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Cantanhede: Innovation-Days decorrem no dia 30 de outubro e 03 de novembro

O Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro – Rovisco Pais (CMRRC-RP), na vila da Tocha, no concelho de Cantanhede, vai acolher a 6.ª edição do Innovation-Days nos dias 30 de outubro e 03 de novembro.

O evento é direcionado para estudantes do ensino superior e investigadores, que vão ser desafiados a desenvolverem ideias inovadoras para solucionarem problemas reais identificados por organizações da área da saúde, tudo num período de 24 horas, referiu a Câmara Municipal de Cantanhede, no distrito de Coimbra.

A iniciativa é organizada pela Universidade de Coimbra (UC).

Vinte exposições e um mural para ver em Óbidos durante o Folio

Vinte exposições e um mural de homenagem ao livreiro José Pinho integram o programa do Folio – Festival Literário Internacional de Óbidos, que decorre na vila entre os dias 12 e 22, sob o tema “Risco”.

Na primeira edição do Folio realizada sem a presença do fundador e mentor do festival, José Pinho, que morreu em maio deste ano, a curadora do Folio Ilustra, Mafalda Milhões, convidou 69 ilustradores a “ilustrar livrarias reais e imaginadas, uma por cada ano de vida” do livreiro.

Joana Bértholo “escreveu a sala”, com uma narrativa baseada no “Manifesto contra a Amazon”, e Raul Guridi deu “corpo às bestas” que simbolizam os riscos que correm os livreiros independentes. O resultado é “um manifesto ilustrado a favor das livrarias independentes” patente na “PIM! – Mostra de Ilustração para Imaginar o mundo”, este ano com o título “O risco de Ler Devagar”.

No que toca a exposições, André Carrilho vai mostrar os seus trabalhos na Livraria de Santiago e, na Casa Abismo, estarão patentes as ilustrações de Nuno Saraiva para esta editora.

Na Casa José Saramago poderão ser vistas as mostras “Riscos do Nordeste”, de Jô Oliveira, e “Chegou a Primavera, o Brasil depois das sombras”, de Francisco Proner.

O Museu Abílio acolhe, durante o Folio, a exposição “Flexágono 2023. Banda desenhada, narrativas gráficas e desenho, hoje”, com curadoria de Pedro Moura, e “Between Schools: há uma Gazeta que nos une”. Noutro museu, o municipal, estará patente a mostra “Pessoas com relações com Pessoa”, de Pedro Matos Soares e Carlos Pittella, numa parceria com a Casa Fernando Pessoa.

João Francisco Vilhena volta a marcar presença no festival, este ano com a mostra “Escrito de Caras ra o arap sanrep ed arutaretil”, concebida a partir de uma ideia de Luís Gomes, da Livraria Artes & Letras, onde a exposição estará patente.

O publico do Folio terá ainda a oportunidade de apreciar as ilustrações de “Mulher, Vida e Liberdade”, do livro coordenado por Marjane Satrapi, ou ainda do livro “O lobo assim, assim” de João Lobo, ou da obra Flicts, de Ziraldo Alves Pinto.

Na Capela de São Martinho poderá ser apreciada uma instalação dedicada a escritores e poetas censurados, presos e torturados e, na Livraria do Mercado, um mural de homenagem a José Pinho, intitulado “Criador de acasos, realizador de sonhos”.

Noutros locais da vila estarão patentes mostras de artistas locais, de trabalhos de alunos no âmbito do projeto “My Machine”, da fábrica de lápis Viarco e de sensibilização ambiental.

Na sua oitava edição, o Folio conta com um total de 603 autores e criadores, em cerca de 108 conversas e tertúlias, 40 apresentações e lançamentos de livros, 40 espetáculos e concertos, 21 exposições, 18 sessões de leitura e poesia e 14 mesas de autores.

