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Megaprocesso de fraude fiscal na cortiça novamente adiado na Feira

A leitura do acórdão de um megaprocesso de fraude fiscal no setor da cortiça, que começou a ser julgado há quase dois anos, em Santa Maria da Feira, no distrito de Aveiro, foi hoje adiada pela segunda vez.

Segundo fonte judicial, o adiamento da diligência, que estava marcada para esta segunda-feira no Tribunal de Espinho, ficou a dever-se à necessidade de esclarecer algumas “questões técnicas”.

A leitura do acórdão ficou agendada para 31 de outubro, pelas 14:00, desta vez no Tribunal de Santa Maria da Feira.

Esta diligência esteve inicialmente marcada para 04 de setembro, mas seria adiada na sequência da comunicação aos arguidos de um conjunto de alterações não substanciais e da qualificação jurídica dos factos descritos na acusação.

Os cerca de 130 arguidos (incluindo pessoas singulares e empresas) estão acusados de crimes de fraude fiscal, havendo ainda três acusados que respondem por crimes de falsidade informática.

O caso começou a ser julgado em 20 de setembro de 2021, no Europarque, dado o número dos sujeitos processuais envolvidos nos autos.

O processo está relacionado com um esquema de faturas falsas que terá funcionado entre 2010 e 2016, com o objetivo de obter vantagens fiscais indevidas em sede de IVA e IRC, anulando ou reduzindo o valor do imposto a entregar ao Estado.

Entre os arguidos estão vários empresários do setor corticeiro que alegadamente compravam as faturas fictícias, a troco de recompensas pecuniárias, e diversos indivíduos acusados de terem vendido as faturas emitidas em nome de firmas de fachada e sem atividade real.

Além das penas de prisão, o MP requereu que seja declarada perdida a favor do Estado a quantia de 25,7 milhões de euros que correspondem à vantagem patrimonial alegadamente obtida pelos arguidos com a prática do crime.

Inicialmente, o Ministério Público acusou 169 arguidos, mas seis deles não foram pronunciados por alguns ou pela totalidade dos crimes de que estavam acusados, tendo ainda sido determinada a suspensão total ou parcial dos autos com instauração de processos autónomos, relativamente a vários arguidos.

Durante o julgamento, houve também alguns arguidos que morreram, tendo sido ainda declarado extinto o procedimento criminal relativo a várias sociedades dissolvidas e liquidadas.

Doçaria regional no Mercado de Sant’Ana em Leiria durante três dias

Leiria volta a receber este ano o tradicional festival de doçaria regional, que decorre entre os dias 20 a 22 de outubro, no Mercado de Sant’Ana.

Dinamizado pela Câmara de Leiria, o festival “Prove Leiria Doçaria”, tem como objetivo “promover as tradições e dar a conhecer a riqueza da doçaria regional”, refere uma nota de imprensa.

Durante três dias o evento permite aos visitantes degustar vários doces confecionados pelas pastelarias da região, tais como brisas dos Lis, barrigas de freira, capuchinhos, canudos de Leiria, fatias do Convento de Sant’Ana, arrepiados, trouxas d’ovos, noivas do Lis, pecados dos anjos, queijadas, doces, geleias e compotas, entre muitas outras iguarias.

Ao longo do festival, realizar-se-ão ‘showcookings’, ‘workshops’, espetáculos musicais e tertúlias.

O ‘chef’ Luís Gaspar e a atriz e cozinheira Joana Barrios são os convidados deste ano.

Dirigido às crianças, a ‘chef’ Lisa Silva organiza um ‘workshop’, enquanto a animação geral ficará a cargo do Luís Trigacheiro e da banda Tinto Verano, que apresenta “300 and Friends”.

A degustação de Águas da Torneira e uma tertúlia sobre águas promovida pelos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) de Leiria são uma novidade na edição deste ano.

No dia 21, a ceramista Anna Westerlund vai apresentar a sua criação exclusiva “Jarro do SMAS de Leiria”.

Durante o certame será ainda conhecida “A Escolha Doce dos Leirienses” entre as especialidades a concurso, que terão a sua apresentação oficial no sábado, pelas 12:00.

