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Funcionários judiciais entregam pré-aviso de greve para um mês

O Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ) entregou um pré-aviso de greve de um mês, entre 15 de fevereiro e 15 de março, mas admite prolongar a paralisação até abril, caso o Ministério da Justiça não atenda às reivindicações.

Em declarações à Lusa, o presidente do SFJ, António Marçal, antecipou uma “greve diferente”, que vai afetar as diligências de julgamento, além dos serviços do Ministério Público (MP), o registo de atos contabilísticos e a prática de atos relacionados com os pedidos de registo criminal, sublinhando a expectativa de “uma adesão muito grande” dos funcionários judiciais.

“Vai ter um impacto bastante grande na vida dos cidadãos, porque isto é a demonstração de que a máquina da justiça não funciona sem oficiais de justiça. Somos o óleo que faz com que o motor funcione como deve ser e, quando não existe, a máquina começa a emperrar e pode ‘gripar’. Esta é uma realidade que é sobejamente conhecida por todos”, afirmou.

Entre as principais reivindicações destacam-se o preenchimento dos lugares vagos na carreira dos oficiais de justiça, a abertura de procedimentos para o acesso a todas as categorias da carreira, a integração do suplemento de recuperação processual no vencimento, a inclusão num regime especial de aposentação e de acesso ao regime de pré-aposentação e a revisão do estatuto profissional.

“Este primeiro aviso prévio tem uma duração de um mês e depois, se nada for feito pelo Ministério da Justiça e pelo Governo, seguirá um novo aviso prévio”, alertou António Marçal, lembrando que muitas das queixas da classe já foram alvo de resoluções na Assembleia da República ou incluídas em normas do Orçamento do Estado.

Sem deixar de destacar as horas extraordinárias que não são pagas aos funcionários judiciais, apesar de serem necessários para diligências que ocorram fora do horário de trabalho, o dirigente sindical enfatizou: “Somos a única carreira do sistema judiciário que ainda não viu o seu estatuto revisto e é importante que ele seja revisto para alterar os conteúdos funcionais que nos são atribuídos, uma dignificação da carreira e a valorização em termos salariais”.

Segundo o pré-aviso, estão previstos serviços mínimos nas “diligências/audiências de discussão e julgamento em todas as unidades orgânicas” quando estejam em causa direitos e interesses protegidos pela Constituição, a apresentação de detidos e arguidos presos à autoridade judiciária, atos processuais indispensáveis à garantia da liberdade, adoção de atos cuja demora possa prejudicar crianças e jovens e providências urgentes ao abrigo da Lei de Saúde Mental.

Questionado ainda sobre o recente anúncio do recrutamento de 200 oficiais de justiça, o presidente do SFJ relativizou o impacto que essa medida pode vir a ter no terreno.

“Aquilo que diz a experiência é que estes 200 funcionários irão para comarcas como Lisboa, Lisboa Oeste ou Lisboa Norte, onde o custo de vida é mais caro do que no resto do país. Não havendo candidatos, como se tem provado nos últimos movimentos, é mais um procedimento que irá ficar deserto. Ninguém quer vir trabalhar para Lisboa e ganhar menos de 800 euros líquidos quando sabe que um quarto lhe vai custar 400, 450 ou até 500 euros”, concluiu.

Queda de neve corta e condiciona estradas no distrito de Viseu

A neve está hoje a provocar o corte da EN2, entre Castro Daire e Bigorne, e da EN 321, entre Castro Daire e Cinfães, e o condicionamento de outras vias do distrito de Viseu, segundo os comandos sub-regionais da Proteção Civil.

Fonte do comando sub-regional de Viseu Dão Lafões disse à agência Lusa, cerca das 8h00, que a Estrada Nacional (EN) 2 se encontra cortada desde as 0h39, tendo já sido acionado o limpa-neves para o local.

Também ficou cortada durante a noite a EN 321, “mas o limpa-neves já está a atuar e a estrada deverá reabrir em breve”, referiu, por seu turno, o comando sub-regional do Tâmega e Sousa.

Na zona do Douro, a neve está também a condicionar várias estradas municipais dos concelhos de Lamego, Moimenta da Beira e Tarouca, informou o respetivo comando sub-regional.

A Câmara de Tabuaço informou, através da rede social Facebook, que as estradas municipais 515 (Tabuaço – Arcos), 515-1 (Tabuaço – Vale Figueira) e a Estrada de Santa Luzia “estão condicionadas devido à neve e ao gelo”.

“Aconselha-se muita precaução a todos que as utilizem para circular. A alternativa será pela EN323”, informou a autarquia.

