Câmara Municipal é Autarquia Mais Familiarmente Responsável pelo quarto ano consecutivo
O Município de Vila Nova de Poiares já é membro da ‘Rede Europeia de Autarquias Amigas das Famílias’ (The European Family Network Municipalities). Como associado desta rede, o Município está a aderir a um movimento a favor de uma Europa mais amiga da família, partilhando das melhores práticas a nível comunitário no âmbito desta temática.
Esta adesão resulta daquilo que tem sido o reconhecimento por parte do Observatório de Autarquias Familiarmente Responsáveis (OAFR) do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pela Câmara Municipal nestas matérias, e que permitiu a sua candidatura a membro da referida Rede.
Recorde-se que Vila Nova de Poiares é pelo quarto ano consecutivo Autarquia Mais Familiarmente Responsável, sendo que a distinção respeitante a 2022 será entregue numa cerimónia no próximo dia 26 de janeiro, em Coimbra.
Para além do reconhecimento, a atribuição do referido galardão é a validação das políticas sociais que a Câmara Municipal tem promovido e que se caracterizam como transversais, integradas e integradoras de apoio e valorização da família, dotando o Concelho de Vila Nova de Poiares de respostas e programas relevantes nesta área.
Refira-se que a distinção pelo OAFR tem por base a avaliação às medidas adotadas pelo Município em áreas como o apoio à maternidade e paternidade, a famílias com necessidades especiais; serviços básicos; educação e formação; habitação e urbanismo; transportes; saúde; cultura; desporto, lazer e tempo livre; cooperação, relações institucionais; e participação social.
O Observatório de Autarquias Familiarmente Responsáveis foi criado em 2008 e procura criar sinergias positivas para todos os municípios nacionais, bem como dar visibilidade às autarquias que se destaquem por práticas amigas das famílias.
Um homem com 66 anos ficou gravemente ferido depois do veículo onde seguia se ter despistado e seguidamente capotado, na tarde desta quarta-feira, no IC2, em Águeda.
O acidente aconteceu no Itinerário Complementar 2, entre a saída Águeda Centro e Águeda Norte, pelas 14h10.
A vítima foi assistida no local pelos Bombeiros Voluntários de Águeda e pela SIV de Águeda, mas devido aos ferimentos graves teve de ser transportada para o Hospital de Aveiro.
A GNR através do núcleo de investigação criminal de acidentes de viação esteve no local a tomar conta da ocorrência.
Luís Montenegro defendeu, em Tábua, discriminação positiva para os territórios de baixa densidade
O presidente do Partido Social Democrata, Luís Montenegro, esteve hoje em Tábua, onde almoçou com vários empresários da região, e Oliveira do Hospital. O líder social democrata ouviu as observações e queixas dos investidores que reclamaram outro tipo de apoios do poder central para com os territórios de baixa densidade. Montenegro sublinhou que está no terreno para tomar conhecimento dos problemas e reconheceu que é necessária “uma discriminação positiva para atrair investimento e fixar população no interior”, algo que o “Governo PS parece incapaz de concretizar”.
Luís Montenegro, que está a realizar um périplo pelo distrito de Coimbra, até sexta-feira, no âmbito do programa Sentir Portugal, visitou o local onde está parado o IC6 e ouviu dos empresários as reivindicações sobre a necessidade de construir novas vias de comunicação. O líder social democrata acabou por reconhecer que há infra-estruturas que são necessárias, antes de seguir para Oliveira do Hospital, onde visitou o Centro de Saúde, um local sensível para a população.
O presidente da Câmara de Coimbra afirmou hoje que a futura estação intermodal, cuja construção está prevista no projeto de linha de alta velocidade, “vai revolucionar” o concelho.
Durante a manhã de hoje, foi apresentado o projeto do arquiteto catalão Joan Busquets, que estabelece as bases do plano de pormenor da construção da nova estação de Coimbra-B, que será uma infraestrutura intermodal, num projeto que repensa também toda a zona e propõe novas soluções de mobilidade para a cidade.
“Em conjunto com o grande investimento que está a ser feito com o Sistema de Mobilidade do Mondego, nós passaremos a ter uma nova mobilidade na cidade de Coimbra e no acesso a todo o país que vai revolucionar completamente a nossa cidade”, afirmou o presidente do município, José Manuel Silva, eleito pela coligação Juntos Somos Coimbra (PSD/CDS-PP/Nós, Cidadãos!/PPM/Aliança/RIR e Volt).