Com entrada gratuita, o festival vai estar aberto na sexta-feira, das 18:00 às 23:00, no sábado das 11:00 às 23:00 e no domingo das 11:00 às 19:00.

Câmara de Coimbra arquiva quatro processos disciplinares devido à amnistia

A Câmara de Coimbra arquivou quatro processos disciplinares a funcionários devido à lei da amnistia aprovada no âmbito da Jornada Mundial da Juventude, e cessou parcialmente a execução da sanção disciplinar num outro processo.

Os arquivamentos foram analisados e votados hoje, de forma sigilosa, em reunião do executivo, com o presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, a lamentar que estes processos tenham sido “afetados negativamente pela amnistia papal”.

“Acho que o Governo exagerou no processo de amnistia. De facto, há circunstâncias que nem com a bênção de Deus deveriam ser amnistiadas, mas enfim”, notou o autarca, antes da votação.

Em causa, estavam processos ainda a decorrer relacionados com acusações de assédio moral, falta de assiduidade (um funcionário que não se apresentou ao serviço durante mais de um ano) e ameaças contra um chefe de serviço.

Num dos casos, uma funcionária afirmou que um trabalhador do município, perante a queixosa e outras duas funcionárias da Câmara de Coimbra, terá dito a um colega, de forma audível, que “elas precisam é de picante na coisa”, de acordo com o documento a que a agência Lusa teve acesso.

A queixa é suportada pelas outras duas mulheres que ouviram a ofensa, com uma das testemunhas a vincar que o trabalhador municipal nunca terá pedido desculpas pelo insulto.

Outro caso, cujo processo a Lusa também teve acesso, diz respeito a um trabalhador que esteve ausente do serviço durante cerca de quatro meses, sem apresentar qualquer justificação para a ausência, tendo um “vasto historial” ao serviço do município, de acordo com o relato do chefe de divisão.

O funcionário teve, no passado, um processo por “comportamento inadequado, ofensivo e ameaçador” e foi sujeito a um processo criminal por ter sido apanhado a conduzir embriagado ao serviço.

A queixa denuncia que os trabalhadores da Câmara de Coimbra “considerados problemáticos” foram sendo mobilizados para outras unidades orgânicas, nomeadamente com uma divisão em concreto do município a concentrar “um certo número de trabalhadores indesejáveis”.

Um outro processo diz respeito a um funcionário também da mesma divisão que terá estado mais de um ano ausente do serviço sem justificação de faltas, alegando no processo que os serviços lhe terão dito que deixaria de exercer funções por causa da pandemia de covid-19 e que o chamariam de volta assim que tal fosse possível.

O último caso deve-se a uma alegada ameaça de um funcionário a um superior, tendo pedido desculpas posteriormente pelo sucedido, escusando-se no facto de estar cansado de trabalhar sem condições.

Na reunião do executivo municipal, para além do arquivamento destes processos, foram ainda amnistiadas duas sanções disciplinares (de 70 dias de suspensão cada) a um funcionário do município, mantendo-se outras duas sanções disciplinares (de 90 dias de suspensão cada), tendo em conta a idade do infrator e por estas infrações estarem associadas à prática de “um ilícito penal”, nomeadamente um crime de abuso de poder.

APPACDM de Coimbra capacita 50 utentes para serem ativistas dos direitos humanos

A Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) de Coimbra preparou meia centena dos seus clientes para se tornarem ativistas dos direitos humanos, revelou hoje a instituição.

Este programa pioneiro na instituição teve como objetivo formar 29 homens e 21 mulheres sobre a defesa dos direitos humanos e desenvolvimento da empatia no relacionamento humano, de modo a perceber e sentir o ponto de vista do outro, explicou a APPACDM Coimbra, em nota de imprensa.

Após esta fase de formação, o grupo foi ouvir pessoas sem deficiência intelectual, portugueses e migrantes, sobre as violações que sofreram dos seus direitos.

Deste trabalho resultou uma campanha nas redes sociais, intitulada “Todos nós, Uma voz”, que consiste na verbalização, por estes 50 utentes, de testemunhos reais de pessoas sem deficiência intelectual.