Hotel Turismo da Guarda integrado na rede de Pousadas de Portugal

O Hotel Turismo da Guarda vai ser integrado na rede de Pousadas de Portugal para “reabilitação e subsequente exploração”, anunciou hoje o ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, na Assembleia da República.

Segundo um comunicado do gabinete do ministro da Economia e do Mar, o governante anunciou hoje uma nova solução para o Hotel Turismo da cidade mais alta do país.

“O Hotel Turismo da Guarda, edifício emblemático da cidade da Guarda, construído de raiz como unidade hoteleira de referência na região e inaugurado em 1947, será integrado na rede de Pousadas de Portugal e entregue à Empresa Nacional de Turismo, SA., para reabilitação e subsequente exploração, anunciou hoje o ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, na Assembleia da República, na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação”, lê-se na nota enviada à agência Lusa.

A fonte lembra que o imóvel “foi destinado a venda e afetado ao programa ‘Revive’, desde 2011 e até à data presente, não gerando interessados”.

“Hoje, com a sua integração na rede de Pousadas de Portugal, e entregue para reabilitação e subsequente exploração à ENATUR, Empresa Nacional de Turismo, SA., o Hotel Turismo da Guarda vê, assim, mais de 12 anos depois do seu encerramento, a solução final para a sua reabertura ao público”, acrescenta a fonte.

O Hotel Turismo da Guarda encerrou a sua atividade comercial em outubro de 2010 e, em abril de 2011, foi adquirido pelo Turismo de Portugal à Câmara Municipal da Guarda.

Em outubro de 2022, um despacho do Governo determinou a desafetação do imóvel do antigo Hotel de Turismo da Guarda do programa ‘Revive’, por o mercado não ter respondido às ofertas públicas e porque “urge recorrer a soluções alternativas”.

Segundo o texto então publicado em Diário da República, a decisão era justificada pelo Governo porque “urge recorrer a soluções alternativas que permitam estancar a degradação contínua do imóvel e promover o respetivo aproveitamento económico, em benefício do Estado e da economia nacional”.

O Hotel Turismo da Guarda, propriedade do Instituto do Turismo de Portugal, “pelas suas características históricas e arquitetónicas”, integrou a lista de imóveis afetos ao Programa Revive.

No entanto, “não obstante os esforços desenvolvidos, o mercado não respondeu às sucessivas ofertas públicas do Hotel Turismo da Guarda para exploração privada, tendo-se verificado (…) hasta pública, que ficou deserta (2015); desistência da única empresa que permanecia no concurso público para arrendamento com opção de compra (2015); revogação do contrato celebrado com o concessionário, por insolvência, no âmbito do Programa REVIVE (2017); concurso público que ficou deserto, não obstante a prorrogação de prazo para apresentação de propostas (2021)”, referiu o Governo.

O edifício foi vendido em 2010, pela Câmara Municipal, então liderada pelo autarca socialista Joaquim Valente, ao Turismo de Portugal, por 3,5 milhões de euros, para ser recuperado e transformado em hotel de charme, com escola de hotelaria, mas o projeto não saiu do papel e o imóvel está de portas fechadas e a degradar-se.

O hotel, inaugurado na década de 1940, foi a primeira unidade hoteleira da cidade mais alta do país.

Abrantes: Hospital reforça número de camas de internamento devido a pico

O Hospital de Abrantes, do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), está esta terça-feira com constrangimentos devido à “elevada procura” das Urgências, tendo reforçado o número de camas e suspendido provisoriamente as visitas aos doentes internados naquele serviço.

Ainformação foi prestada pelo centro hospitalar num comunicado publicado nas redes sociais.

“Por questões operacionais, foram suspensas provisoriamente as visitas aos doentes internados no Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica da Unidade de Abrantes do CHMT durante o dia de hoje, 17 de janeiro”, refere o centro hospitalar na nota informativa, dando conta que as mesmas “serão retomadas assim que possível”.

Fonte do CHMT disse à Lusa que existe “muita pressão” no Serviço de Urgência, com “elevada procura” de pessoas “a necessitar de observação e a grande maioria de internamento devido a problemas ligados a doenças respiratórias e gripes”, com os tempos de espera, cerca das 19:00, a situarem-se nas duas horas para os utentes de pulseira amarela e que necessitam de observação hospitalar, e de nove minutos para os muitos urgentes (pulseira laranja).

Segundo a mesma fonte, a suspensão provisória das visitas aos doentes internados no Serviço de Urgência, hoje decidida e que “amanhã [quarta-feira] será reavaliada”, visa “garantir melhores condições de conforto aos doentes que procuram os serviços e condições de trabalho otimizadas para os profissionais de saúde poderem prestar melhores cuidados”.