O estudo urbanístico hoje apresentado por Joan Busquets, que propõe uma estação num edifício em ponte, é uma revisitação e atualização do plano já desenvolvido por aquele arquiteto catalão em 2010 para Coimbra-B (no âmbito do projeto de alta velocidade que, na altura, não avançou), que José Manuel Silva defendia que deveria ser recuperado.
José Manuel Silva agradeceu ao Governo e à Infraestruturas de Portugal pela abertura que tiveram para “melhorar muito” aquilo que era o projeto inicialmente previsto e considerou que a atual proposta vai dar “uma nova dinâmica à cidade”.
“A cidade vai mudar”, frisou, notando que a importância do projeto levou a que o Salão Nobre da Câmara de Coimbra estivesse completamente cheio hoje de manhã, com algumas pessoas a não terem lugar para se sentarem enquanto assistiam à sessão de apresentação.
A nova estação, vincou, permite “escrever um novo futuro para a cidade de Coimbra, para o concelho e para a região”.
Para a vereadora com o pelouro da mobilidade da Câmara de Coimbra, Ana Bastos, a intervenção agora prevista “impunha-se” e vai “muito além de um mero interface de transportes”.
Para esta responsável, o atual plano do ateliê de Joan Busquets é “completamente diferente” do de 2010, influenciado por novas políticas de urbanismo e mobilidade, assim como “mais adaptado” ao território e menos intrusivo, com uma “predominância do verde”.
Ana Bastos explicou que o plano de pormenor que será agora desenvolvido pela Câmara de Coimbra (que terá de ficar concluído este ano) vai “potenciar a transformação de todo aquele espaço”.
Para além da construção de uma nova estação, o plano pretende promover “um novo desenvolvimento” daquela zona, que vai sofrer “uma ampla intervenção urbanística”, mais atrativo “ao investimento público, mas também privado”.
“Irá nascer aqui uma nova Coimbra na zona poente do concelho”, notou.
Ana Bastos destacou ainda o facto de o plano questionar a atual localização do IC2, quando passa pela cidade, propondo um desvio que acabe com o viaduto da Casa do Sal e que permita resolver o problema do nó do Almegue, onde é normal haver congestionamento do trânsito.
Aproveitando a presença do vice-presidente da IP, Carlos Fernandes, e do secretário de Estado das Infraestruturas, Frederico Francisco, a vereadora apelou à resolução desse problema, apontando como uma hipótese a readaptação da ponte ferroviária para a circulação de carros.
O jovem acusado de um homicídio em Torres Vedras, no Carnaval de 2022, defendeu hoje, no início do julgamento, estar alcoolizado e sob efeito de droga na noite do crime, mostrando-se arrependido, mas sem memória do que se passou.
Embora tenha admitido o crime, o arguido, Bruno Romão, de 22 anos, não se recorda de matar o homem, de 32 anos, que encontrou com a ex-namorada na Praça da Batata, na manhã de 26 de fevereiro do ano passado, como descreveu o Ministério Público (MP) na acusação, a que Lusa teve acesso.
Na acusação, o MP diz que o arguido agiu “por ciúmes infundados e pela sua sede de desacatos”.
“Não havia motivo nenhum para ter feito o que fiz”, alegou hoje Bruno Romão, durante a primeira sessão do julgamento realizado hoje no Tribunal de Loures, no distrito de Lisboa.
O arguido disse não ser “próximo” da vítima, nem da antiga companheira.
A vítima e a ex-namorada, segundo a acusação, conheceram-se na noite do crime através de amigos em comum.
A presidente do coletivo de juízes referiu que o arguido já foi condenado por violência doméstica, com pena suspensa, crime este praticado com a ex-namorada, que encontrou na noite de Carnaval com a vítima.
Bruno Romão afirmou ter um “apagão” na memória após um jantar de aniversário, na noite de 25 de fevereiro, tendo ingerido álcool ao longo do dia e consumido haxixe.
“O Bruno estava alterado”, descreveu uma testemunha na sessão da manhã e que esteve presente no jantar, altura em que viu o arguido “espetar” a faca do crime na mesa, como também foi indicado pelo MP, o que Bruno Romão negou.