Com recurso a 20 imagens ou vídeos, elementos deste grupo da APPACDM Coimbra surgem, caracterizados, “a dar voz às vítimas de abusos de direitos humanos”.

Esta iniciativa da APPACDM Coimbra, que tem o apoio do Instituto Nacional para a Reabilitação (INR), vai também chegar às escolas, com 50 novos ativistas dos direitos humanos a orientarem ‘workshops’ sobre o tema.

Posteriormente, será também desenvolvida uma tertúlia sobre Direitos Humanos.

“Continuamos a acreditar que a inclusão das pessoas com deficiência e o respeito pelos seus direitos e liberdades fundamentais decorrem como corolário de uma sociedade mais humanista onde todos devemos ser valorizados pelo que somos, independentemente dos padrões de normalidade que muitas vezes se traçam artificialmente. Ao serem ativistas dos direitos humanos, os nossos clientes ganham uma maior consciência sobre os seus próprios direitos, ficando alerta para a sua possível violação”, disse, citada na mesma nota, a presidente da APPACDM Coimbra, Helena Albuquerque.

Segundo esta responsável, estes utentes serão “vozes ativas na defesa dos direitos humanos” para eles e para todas as pessoas, e também percebem que “não são apenas as pessoas na sua condição que são vítimas. Qualquer um pode ser”.

Para a presidente desta instituição, a componente de ensino a jovens alunos faz deste projeto um trabalho onde “todos saem a ganhar”.

“Por vezes parece que estes temas são algo repetitivos ou que já não fazem assim tanto sentido em pleno século XXI. Mas, infelizmente, a humanidade continua a dar-nos demasiados exemplos de desrespeito dos direitos humanos, o que torna esta defesa e ativismo em necessidades universais e sempre atuais”, concluiu.

Padre de Viseu começou hoje a ser julgado por tentativa de coação sexual e aliciamento de menor

O padre Luís Miguel Costa começou hoje a ser julgado por tentativa de coação sexual e aliciamento de um menor para fins sexuais, mas optou por não prestar depoimento, segundo fonte do Tribunal Judicial da Comarca de Viseu.

O julgamento, cujo início tinha sido adiado três vezes, está a decorrer à porta fechada.

Quer à chegada ao tribunal, cerca das 09:30, quer à saída para a pausa de almoço, nem o padre, nem o seu advogado, Paulo Duarte, quiseram prestar declarações aos jornalistas.

O padre está acusado da prática “dos crimes de coação sexual, na forma tentada, e do crime de aliciamento de menores para fins sexuais”.

Segundo a acusação do Ministério Público (MP), em 27 de março de 2021, “o arguido, quando se encontrava sentado ao lado de um menor”, que na altura tinha 14 anos, “tocou com a sua mão na mão da vítima e, pouco depois, deu-lhe conta do seu propósito de se relacionar sexualmente” com ele.

“De seguida, convidou o menor para se encontrar com ele no WC, local onde, puxando-o para junto de si, aproximou os seus lábios aos dele, procurando repetidamente beijá-lo na boca, o que este evitou”, acrescentou.

O MP referiu ainda que, “pouco depois”, o padre mandou “diversos SMS [serviço de mensagens curtas] para o telemóvel do menor, aliciando-o para um encontro a fim de se relacionar sexualmente com ele”.

Em maio de 2022, depois de Luís Miguel Costa ter sido ouvido durante a fase instrutória do processo, Paulo Duarte disse aos jornalistas esperar que o seu cliente “não esteja, nem sirva nunca, de bode expiatório para expiar as culpas de quem quer que seja, nomeadamente de instituições”.

“Trata-se de um cidadão que está, junto da justiça, a fazer-se ouvir. Mas é um cidadão, não é culpado, nem deve expiar a culpa de terceiros ou de instituições”, afirmou aos jornalistas.

A Polícia Judiciária deteve um homem fortemente indiciado pela prática de um crime de incêndio urbano, ocorrido na área de Figueira Castelo Rodrigo

A Polícia Judiciária, através do Departamento de Investigação Criminal da Guarda, procedeu, à detenção de um homem, com 25 anos de idade, suspeito da autoria de um crime de incêndio em habitação, ocorrido ao final da tarde do dia 09/10/2023.