Câmara de Ílhavo abre concurso de ideias para nova ponte da Vista Alegre

A Câmara de Ílhavo vai abrir um concurso de ideias para uma nova ponte da Vista Alegre, por forma a substituir a atual cuja manutenção é “financeiramente inviável”, anunciou hoje a autarquia.

Os materiais que compõem a ponte atual, nomeadamente o tabuleiro, constituído por tábuas de madeira, “requerem uma vigilância e manutenção quase diárias, pelo que se torna financeiramente inviável protelar a situação no tempo”, justifica a câmara do distrito de Aveiro.

“O modelo de concurso de ideias valorizará a inovação, a integração paisagística, permitindo a criatividade e não restringido qualquer tipo de solução, nem a uma mera avaliação focada no custo de intervenção”, esclarece, em nota de imprensa.

A Câmara de Ílhavo procura que os candidatos “possam apresentar ideias arrojadas que venham, não apenas solucionar os problemas atualmente identificados, mas também garantir soluções estruturais esbeltas, devidamente integradas na paisagem e que contribuam para a melhoria da ligação entre as duas margens”.

“É ainda imperativo para o município que o projeto seja desenvolvido com um claro sentido de respeito pelo património, nomeadamente pela ponte atual, cuja construção muito se deveu à mobilização da população da Gafanha da Boavista”, acrescenta.

O vencedor terá a oportunidade, por contratualização, de desenvolver o respetivo projeto de execução que dará lugar à empreitada, enquanto os segundos e terceiros classificados receberão um prémio pecuniário no valor de três mil euros e dois mil euros, respetivamente. 

A intervenção na ponte da Vista Alegre encontra-se prevista nas Grandes Opções do Plano aprovadas para o ano 2023.

A construção da ponte da Vista Alegre, que liga a zona das Gafanhas à Fábrica de Porcelanas da Vista Alegre, foi iniciada em 1978 e inaugurada no ano seguinte, na sequência de uma reivindicação da população, que logo após o 25 de Abril recolheu assinaturas para exigir a travessia.

Chegou a existir no local uma outra ponte, construída em 1835, que veio a desaparecer, e durante um longo período a travessia entre as duas margens era feita com uma barcaça, à vara, numa viagem curta, mas perigosa, em condições de tempo adversas, devido a fortes correntes.

Câmara da Guarda pede diálogo para evitar fecho do serviço de urgência

Os três eleitos pelo Movimento pela Guarda na Câmara da Guarda manifestaram-se hoje muito preocupados com a situação no hospital e pediram tréguas para evitar o fecho da Urgência.

Numa declaração lida pelo presidente da Câmara, Sérgio Costa, na reunião do executivo de hoje, os autarcas consideraram que a Urgência, que esteve à “beira de fechar” no fim de semana, “não pode continuar na corda bamba”.

Sérgio Costa salientou que, apesar do Serviço Nacional de Saúde funcionar em rede, “não se pode continuar com a prática das transferências” para outros hospitais fora do distrito da Guarda.

Os autarcas reconheceram que o serviço “está no fio da navalha” e apelaram “a todos os agentes para que façam tréguas, se sentem à mesa e dialoguem”.

Na reunião do executivo, a vereadora do PS, Adelaide Campos, também recorreu a termos clínicos, mas para criticar as opções do município.

A autarca considerou que a ordem de trabalhos da reunião foi de “uma pobreza franciscana”, com “pensos rápidos para uma cidade que precisa de uma intervenção cirúrgica muito importante”.

Adelaide Campos disse no final da reunião aos jornalistas que “este executivo não está minimamente vocacionado para ter uma estratégia para a cidade”.

O executivo apresentou mais uma revisão das Grandes Opções do Plano, que mereceu críticas por parte da oposição.

A vereadora do PS censurou que se reduza o investimento na cultura, no ambiente e no centro histórico.

“Aquilo que é a nossa imagem para o exterior, aquilo que podemos dar da Guarda está a desaparecer”, apontou Adelaide Campos.

A vereadora revelou ainda que vai passar a convidar o presidente da Câmara “a ver um pouco da cidade”.