Já durante a madrugada de 26 de fevereiro, e após ter sido expulso de um bar por causar desacatos, a mesma testemunha cruzou-se com o arguido e assistiu à “confusão” entre ele e a vítima por volta das 9:00.
Após vários “socos” e “pontapés” entre os dois, e mesmo depois de serem afastados, o arguido espetou uma faca “por baixo do mamilo esquerdo, atingindo o coração”, indicou o MP e a testemunha, tendo depois fugido do local.
Com a roupa “salpicada” de sangue, foi até um café para tomar o pequeno-almoço e cruzou-se com o proprietário do bar de onde foi expulso.
“O dono do bar é que disse que eu tinha cometido o crime”, explicou Bruno, momento em que diz ter começado a recuperar a memória.
De forma a perceber o que tinha feito, dirigiu-se ao hospital de Torres Vedras, para onde foi encaminhada a vítima, mas acabou por ser expulso e depois detido por agentes da PSP.
Bruno Romão mostrou-se arrependido, ao que a juíza questionou: “O senhor está muito arrependido, mas não se recorda de nada?”.
“Se eu me lembrasse, é óbvio que me tinha entregado às autoridades”, respondeu, pedindo ainda desculpa à família da vítima.
Durante a tarde de hoje estão a ser ouvidas mais testemunhas, sendo que o arguido tem estado em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Caxias.
Em outubro de 2022, o Tribunal da Comarca Lisboa Norte decidiu levar a julgamento Bruno Romão, acusado pelo Ministério Público de um crime de homicídio qualificado, pelo que pode ser punido com uma pena entre 12 e 25 anos de prisão.
As autoridades referem que o número de animais marinhos resgatados na costa portuguesa tem aumentado devido ao clima.
A Polícia Marítima de Aveiro resgatou, esta quarta-feira, uma tartaruga marinha, depois de um alerta por parte da população na praia da Costa Nova, no município de Ílhavo.
Em comunicado partilhado no site da Autoridade Marítima Nacional, apontaram que o alerta foi recebido por volta das 16h45 desta tarde, encontrando no local uma tartaruga “que apresentava sinais de desorientação”.
O animal foi levado pelas autoridades para o Centro de Reabilitação de Animais Marinhos (CRAM) de Aveiro.
A Polícia Marítima referiu ainda que, segundo os responsáveis do centro, o número de animais marinhos que dão à costa na região tem aumentado, devido ao impacto do clima.
“Esta foi a terceira tartaruga marinha a dar à costa portuguesa, resultante do estado do mar e do arrefecimento das águas, tendo se verificado um número significativos de animais marinhos a dar à costa”, afirmou a autoridade.
Três homens, com idades compreendidas entre os 44 e os 76 anos, foram detidos em janeiro, na freguesia dos Olivais, em Lisboa, por serem suspeitos de especulação no serviço de táxi, anunciou, esta quarta-feira, a Polícia de Segurança Pública (PSP).
“Estas detenções resultam da informação e perceção de uma prática que se tem revelado cada vez mais recorrente no seio do transporte de passageiros através do serviço de Táxi“, adianta a PSP num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso.
O crime de especulação, é também explicado, “traduz-se na venda de bens ou disponibilização de serviços por preços superiores àqueles que normalmente resultariam da atividade normal, o que resulta num enriquecimento ilegítimo por parte do prevaricador e no efeito lesivo sobre aqueles que adquirem ou usufruem deste serviço”.
Além das detenções, a polícia apreendeu as viaturas utilizadas pelos três homens, como medida cautelar, para impossibilitar a continuidade da “atividade de forma criminosa”.
A mesma nota aponta ainda que “estas detenções decorrem de uma especial atenção que este tipo de serviço de transporte tem merecido em termos de fiscalização”, que, nos últimos dois meses, possibilitou “a detenção e apresentação junto dos serviços do Ministério Público de mais de uma dezena de indivíduos pelo ilícito descrito”.
Enquanto autarca, Fernando Medina nomeou uma empresa de Joaquim Mourão para consultoria das obras de requalificação da cidade, num negócio que está a ser investigado pelas autoridades.
A Polícia Judiciária fez buscas no departamento de Urbanismo da Câmara de Lisboa, na terça-feira, por suspeitas de corrupção numa nomeação para prestação de serviços assinada pelo então presidente da Câmara Municipal, e agora ministro das Finanças, Fernando Medina.