Por motivos ainda não concretamente apurados, o suspeito, através de chama direta, incendiou a residência que utilizava, propriedade de familiares.

O fogo rapidamente se propagou e só não teve piores consequências, pela ação rápida dos Bombeiros, impedindo que atingisse as habitações vizinhas.

O detido, foi presente às competentes autoridades judiciárias, com vista à aplicação de medidas de coação, sendo-lhe decretada a prisão preventiva.

PSD responsabiliza Governo por fecho de urgência de cirurgia em Aveiro no fim de semana

A comissão política concelhia de Aveiro do PSD responsabilizou hoje o Governo pelo fecho, nas noites do fim de semana, da urgência de cirurgia geral no hospital local, devido à recusa dos médicos às horas extraordinárias.

Em comunicado, o PSD/Aveiro crítica o Governo pela falta de reformas no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e pede a abertura do curso de Medicina na Universidade de Aveiro (UA) em 2024/2025.

Na sexta-feira, a administração hospitalar do Hospital de Aveiro informou que urgência de cirurgia estaria encerrada nos períodos noturnos entre sábado e hoje, devido à recusa dos médicos em trabalhar mais horas extraordinárias.

A comissão política do PSD da secção de Aveiro considera hoje “incompreensível” este encerramento, facto que diz ser “da total e inteira responsabilidade do Governo do Partido Socialista (PS)”.

“O PSD Aveiro exige desta forma ao Governo do PS que faça o seu trabalho de reforma global do SNS, nomeadamente a regulação deste grave conflito, procurando pontos de consenso junto da Ordem, dos Sindicatos e dos próprios Médicos, para resolver este grave problema, conforme é a sua competência e que afeta principalmente os que menos têm e os que mais precisam do Estado para cuidar da sua Saúde”, reclama.

No comunicado é também defendida a necessidade da abertura do curso de Medicina na Universidade de Aveiro (UA), no próximo ano letivo (2024/2025), e que “avance com a aplicação prática e urgente” da decisão da criação das Unidades Locais de Saúde (ULS).

No comunicado dedicado ao tema da saúde, o PSD/Aveiro vinca a importância de colocar em funcionamento uma administração comum e articulada entre o Centro Hospitalar do Baixo Vouga e as Unidades de Saúde da mesma área geográfica, “para que seja possível aumentar a produtividade e eficiência das Unidades de Saúde, que devido à sua inoperância são corresponsáveis pela pressão sobre as urgências hospitalares”.

No início deste mês, o conselho de administração do Hospital de Aveiro informou que tinha sido obrigado a intervir, elaborando uma escala alternativa para garantir a prestação de cuidados cirúrgicos no serviço de Urgência do Hospital de Aveiro, durante a primeira semana, “na salvaguarda da segurança dos doentes emergentes e urgentes”.

Esta decisão, segundo a administração, prendeu-se com o facto de a direção do Serviço de Cirurgia Geral ter apresentado uma proposta para o encerramento das urgências cirúrgicas no período da noite e o encerramento completo durante os fins de semana, durante todo o mês de outubro.

Na altura, a administração hospitalar referiu ainda que a escusa de um número elevado de médicos em realizar horas extraordinárias no serviço de Urgência estava a criar “constrangimentos na elaboração de escalas”.

Município de Ílhavo apresenta Mar Film Festival de 26 a 29 de outubro 

O Mar Film Festival regressa ao Município de Ílhavo no final deste mês, entre 26 e 29 de outubro. A exibição dos filmes decorrerá, maioritariamente, no Museu Marítimo de Ílhavo, à exceção de uma sessão especial comemorativa dos 130 anos do Farol da Barra, na Fábrica das Ideias da Gafanha da Nazaré.  

A edição 2023 do festival continua a refletir o mar na tela, com as mais variadas narrativas, apelos e geografias, sem nunca perder de vista o mar, “flutuando” entre ficção e documentários, curtas e longas-metragens, com especial enfoque na produção nacional. 

O festival começa, nos dias 26 e 27 de outubro, com a programação dirigida ao público escolar, com uma seleção de curtas-metragens de animação – as “Curtas de Mar” – sempre com o mar como pano de fundo. 