“Talvez assim seja capaz de perceber o estado de degradação e decadência a que a Guarda está votada”, sustentou.

O vereador do PSD Carlos Chaves Monteiro também criticou as opções do executivo, considerando que “há uma ausência de política naquilo que são decisões estruturantes designadamente ao nível do investimento”.

O autarca realçou que “não se veem projetos novos” e “percebe-se que há um desinvestimento nos poucos que há”.

O presidente da Câmara, Sérgio Costa, explicou que esta revisão visa o reforço de algumas das rubricas, como dos transportes escolares, consumo de água nos equipamentos municipais, acordos com as juntas de freguesia, reparação de viaturas e obras nos edifícios escolares, nomeadamente a intervenção que está a ser realizada na Escola Secundária da Sé.

Portugal leva artesanato tradicional à Bienal de Mains de Maîtres no Luxemburgo

Portugal é o país convidado da 4.ª edição da Bienal de Mains de Maîtres, que decorre de 23 a 26 de novembro no Luxemburgo, onde se fará representar com uma exposição de artesanato, com 60 peças de 54 artesãos.

Subordinada ao tema “O gesto e o território, a Bienal de Mains de Maître”, a exposição “Produção artesanal portuguesa: a atualidade do saber-fazer ancestral” foi hoje apresentada publicamente, em Lisboa.

O projeto curatorial é da responsabilidade da Direção-Geral das Artes (DGArtes), através do Programa Nacional Saber Fazer Portugal, e “cumpre o objetivo do Governo, de internacionalização da cultura e construção da marca internacional Portugal”, disse o diretor-geral das Artes, Américo Rodrigues.

Posteriormente, a exposição virá para Portugal, onde correrá o país, adiantou o responsável, acrescentando que o objetivo da mostra é promover o artesanato como uma “atividade contemporânea e atual, inovadora por si só, que se reinventa e está em permanente transformação”.

A mostra, que ocupará uma área expositiva de cerca de 460 metros quadrados, com a apresentação de cerca de 60 peças de 54 artesãos e pequenas unidades nacionais de produção, é um exemplo da atualidade e relevância para a sociedade contemporânea da produção artesanal apoiada em conhecimentos ancestrais, “num investimento de 150 mil euros”, acrescentou.

Segundo Américo Rodrigues, esta é também uma oportunidade para estimular a “pedagogia do consumo responsável e com menos impacto para o planeta”.

A relevância da exposição pode ser entendida em quatro eixos: sentido quotidiano, respeito pela paisagem, valor cultural e resiliência económica.

A mostra ocupará duas salas e uma área de transição, disse Ana Botas, uma das curadoras, especificando que a primeira sala será dividida em “quatro áreas temáticas para retratar quatro características artesanais”.

Uma área é destinada ao “simbólico”, objetos que contêm dimensões afetivas ou de relação com o coletivo, como é o caso das máscaras portuguesas.

Outro núcleo expositivo é dedicado à “inteligência material”, peças que têm origem na satisfação de necessidades próprias de um contexto marcadamente rural e que ainda hoje representam soluções para o dia-a-dia, como mobiliário, objetos para confecionar e servir alimentos, bilhas para guardar água ou talhas para armazenamento de vinho, entre outras.

Uma outra secção dessa sala vai destinar-se à “minucia técnica”, ou seja, todo o trabalho mais detalhado, como é o caso, por exemplo, das rendas de bilros, das colheres de madeira “bordadas” (arte conhecida como pastoril), ou do empedrado da olaria de Nisa.

A outra área expositiva, subordinada ao tema “abrigo”, é dedicada às artes ligadas ao que cobre o corpo e o ambiente da casa, e apresentará peças como croças (capas feitas com diferentes camadas de junco, tecido e torcido), mantas de lã (usadas em várias regiões como capas de pastores), a colcha de Castelo Branco, ou o chapéu de palha de dragoeiro em espiral cosida, dos Açores.