Segundo avançou esta quarta-feira a CNN Portugal/TVI, o esquema investigado envolve a Câmara de Lisboa, entre os anos de 2015 e 2016, quando a liderança da autarquia mudou de António Costa para Fernando Medina.
“Qualquer esclarecimento deverá ser prestado pelas autoridades judiciais”, disse à Lusa fonte oficial da Câmara Municipal de Lisboa, confirmando apenas as buscas no departamento de Urbanismo.
Na terça-feira, as autoridades fizeram buscas na autarquia por suspeitas de corrupção, participação económica em negócio e falsificação. Em causa está um alegado caso de viciação de regras para que a autarquia lisboeta contratasse um antigo militante do Partido Socialista, Joaquim Mourão, para a gestão das obras da cidade.
O Ministério Público crê, segundo o mesmo canal de televisão, que o negócio teria como objetivo angariar dinheiro em obras públicas, através de subornos a empreiteiros e empresários, para o financiamento de estruturas do PS.
Medina terá assinado um despacho, enquanto autarca de Lisboa, em que nomeou uma empresa de Joaquim Mourão para serviços de consultoria das obras de requalificação da cidade.
Os alvos das buscas foram Joaquim Mourão, antigo autarca de Castelo Branco e de Idanha-a-Nova, e António Realinho, amigo do socialista e empresário na cidade. Além da Câmara de Lisboa, foram feitas buscas às casas e empresas dos dois empresários.
Em declarações à TVI, Fernando Medina disse não ter conhecimento de qualquer investigação, acrescentando apenas que “os processos de contratação da Câmara Municipal de Lisboa eram instruídos pelos serviços competentes para contratação, no cumprimento das normas aplicáveis”.
Neste mês de janeiro, celebra-se o 11º Aniversário do Turismo Industrial de S. João da Madeira, com a realização de várias atividades e visitas orientadas, a decorrer nas empresas e instituições parceiras deste programa municipal que visa proporcionar a descoberta do património industrial e da indústria viva que caracterizam e diferenciam o território do concelho.
No último ano, dando continuidade ao processo de afirmação e crescimento deste projeto, a Câmara Municipal assinou, com a Entidade Regional de Turismo Porto e Norte de Portugal, a Declaração de Colaboração, no quadro da dinamização do Turismo Industrial em Portugal.
Esse documento confirma o “interesse e empenho das partes na implementação das boas práticas e critérios de conformidade associados aos serviços de Turismo Industrial, de acordo com o Guia de Boas Práticas desenvolvido pelo Grupo Dinamizador da Rede Portuguesa de Turismo Industrial”, no qual S. João da Madeira assume um papel de relevo desde a primeira hora.
Instituição norte-americana atribui prémio
Já com as comemorações deste seu 11.º aniversário no horizonte, o Turismo Industrial de S. João da Madeira foi distinguido, no início de janeiro, com o Prémio de Mérito da Society for Historical Archaeology.
Passou a ser, assim, um dos quatro primeiros projetos portugueses a receberem este galardão internacional atribuído por essa organização educacional, fundada em 1967 e sediada nos Estados Unidos da América, que, desde 1988, reconhece, dessa forma, indivíduos e organizações que se distinguem na causa da arqueologia histórica.
O presidente da Câmara Municipal, Jorge Vultos Sequeira, considerou “motivo de grande orgulho e satisfação” a atribuição desse prémio a S. João da Madeira, agradecendo a todas as pessoas e entidades envolvidas, quer na criação do projeto de Turismo Industrial, quer no seu desenvolvimento, destacando que tem características únicas no país e que tem inspirado outras cidades. O autarca revelou também que o município está a trabalhar no sentido do estabelecimento de novas parcerias para alargamento do número de entidades a visitar.
Roteiro inclui única fábrica portuguesa de lápis
Este programa pioneiro de turismo industrial, iniciado em janeiro de 2012 pelo município de S. João da Madeira, engloba empresas como a Viarco – Fábrica Portuguesa de Lápis, Fepsa – Feltros Portugueses, Cortadoria Nacional de Pêlo, Heliotextil, Bulhosas, Flexitex, Molaflex, Belcinto, CEI – Companhia de Equipamentos Industriais, ERT – Têxtil Portugal, Mariano Shoes, Faurecia e Monte Campo.