Na noite de 27 de outubro, sexta-feira, às 21h30, começam as sessões para o público em geral, com “Água nas Guelras”, uma curta-metragem de Marco Schiavon sobre uma inesperada vida insular, seguindo-se “Saudade do Futuro”, um documentário de Anna Azevedo, que percorre três países ligados pelo mar – Portugal, Brasil e Cabo Verde – em busca de histórias atravessadas pela saudade. 

Na manhã de sábado, 28 de outubro, às 10h30, o Mar Film Festival vira-se para uma vertente ambientalista, com a exibição de “Sonic Sea”, um documentário de Michelle Dougherty e Daniel Hinerfeld, que alerta para a poluição sonora dos oceanos – um novo perigo ameaça baleias, tubarões e golfinhos. Depois do filme, inicia-se uma conversa sobre “o impacto do som no oceano”, com Catarina Eira, docente da Universidade de Aveiro, e Marina Palácio, autora e ilustradora do livro “O Tratado do Silêncio”. 

No mesmo dia, às 15h, chegam ao auditório do museu as curtas-metragens da edição 2023 do Prémio Mário Ruivo – trabalhos que destacam sempre a importância do oceano para a vida no planeta Terra. Este prémio é uma homenagem a Mário Ruivo, personalidade de reconhecido mérito científico, político, diplomático e cultural, pioneiro na defesa do oceano, que o Museu Marítimo de Ílhavo tem estado, também, a destacar, este ano, com a exposição “Mar Oceano: Legado de Mário Ruivo”, que terá uma visita guiada após a exibição das curtas-metragens. 

A noite de sábado abre, às 21h30, com duas curtas-metragens. “As Gaivotas Cortam o Céu”, é uma curta de ficção, de Mariana Bártolo e Guillermo García López, sobre duas mulheres que se apoiam mutuamente perante um clima de mudança, no porto de pesca. “Carapau de Espinho”, de André Roseira, é também uma curta-metragem, mas documental, sobre a resistência à modernização num bairro piscatório de Espinho. 

O ponto alto da noite é a estreia de “O Som dos Heróis do Mar”, um documentário de Pedro Magano, que mostra o “making-of” do desafiante projeto de criação de uma nova banda sonora e dobragem interpretativa do filme português “Heróis do Mar”, através de um complexo projeto de comunidade desenvolvido pela Câmara Municipal de Ílhavo em 2022. 

O Mar Film Festival 2023 encerra no dia 29 de outubro, domingo, às 17h30, com o regresso ao grande ecrã de “Os Faroleiros”, um clássico do cinema mudo português, desaparecido durante sete décadas, que em 2023 ganhou uma nova banda sonora, criada, para o efeito, pelo compositor Daniel Moreira (Porto, 1983) e interpretada pelo prestigiado grupo de cordas britânico The Arditti Quartet. Este é o único filme que não é exibido no auditório do Museu Marítimo de Ílhavo, mas sim na Fábrica das Ideias da Gafanha da Nazaré. A exibição de “Os Faroleiros” surge no contexto das comemorações do 130.º aniversário do Farol da Barra. 

Resgatada mulher “que se sentiu mal a bordo” de barco na Ilha da Berlenga

A vítima ter-se-á sentido mal devido à inalação de fumos do motor da embarcação. Após ser retirada, foi encaminhada para uma unidade hospitalar.

Uma mulher de 27 anos foi resgatada, na tarde deste domingo, de uma embarcação marítimo-turista ao largo da Ilha da Berlenga, concelho de Peniche, após uma indisposição.

O alerta foi dado cerca das 12h15 dando conta que “um dos 11 passageiros a bordo de uma embarcação marítimo-turística se estava a sentir mal, alegadamente devido à inalação de fumos do motor”, refere a Autoridade Marítima Nacional (AMN) em comunicado divulgado na sua página de Facebook.

“Devido à avaria no motor, a embarcação marítimo-turística aguardava a chegada de rebocadores e não tinha condições para efetuar o desembarque da passageira”, refere ainda a nota. 