A zona de transição vai “evocar a paisagem”, apresentando algumas das matérias-primas mais utilizadas – caso da cana, da cortiça, do vime, do linho, da lã ou da argila, por exemplo -, em que os visitantes poderão “tocar e cheirar”, acrescentou a curadora.

A segunda sala, destinada ao “saber fazer”, será composta por seis oficinas, nas quais o público poderá experimentar técnicas: Bordado de Castelo Branco (pelo Centro de Interpretação do Bordado); Cestaria em bunho (com Manuel Ferreira); Cestaria em cana (com Domingos Vaz); Cestaria em vime (com Alcídio Andrade); Empreita de Palma (com Maria João Gomes, das Palmas Douradas); e Rendas de bilros (pela Associação para Defesa do Artesanato e Património de Vila do Conde).

Américo Rodrigues adiantou ainda que “a exposição foi pensada para itinerar depois em Portugal”, onde será apresentada em diferentes regiões “enriquecida com contributos locais”.

Antes da inauguração da bienal, no dia 21 de novembro, haverá uma sessão de pré-abertura com um concerto da artista Ana Lua Caiano.

O comissário-geral da exposição, Jean-Marc Dimanche, também presente hoje na apresentação, foi o responsável pela escolha do tema – “O gesto e o território” – para celebrar o gesto e o espírito, mas sobretudo para questionar os criadores sobre a noção de identidade artística, de património cultural ligado à história de cada país.

Para a secretária de Estado da Cultura, Isabel Cordeiro, esta participação, pela primeira vez, de Portugal como convidado de honra da bienal, “destaca-se como um momento único na afirmação internacional da tradição artística portuguesa”.

“Esperamos que a exposição notabilize o nosso artesanato e os artesãos envolvidos”, disse, destacando a “maior pertinência [da mostra], pela vasta comunidade portuguesa” residente no Luxemburgo.

“Gostaríamos que para eles se revelasse como um renovado orgulho do seu país”.

O programa Saber Fazer apresenta as várias medidas para a salvaguarda, o reconhecimento e o desenvolvimento sustentável do setor das artes e ofícios tradicionais, como forma de afirmação da marca identitária dos territórios e do país.

O programa tem aplicação prevista entre 2022 e 2025 e conta com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Homem detido por violência doméstica. GNR apreende armas e munições

Suspeito “infligia ameaças verbais e psicológicas à vítima, uma mulher de 43 anos”.

Um homem, de 79 anos, foi detido pelo crime de violência doméstica em Resende. O detido possuía várias armas e munições, que foram apreendias pela Guarda Nacional Republicana (GNR).

De acordo com um comunicado da GNR, o suspeito “infligia ameaças verbais e psicológicas à vítima, uma mulher de 43 anos”. A Guarda efetuou dois mandados de busca, um domiciliário e outro a um veículo, que permitiram apreender uma carabina, duas espingardas, 305 munições de diversos calibres e duas facas.

O suspeito foi identificado e os factos foram remetidos ao Tribunal Judicial de Lamego.

PSP deteve 5 pessoas em Coimbra, incluindo mulher que agrediu polícia

Todas as detenções ocorreram, no fim de semana, na cidade de Coimbra.

A Polícia de Segurança Pública (PSP) de Coimbra deteve cinco pessoas, quatro homens e uma mulher, durante o último fim de semana, por suspeita de tráfico de estupefacientes, agressão a um polícia e infrações rodoviárias, nomeadamente condução em estado de embriaguez e sem habilitação legal. 

Em comunicado, esta segunda-feira, a PSP explica que por suspeita de tráfico de diferentes estupefacientes foram detidos dois homens, durante o dia de ontem. “O primeiro, com 22 anos de idade, foi detido, às 02h05, no recinto do Queimódromo, na Praça da Canção. A Polícia, ao efetuar a revista de segurança ao jovem, que pretendia aceder ao espaço de espetáculos, detetou uma bolsa, no interior do casaco que este trajava, com diferentes produtos estupefacientes”, lê-se.