Do roteiro de visitas do Turismo Industrial de S. João da Madeira, fazem ainda parte a Academia de Design e Calçado, Centro Tecnológico do Calçado de Portugal e Sanjotec, além de equipamentos municipais como o Museu da Chapelaria, o Museu do Calçado, a Torre da Oliva e a Oliva Creative Factory (onde se encontra o Centro de Arte Oliva).
É possível conhecer em pormenor o programa do 11.º aniversário do Turismo Industrial de S. João da Madeira nas redes sociais e no site do projeto, pelo telefone 256 200 204 ou pelo e-mail turismoindustrial@cm-sjm.pt.
O Curso de Especialização em Promoção de Estilos de Vida Ativos e Saudáveis em Territórios de Baixa Densidade, que começa já em março na Sertã, foi apresentado publicamente no Edifício dos Paços do Concelho na passada segunda-feira.
Apoiado pelo PRR, o curso decorrerá de março a julho e estará isento do pagamento de propinas. As candidaturas estão a decorrer até dia 10 de fevereiro no site da Universidade de Coimbra: https://apps.uc.pt/courses/PT/course/10164 . A componente presencial do curso decorrerá nas instalações do SerQ – Centro de Inovação e Competências da Floresta, na Zona Industrial da Sertã. Proporcionará formação complementar na área da promoção da atividade física, do exercício físico e da alimentação saudável, a profissionais de territórios de baixa densidade, com experiência em diferentes contextos socioculturais. Visa o desenvolvimento de competências de promoção de estilos de vida ativos e sustentáveis em territórios de baixa densidade nos domínios da redução do risco global de doença, promoção da saúde mental e do bem estar, eliminação de disparidades de género e promoção das igualdades de acesso, fomento de conhecimentos e de competências necessárias à promoção do desenvolvimento sustentável e promoção de intervenções locais orientadas baseada em políticas inclusivas.
Na sessão de apresentação, Carlos Miranda, Presidente da Câmara Municipal da Sertã, fez uma saudação especial a um grupo de alunos do Agrupamento de Escolas da Sertã que, no âmbito do projeto “Nós Propomos”, no ano anterior manifestou junto do Presidente da Câmara a necessidade de haver ensino superior no concelho da Sertã. Ciente da dificuldade de ter um pólo de ensino superior na Sertã, Carlos Miranda garantiu na altura fazer o possível para trazer ensino superior à Sertã em parceria com outras instituições. Agradecendo a participação destes alunos, o autarca referiu que “foram o estímulo para que este curso que estamos a apresentar pudesse acontecer”. “Que este seja o primeiro curso a decorrer no concelho da Sertã, no que respeita a Ensino Superior, e que façamos este caminho de uma forma sistemática e que possamos chegar (…) a ter um pólo de ensino superior na Sertã”.
O autarca descreveu a vasta oferta de ensino existente a vários níveis no concelho da Sertã e o seu relevante papel na região, referindo que possui “uma dinâmica social e económica muito diferente de outros concelhos”, com centralidade e com uma realidade demográfica, apesar das perdas registadas, que o coloca na 4.ª posição do distrito. O autarca relembrou a realização da “EducATIVA”, certame que possibilitou a divulgação da oferta formativa e educativa do concelho, e a disponibilização da plataforma SertãEduca que “mostra o que aqui se faz em termos educativos”. Agora “a Sertã pode também oferecer ensino superior, neste caso com a Universidade de Coimbra”, entidade com a qual o Município da Sertã já colaborava, através do SerQ – Centro de Inovação e Competências da Floresta, sendo um dos parceiros juntamento com o LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil. O autarca referiu que “a Universidade de Coimbra é responsável por muita da investigação e formação que ali se faz”.
O Curso de Especialização em Promoção de Estilos de Vida Ativos e Saudáveis em Territórios de Baixa Densidade decorrerá numa “área de baixa densidade de pessoas mas de alta densidade de natureza” e “é uma oportunidade para tirarmos partido dos nossos recursos naturais”. (…) “As câmaras municipais, com o seu pessoal técnico, são um dos alvos preferenciais deste curso, mas também a hotelaria, a restauração, empresas de organização de eventos, etc, serão também entidades interessadas no funcionamento deste curso, que vai acrescentar muito mais ao que temos a oferecer na Sertã, pelas qualificações que vai proporcionar a profissionais que já estejam no território ou possam vir para cá.” A finalizar, Carlos Miranda frisou a disponibilidade e apoio do Município da Sertã a iniciativas da Universidade de Coimbra.