Os tripulantes da Estação Salva-vidas de Peniche foram acionados para o local e “procederam ao resgate e transporte da vítima, de 27 anos, para o Porto de Peniche”.

Os Bombeiros Voluntários de Peniche transportaram a vítima para uma unidade hospitalar.

O Comando-local da Polícia Marítima de Peniche tomou conta da ocorrência.

Realizados 15.870 abortos a pedido da mulher em 2022. Um aumento de 15%

Maioria das interrupções por opção continua a realizar-se nos estabelecimentos de saúde públicos. O tempo médio de espera entre a consulta prévia e a realização da interrupção foi de 6,4 dias.

Em 2022, foram realizadas, em Portugal, 15.870 interrupções da gravidez (IG) a pedido da mulher, segundo o Relatório de Análise dos Registos da Interrupção da Gravidez, divulgado esta segunda-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS). Estes números representam um aumento de 15% face a 2021. 

Os dados do Relatório de Análise dos Registos da Interrupção da Gravidez de 2022 mostram, ainda, que a maioria das IG por opção continua a realizar-se nos estabelecimentos de saúde públicos (68,6% do total). O procedimento mais utilizado nestas unidades foi o medicamentoso (98,9%) e, no privado, continuou a ser o cirúrgico (95,3%).

Por sua vez, o “tempo médio de espera entre a consulta prévia e a realização da IG por opção da mulher foi de 6,4 dias (com uma mediana de 5 dias) e a idade gestacional mediana de interrupção manteve-se nas 7 semanas”. Pelo menos 20% das mulheres esperaram mais que o máximo legal de cinco dias pela primeira consulta. 

O “número de mulheres não portuguesas” a abortar por opção tem aumentado ligeiramente (28,9% em 2022, 25,9% em 2021 e 24,6% em 2020). Este aumento, segundo a DGS, está “em consonância com o aumento de mulheres estrangeiras a residir em Portugal”.

A maioria das mulheres continua a recorrer por iniciativa própria à unidade em que realizou a interrupção.

Os dados do relatório mostram que, no total, foram registadas no país 16.471 interrupções, “mas a IG por opção da mulher nas primeiras 10 semanas de gravidez manteve-se como principal motivo em todas as idades, representando 96,4% do total”.

A “doença grave ou malformação congénita do nascituro” foi o que motivou 543 interrupções – o que representa 3,3% do total de IG por todos os motivos. 

Já as “características sociodemográficas das mulheres” que realizam a interrupção por opção da mulher “não têm variado significativamente”.

O “grupo etário que realizou maior número absoluto de interrupções e onde se registou também maior incidência”, continua a ser o dos 20-24 anos, logo seguido dos 25-29 anos. A percentagem de interrupções antes dos 20 anos “manteve os valores de 2021 (8,6%)”. Nas IG por opção da mulher, à semelhança de anos anteriores, a mediana de idade da mulher manteve-se nos 28 anos.

À semelhança do ano anterior, em 2022, a Região de Lisboa e Vale do Tejo continuou a ser aquela onde se realizaram mais IG por opção da mulher. No entanto, nota o relatório, “apesar da realização da IG por opção da mulher na região representar 58,9% do total das IG realizadas, verificou-se que 3,1% das mulheres não tinham essa RS como área de residência”. 

A incidência da interrupção da gravidez por todos os motivos “por 1.000 nados vivos, por Região de Saúde de residência da mulher, aumentou de 180,3 para 196,9 a nível nacional, traduzindo o aumento verificado em todas as regiões”. Este indicador é utilizado para comparações internacionais, “sendo que Portugal tem mantido registos abaixo da média europeia que, em 2019 (últimos dados disponíveis) era de 209,9”. 

O relatório mostra ainda que, após a interrupção, mais de 90% das mulheres aderem à utilização de um método contracetivo – 92,6% em 2022.

A “opção por métodos de longa duração apresentou um ligeiro decréscimo (cerca de 2,5 pontos percentuais) relativamente a 2021, tendo-se situado nos 35,1%”. A opção “por método hormonal oral ou injetável foi de 37,6%, aumentando 1 ponto percentual relativamente ao ano anterior”.

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