Perante os factos, o suspeito foi detido e conduzido à esquadra, onde foram realizados os testes, “que permitiram identificar e quantificar os estupefacientes encontrados: 143 doses de ecstasy; quatro doses de liamba; 22 selos de LSD; e 0,45 gramas de ketamina (um produto estupefaciente alucinogénio)”. 

A detenção do segundo indivíduo foi realizada, por volta das 12 horas, na Praça 8 de Maio, na Baixa da cidade. “Um homem, de 48 anos de idade, circulava de bicicleta e, ao aperceber-se da presença da polícia, inverteu a marcha de forma repentina, o que levantou suspeitas. Por isso, a polícia rapidamente o alcançou e intercetou. O homem tinha na sua posse 12 doses de cocaína e seis de heroína”, revela a força de segurança.

A detenção pelo crime contra a autoridade pública também ocorreu ontem, ao final da tarde, na rua Manuel de Almeida e Sousa. Segundo a nota, “a detida é uma mulher, de 53 anos de idade, que empurrou e agrediu fisicamente um polícia, chamado ao local para resolver uma situação de conflito”.

“Apesar de, reiteradamente, ter sido alertada para o facto de estar a cometer um crime contra a autoridade pública e informada de que seria detida caso não alterasse o seu comportamento, a mulher empurrou e bateu no elemento policial, sendo detida”, informa a PSP.

No que respeita a infrações rodoviárias, no sábado, 7 de outubro, “foi detido um homem, de 22 anos de idade, pelas 08h50, na rua de Tomar. Conduzia com uma taxa de álcool no sangue de 1,33 gramas por litro. Por fim, ontem, pelas 17h15, na rua António Granjo, a PSP procedeu à detenção de um homem, de 26 anos, que conduzia um automóvel sem a respetiva habilitação legal”.

Jovem é detido após acidente. Conduzia com 2 g/l de álcool no sangue

Detenção ocorreu na madrugada de sábado.

A Polícia de Segurança Pública (PSP) deteve, no sábado, um jovem, de 22 anos, por condução sob o efeito de álcool, em Viseu. 

Em comunicado, esta segunda-feira, o Comando Distrital de Viseu da PSP revelou que a detenção ocorreu pelas 06h30, na Rotunda do Coval.

O jovem, ao ser submetido ao teste de alcoolemia, acusou uma Taxa de Álcool no Sangue (TAS) de 2 g/l.

“O cidadão em causa foi interveniente num acidente de viação do qual resultou apenas danos materiais”, esclareceu a PSP.

Na mesma nota, a PSP informa ainda que, no mesmo dia, deteve outro jovem, de 26 anos, por condução de veículo automóvel sem habilitação legal para o efeito, que também “foi interveniente num acidente de viação do qual resultou apenas danos materiais”.

Os detidos foram notificados para comparência, no Tribunal Judicial de Viseu.

Autarca pede celeridade na construção de novo Palácio da Justiça de Coimbra

O presidente da Câmara Municipal de Coimbra mostrou-se hoje satisfeito com a inclusão da construção do novo Palácio da Justiça conimbricense no plano de investimentos previstos para a área da Justiça, pedindo celeridade na sua concretização.

“Registamos com imenso agrado que neste plano surja finalmente o desenvolvimento do novo Palácio da Justiça de Coimbra, que permitirá, no futuro, ao Ministério da Justiça poupar dinheiro”, referiu José Manuel Silva.

Em declarações à agência Lusa, o autarca destacou a necessidade deste processo avançar com celeridade, porque “a justiça não está a ser exercida nas adequadas condições”.

“O Governo está a perder dinheiro em rendas, por não ter o Palácio da Justiça pronto. Como foi dito pelo senhor secretário de Estado Adjunto e da Justiça, o Governo paga mais de 800 mil euros, por ano, de rendas nas instalações que está a utilizar pela cidade”, acrescentou.