Cristina Albuquerque, Vice-Reitora da Universidade de Coimbra, afirmou ser um privilégio apresentar este curso na Sertã e aprofundar a relação entre a Universidade de Coimbra e o Município da Sertã. O curso integra-se no projeto “Living the Future Academy” do financiamento Impulso Jovens STEAM, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). O projeto enquadra mais de uma centena de parcerias locais, regionais, nacionais e internacionais. Abrange o território de cinco comunidades intermunicipais, envolvendo o território correspondente a 73 municípios da Região Centro. A Vice-Reitoria sublinhou o apoio integral concedido ao curso através do PRR, considerando-o “um investimento na promoção do conhecimento”, manifestando a sua total disponibilidade para “vos escutar, iremos fazer fóruns locais com as empresas, com as escolas, com as organizações públicas, do sector social e da saúde, para potenciarmos o projeto e aquilo que ele comporta.” Cristina Albuquerque desejou que este curso seja o primeiro passo para aprofundar a parceria entre a Universidade de Coimbra e o Município da Sertã.
José Pedro Ferreira, Deputado à Assembleia da República e Presidente da Assembleia Municipal da Sertã, referiu-se à abrangência geográfica do curso, “indo para além do município e destina-se a participantes dos diferentes concelhos vizinhos, abrangendo toda a região do Pinhal Interior. Baseando-se em dados do PORDATA, José Pedro Ferreira referiu o crescente envelhecimento da população portuguesa, que “atinge em 2020, 165 idosos para cada 100 jovens, prevendo-se o seu agravamento nos próximos 50 anos.” Este panorama ganha outro peso “quando nos referimos a territórios do interior, nomeadamente ao contexto do pinhal interior” marcado pela “rápida desertificação dos territórios devido à maior pressão e oferta existentes no litoral”. “A prática de atividade física é vital para manter bons níveis de saúde e bem estar”, tendo uma “correlação com os custos associados à saúde”. Este curso vem “proporcionar formação complementar na área da promoção da atividade e exercício físico e alimentação saudável, a um conjunto de profissionais que atuam nos territórios de baixa densidade, tendo experiências em diferentes contextos sócio-culturais que lhes vai proporcionar competências adicionais”. “Irá desenvolver e reforçar competências profissionais e alavancar um conjunto de iniciativas da economia local que possam ser geradoras de novos projetos e riqueza para a região”, concluiu.
Vasco Vaz, Diretor da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra, referiu que a faculdade “abraçou com tudo o que tem” para a realização deste curso. “A nossa missão é trazer a ciência e o ensino a zonas que estão longe”, prevendo-se mais iniciativas e parcerias noutros âmbitos. “A Sertã tem natureza, tem ambiente, tem tudo o que necessitamos para aquilo que chamamos de vida ativa e de atividades saudáveis.”
Beatriz Gomes, Sub-Directora da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra, considera “um privilégio fazer a coordenação e a ligação entre a CCDEF –UC e o Município da Sertã, e juntamente com os professores da faculdade, dinamizar este curso de especialização em colaboração com o Município. Referiu que o curso é “dirigido a licenciados, fundamentalmente das áreas das Ciências do Desporto e da Educação Física e de áreas correlatas”. Terá a duração de um semestre, em horário pós-laboral, à sexta-feira e sábado, e terá funcionamento também em b-learning. A parte presencial decorrerá na vila da Sertã, no SerQ, “havendo um conjunto de atividades que decorrerá no exterior, em diferentes espaços da vila”. O curso é composto por seis unidades curriculares: Políticas de desenvolvimento e de saúde em territórios de baixa densidade; Estilos de vida, comportamentos sustentáveis e alimentação saudável; Sedentarismo e atividade física na saúde e no bem-estar; Dinâmicas de intervenção local numa perspetiva inclusiva; Atividade Física e Exercício em Ambientes Naturais e Projeto de Intervenção comunitária. Os interessados poderão obter mais informações e candidatar-se em: https://apps.uc.pt/courses/PT/course/10164