicamente estável e fora de perigo”.
O comunicado destaca ainda a colaboração da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Tomar, que “permitiu identificar o suspeito”. Para esse fim, foi “montado o dispositivo policial” necessário para a localização e entrega do suspeito à autoridade judiciária, fora de flagrante delito.
O indivíduo, de 47 anos, está agora indiciado pelo crime de homicídio na forma tentada e detenção de arma proibida. Segundo a PJ, “terá praticado os factos por motivos passionais”.
O detido vai, agora, ser presente a um primeiro interrogatório judicial, onde ficará a conhecer as medidas de coação a que ficará sujeito.
No próximo dia 4 de janeiro, pelas 18h30, na Universidade Lusófona, Lisboa (sala S.0.10), terá lugar a apresentação do livro
“Religare: Religiões e Tradições Espirituais do Mundo” Por Guilherme d’Oliveira Martins.
Trata-se de um inovador trabalho, que reúne um vasto grupo de investigadores, fundamentalmente de Ciência das Religiões, da Universidade Lusófona, liderados pelo Professor Paulo Mendes Pinto. O livro apresenta, de forma rigorosa e isenta, as principais e grandes tradições religiosas e espirituais do mundo.
O livro editado pela Fundação ADFP, tem prefácio de Jaime Ramos e integra a sua missão de contribuir para um espírito de paz, tolerância e respeito do outro, para prevenir o sofrimento.
A circulação de comboios faz-se com constrangimentos entre Souselas e Pampilhosa, na Linha do Norte, e está suspensa entre Marco e Régua, na Linha do Douro, por danos causados pelo mau tempo, informou hoje a Infraestruturas de Portugal (IP).
Na Linha do Norte, “por razões de segurança, e face à instabilidade do talude de aterro ao quilómetro 228,150 (concelho de Coimbra), a circulação ferroviária efetua-se em via única entre as duas estações”, Souselas e Pampilhosa, detalha a empresa em comunicado.
As restrições, “em resultado das condições climatéricas particularmente adversas que se têm feito sentir”, vão manter-se “até que esteja concluída a intervenção de estabilização da infraestrutura”.
A IP prevê que os constrangimentos à circulação ferroviária na Linha do Norte possam prolongar-se “durante alguns dias”, apesar das ações já implementadas, “dada a elevada complexidade da intervenção a realizar”.
“Esta informação será atualizada durante o dia de amanhã [segunda-feira]”, acrescenta a empresa.
Também devido às condições climatéricas, está suspensa a circulação de comboios na Linha do Douro entre Marco e Régua, mas aqui a IP prevê que ainda hoje a circulação seja retomada.
“Decorrem trabalhos para reposição das condições operacionais”, informa a IP no comunicado.
A empresa indica ainda que está “a assegurar a monitorização permanente das condições da infraestrutura e a avaliar opções técnicas para o restabelecimento da circulação em ambas as vias no mais curto espaço de tempo”.
A circulação de comboios na Linha do Douro, entre o Pinhão e a Régua, já tinha estado suspensa na sexta-feira passada, devido à queda de pedras para a via.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) registou hoje 840 ocorrências em Portugal continental, devido às condições meteorológicas adversas, com os distritos de Viana do Castelo, Porto e Leiria a ultrapassarem, cada um, as cem ocorrências.
Entre os distritos mais afetados estão Viana do Castelo, Porto e Leiria, onde se registaram 208, 193 e 104 ocorrências, respetivamente.
A ANEPC prevê que que na faixa litoral entre Lisboa e Viana do Castelo, a situação meteorológica “irá desanuviar nas próximas horas”, continuando a chover, “mas de forma menos intensa”.
Em 2022 a inflação disparou, as taxas de juro do crédito à habitação não pararam de subir, depois de anos no negativo, e o poder de compra das famílias caiu. Para 2023, já há algumas subidas de preços dadas como certas. Saiba quais.
Preço do pão deverá voltar a subir em 2023
O preço do pão deverá voltar a subir em 2023, em função do aumento dos custos das matérias-primas e da energia, mas também impactado pela atualização do salário mínimo nacional, adiantou à Lusa a ACIP.
“Muito dependerá da variação dos preços das matérias-primas e energias, mas será muito provável que aumente, até pelo impacto do aumento do salário mínimo”, perspetivou a direção da Associação do Comércio e da Indústria da Panificação (ACIP), em resposta à Lusa.
De acordo com a associação, apenas uma parte dos aumentos tem sido refletida no preço pago pelo consumidor, o restante tem sido suportado pelos produtores que, por sua vez, registam uma quebra nas margens de lucro.
Bilhetes ocasionais do Metro de Lisboa e da Carris aumentam 10% para 1,65 euros
O bilhete mais barato para andar no metro e nos autocarros da Carris vai custar mais 15 cêntimos em 2023.
No caso dos carregamentos “zapping” em cartões Viva Viagem e Navegante, cada viagem custará 1,47 euros, mais 12 cêntimos do que em 2022 (com o custo de 1,35 euros).