De acordo com o Plano Plurianual de Investimentos na Área da Justiça 2023-2027, publicado hoje em Diário da República (DR), tendo por base a Resolução do Conselho de Ministros n.º 119/2023, a Comarca de Coimbra contará com um investimento de 17.201.094 euros.

Para o ano de 2024 está previsto um investimento de 375 mil euros, seguindo-se 5.850.394 euros em 2025, 5.731.798 em 2026 e 5.243.902 em 2027.

No entender do autarca, a inclusão da construção do novo Palácio da Justiça de Coimbra neste plano de investimentos é o culminar de um trabalho que vem sendo desenvolvido pela Câmara Municipal de Coimbra, “em conjunto com a Comarca [de Coimbra], a Universidade [de Coimbra] e a CIM [Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra]”.

“Não se compreendia que este processo não tivesse avançado mais cedo, mas, estando a avançar, é uma satisfação para Coimbra, finalmente, iniciar-se o processo de construção do novo Palácio da Justiça, que já tinha sido prometido por vários ministros, inclusive ministros socialistas, e que tem um terreno reservado há 50 anos”, sustentou.

Segundo José Manuel Silva, esta é a obra mais antiga que o Ministério da Justiça tem por fazer.

“Além de ser uma necessidade, porque são instalações que não foram preparadas devidamente para o exercício da justiça, é um bom investimento”, justificou.

À agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Coimbra garantiu ainda que está disponível para dar toda a sua colaboração ao Governo, “no sentido de acelerar os procedimentos burocráticos autárquicos que são essenciais para estas obras”.

Casa da Moeda condenada a pagar prémio a tecnológica aveirense

O Tribunal da Relação do Porto (TRP) condenou a Imprensa Nacional – Casa da Moeda (INCM) a pagar quase 100 mil euros a uma empresa aveirense relativos ao 3.º lugar conquistado num prémio de inovação, em 2017.

O acórdão, datado de 12 de julho e consultado hoje pela Lusa, deu razão à empresa de desenvolvimento de software Ubiwhere e revogou a decisão do Juízo Cível do Tribunal de Aveiro, que tinha absolvido a INCM dos pedidos contra ela formulados.

Em causa está o projeto “Block Car Pollution”, com o qual se pretendia estimular o recurso por parte da população em geral aos transportes coletivos através de um sistema de recompensa com dinheiro ou com vales de descontos nas mais variadas áreas.

O projeto, desenvolvido pela Ubiwhere, em colaboração com dois investigadores da Universidade de Aveiro, foi um dos três finalistas da segunda edição do prémio Inovação INCM, em 2017, que tinha como objetivo distinguir e premiar ideias inovadoras de soluções que estivessem no âmbito do objeto social da Imprensa Nacional Casa da Moeda.

Numa sessão pública ocorrida em maio de 2018, que contou com a presença da ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, a empresa foi distinguida com o 3.º prémio, tendo sido entregue ao seu representante um cheque gigante com a indicação do valor de 100 mil euros.

Apesar disso, a INCM veio mais tarde informar que a ideia não reunia as condições económicas e financeiras necessárias para sua execução, facto que a impossibilitava de avançar com o seu financiamento, acabando por pagar apenas os 2% do prémio destinados aos investigadores que desenvolveram a ideia apresentada.

A tecnológica aveirense interpôs então uma ação cível contra a INCM a reclamar o pagamento do valor total do prémio, mas o Tribunal de Aveiro absolveu a ré do pedido.

Inconformada com a decisão, a empresa recorreu para o TRP que concluiu que, tendo o júri do concurso atribuído à tecnológica aveirense o 3.º lugar, outra alternativa não restava à ré senão proceder ao pagamento do valor correspondente ao prémio em causa.

A INCM terá assim de pagar à autora a quantia de 98 mil euros, que corresponde ao valor do prémio abatido dos 2% que já foram pagos.

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