Na página na Internet, o Metro salienta que em 2023 os bilhetes diários (válidos para as viagens realizadas em 24 horas após a primeira validação) para a Carris/Metro custarão 6,60 euros (6,45 euros em 2022), Carris/Metro/Transtejo 9,70 euros (9,60 euros este ano) e Carris/Metro/CP mantém o preço de 10,70 euros.
Andar de metro e autocarro no Porto também fica mais caro
Comprar um bilhete de uma ou duas zonas (Z2) vai ficar cinco cêntimos mais caro, já que o bilhete passará a custar 1,30 euros – o que se traduz num aumento de 4%, segundo informação da Andante. Para três zonas (Z3), o aumento será de 10 cêntimos.
Ao contrário do que acontece em Lisboa, os aumentos mais significativos estão nos bilhetes de 24 horas (Andante 24), o bilhete Z2 vai aumentar 50 cêntimos, para 4,70 euros, o que corresponde a um aumento de mais 11,9%. Para a zona Z3, o aumento é do mesmo valor, para 6,05 euros.
Já um bilhete adquirido num autocarro dentro da Área Metropolitana do Porto, passa a custar 2,50 euros. No caso da STCP, o aumento é de 50 cêntimos.
Ligações fluviais no Tejo com aumentos entre 5 e 15 cêntimos
O preço dos bilhetes nas ligações fluviais entre a Margem Sul do Tejo e Lisboa vão aumentar no próximo ano entre cinco e 15 cêntimos, de acordo com o tarifário a aplicar a partir de janeiro.
Segundo uma nota publicada na página da Internet da empresa que assegura aquele transporte fluvial, a Transtejo/Soflusa, os bilhetes simples inteiros na ligação Montijo-Cais do Sodré vão passar de 2,85 euros para três euros e nas ligações Barreiro-Terreiro do Paço e Seixal-Cais do Sodré o preço sobe de 2,50 euros para 2,65 euros.
A ligação de Cacilhas para o Cais do Sodré passa a custar 1,40 euros (1,30 euros este ano) e o percurso Trafaria-Porto Brandão-Belém 1,30 euros (1,25 este ano).
Portagens aumentam 4,9%
As portagens vão aumentar 4,9% a partir de janeiro, anunciou o ministro das Infraestruturas, no final do Conselho de Ministros de 22 de dezembro, considerando “equilibrada” a solução a que foi possível chegar e recentemente aprovada.
“Era para nós claro que um aumento de 9,5% e 10,5% era insuportável, mas também há contratos e responsabilidades (…) e tentámos encontrar uma solução equilibrada que permitisse um aumento menor”, disse o ministro Pedro Nuno Santos.
Assim, a partir de 1 de janeiro, as taxas de portagens terão um aumento que será 4,9% a ser suportado pelos utilizadores. Acima deste valor, precisou o governante, “2,8% serão responsabilidade do Estado e o remanescente, até 9,5% ou 10,5%, será suportado pelas concessionárias”.
Segundo o ministro, o Estado vai gastar cerca de 140 milhões de euros para limitar o aumento das portagens para os utilizadores a 4,9% a partir de janeiro.
Fatura do gás natural aumenta 3%
A fatura do gás natural vai aumentar, a partir de janeiro, cerca de 3% para os clientes mais representativos do mercado regulado, depois de um desvio nas previsões dos preços de aquisição, adiantou a ERSE.
Em comunicado, a ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos referiu que atualizou “o preço da tarifa de energia do mercado regulado, em mais dois euros por MWh, com efeitos a partir de 1 de janeiro de 2023”.
Assim, “esta atualização ocorre num momento em que os mercados de energia são particularmente afetados pelo conflito que decorre entre a Ucrânia e a Rússia”, sendo que “a tarifa de energia reflete o custo de aquisição de energia do Comercializador de Último Recurso grossista [CURg], sendo uma das componentes que integra o preço final pago pelos consumidores no mercado regulado”.
Assim, a fatura média mensal, a partir de janeiro 2023, para um casal sem filhos (1.º escalão de consumo, consumo 1.610 kWh/ano) aumenta 0,33 euros e para um casal com dois filhos (2.º escalão de consumo, consumo 3.407 kWh/ano) sobe 0,70 euros.
“A aplicação da nova tarifa de energia produz efeitos a partir de 1 de janeiro de 2023 e abrange os consumidores no mercado regulado (cerca de 3% do consumo total e de 324 mil clientes, em outubro de 2022)”, destacou a ERSE.
De relembrar, a possibilidade aberta pelo Governo de o consumidor regressar ao mercado regulado, através de um processo simples e sem custos.
Já a Galp indicou que para os seus clientes “as faturas do gás natural permanecerão inalteradas nos primeiros três meses de 2022”.
Preço da eletricidade sobe 1,6%
O preço da eletricidade em mercado regulado aumenta 1,6% em janeiro de 2023, sendo que a subida ascenderá a 3,3% em relação à média deste ano, valores superiores aos propostos em outubro, anunciou a ERSE — Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos.
Em comunicado, a ERSE adiantou que “para os clientes que permaneçam no mercado regulado (que representam 6,7% do consumo total e 941 mil clientes, respeitantes a final de outubro de 2022), ou que, estando no mercado livre, tenham optado por tarifa equiparada, a variação média anual das tarifas transitórias de Venda a Clientes Finais em Baixa Tensão Normal (BTN) é de 3,3%”.
De acordo com os dados publicados pela ERSE, com este aumento, a fatura média mensal, a partir de janeiro 2023, para um casal sem filhos (potência 3,45 kVA, consumo 1.900 kWh/ano) aumenta 0,54 euros, e para um casal com dois filhos (potência 6,9 kVA, consumo 5.000 kWh/ano) sobe 1,41 euros.
Por outro lado, a “variação anual apresentada é relativa ao preço médio do ano 2022, que integra as atualizações em alta da tarifa de energia em abril e outubro de 2022, bem como a fixação excecional de tarifas em julho de 2022”, sendo que, “fruto destas alterações, numa perspetiva mensal, em janeiro de 2023 os clientes de BTN em mercado regulado registarão um aumento médio de 1,6% em relação aos preços em vigor em dezembro de 2022”.
No mercado liberalizado, a EDP Comercial anunciou que vai aumentar em cerca de 3%, em média, o valor da fatura da eletricidade dos clientes residenciais. Já a Endesa prevê manter o valor global das faturas de eletricidade, passando a incluir o custo do mecanismo ibérico, mas reduzindo os preços da eletricidade.
No entanto, outros vão descer a tarifa e até de forma significativa. A Galp informou que ia reduzir as faturas em cerca de 11%, em média, a partir do início de 2023, segundo fonte oficial.
Por sua vez, a Iberdrola informou que a fatura vai descer, em média em 15%, referindo que esta redução “aplica-se às componentes de energia e custos de acesso”.
Taxas de juro continuam a subir
Os juros do Banco Central Europeu (BCE) estão nesta altura nos 2,5%, mas os especialistas acreditam que, durante o próximo ano, devem ainda subir para os 4%. O aumento é considerável, tendo em conta que há apenas um ano estavam no zero.
O governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, considera que haver mais subidas das taxas de juro é uma “inevitabilidade” e acredita que a inflação dará sinais mais visíveis de abrandamento a partir do final do primeiro trimestre de 2023.
Mário Centeno referiu ainda que o pico da inflação em Portugal estará prestes a ser atingido: “em outubro ultrapassou os 10%, em novembro caiu ligeiramente; é expectável que em dezembro volte a cair”. Mas deverá voltar a subir no início do ano.
Em entrevista na RTP, Mário Centeno admitiu que num cenário de previsibilidade e sem que haja um agravamento do conflito da Ucrânia, a taxa de referência do BCE deverá continuar a subir até um máximo de 3,5% para, depois, convergir para a taxa de juro neutral que, no caso europeu, está estimada em cerca de 2%.
Os preços das casas em Portugal continuaram a subir em 2022, mas, de acordo com a análise recente do Financial Times, quase todos os países deverão sentir um abrandamento generalizado em 2023.
Rendas podem subir até um máximo de 2%
As rendas podem subir até um máximo de 2%. Este foi o limite fixado pelo Governo para mitigar o impacto da inflação e vigora quer para o arrendamento de habitações quer de espaços comerciais.
Cabaz alimentar continua a aumentar
Já os produtos alimentares dependem do mercado e da inflação, mas ao longo deste ano o custo do cabaz alimentar subiu muito.
No fim de 2022, está 35 euros mais caro que o preço cobrado antes da Guerra na Ucrânia, que começou a 24 de fevereiro, custando 218 euros e 94 cêntimos.
Os cereais e o peixe foram os produtos que registaram a maior subida.
A associação de Defesa do Consumidor tem monitorizado todas as semanas os preços de um cabaz de 63 produtos alimentares essenciais que inclui bens como peru, frango, pescada, carapau, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, esparguete, açúcar, fiambre, leite, queijo e manteiga.
A associação explica que este aumento se deve ao facto de Portugal estar “altamente dependente dos mercados externos para garantir o abastecimento dos cereais necessários ao consumo interno”.
Um custo acrescido que vai existir é com as embalagens de utilização única, já se pagava as embalagens de plástico e, a partir de 1 de janeiro, também as de alumínio, usadas sobretudo para embalar alimentos e que passam a ter um custo de 30 cêntimos cada.
A incerteza dos combustíveis
O preço dos combustíveis para 2023 é incerto, porque as atualizações da gasolina e do gasóleo são semanais e sobem e descem consoante a evolução do preço do petróleo e de outros fatores nos mercados internacionais.