Na nota informativa, o CHMT refere ainda que “estão a ser empreendidos todos os esforços para superar os constrangimentos” e que foi hoje “reforçada a capacidade de internamento em 16 camas”.

“O Serviço de Urgência do CHMT está de portas abertas à população e ao Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM”, sublinha o CHMT na nota informativa, tendo feito notar a necessidade de, “antes de os utentes se deslocarem a qualquer unidade hospitalar, de contactarem previamente a linha de saúde pública SNS24 (808 24 24 24) e, em caso de emergência, ligar 112”.

Constituído pelas unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas, separadas geograficamente entre si por cerca de 30 quilómetros, o CHMT funciona em regime de complementaridade de valências, abrangendo uma população na ordem dos 266 mil habitantes de 11 concelhos do Médio Tejo, a par da Golegã, da Lezíria do Tejo, também do distrito de Santarém, Vila de Rei, de Castelo Branco, e ainda dos municípios de Gavião e Ponte de Sor, ambos de Portalegre.

Águeda é Natal atrai milhares de pessoas ao concelho

Evento é uma das apostas municipais na dinamização do concelho e uma referência nacional

Águeda despede-se do Natal com um balanço “muito positivo”, com o evento, que decorreu durante cerca de dois meses, a atrair atenções, seja pelos milhares de visitantes que encheram as ruas ou pelo impacto mediático, através da imprensa local, regional e nacional ou ainda pelas redes sociais.

Edson Santos, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Águeda, apontou a importância que este evento assume não só na dinâmica e promoção do concelho, mas em primeiro plano como incentivo ao comércio local, que tem nesta época uma das suas principais fontes de receita.

“Águeda é cada vez mais conhecida como uma cidade colorida e que marca pela irreverência, pela capacidade constante de surpreender e por proporcionar a quem nos visita experiências autênticas, diferentes e mágicas. Foi isso mesmo que aconteceu de novembro a janeiro com o Águeda é Natal e com todas as atividades que promovemos”, disse.

A beleza das iluminações e decorações natalícias, que surpreendem a cada ano, com os guarda-chuvas em grande destaque, são das imagens mais instagramáveis e que percorrem o mundo, “promovendo Águeda, o Natal, as nossas gentes e cultura além-fronteiras”, reforçou Edson Santos.

Reconhecida como a cidade do Natal, com o Menor e Maior Pai Natal do Mundo como dois grandes ícones deste evento – e que por si só cativam o interesse dos visitantes –, Águeda cria todos os anos um cartaz diversificado de atividades, que engloba as áreas cultural, desportiva e lúdica, proporcionando uma oferta de iniciativas para vários públicos e em diferentes espaços municipais.

Entre as muitas atividades que decorreram ao longo destes quase dois meses de evento, destaque para a Parada de Natal, que envolveu mais de 20 figuras do imaginário infantil a percorrerem as ruas da cidade, a animação inusitada dos Mimo’s Dixie Band ou os “Gnomos no Parque” que fizeram das suas tropelias no Parque Municipal de Alta Vila.

Este parque, bem no centro da cidade, foi uma das novidades do Águeda é Natal deste ano, com o espaço a ter vários pontos de iluminações e decorações natalícias que atraíram a atenção dos visitantes, bem como várias atividades lúdicas e de animação.

As várias ruas da cidade iluminadas e decoradas com os famosos guarda-chuvas e outros motivos natalícios, o Mercadinho de Natal, as várias atividades lúdicas e culturais que decorreram no Centro de Artes de Águeda ou na Biblioteca Municipal Manuel Alegre, sem esquecer o desporto, com a caminhada de Natal, entre muitas outras atividades, marcaram o calendário deste evento.

As preocupações ambientais e de eficiência energética são premissas estratégicas para o Município de Águeda desde há muitos anos e que são evidentes pela adoção de várias medidas que promovem essas boas práticas por todo o concelho. Em linha com este pressuposto, no Natal, as iluminações e decorações usadas tiveram recurso a tecnologia LED e as luzes estiveram ligadas em horário reduzido, contribuindo para um evento cada vez mais sustentável e amigo do ambiente.

Tendo em conta que no Posto de Turismo estava a decorrer a exposição do Menor Pai Natal do Mundo e que atrai milhares de pessoas, o Município instalou um balcão informativo avançado na Rua Luís de Camões, onde foi prestado todo o apoio aos milhares de visitantes. Neste balcão, para além da informação oral e a possibilidade de recolha de brochuras descritivas do evento, os turistas podiam aceder a todo o mapa do evento através de um QRCode, uma forma sustentável e ecológica de divulgar o evento e que permitiu à população ter o evento disponível no telemóvel de forma prática e acessível.

Estes e outros motivos cativaram a atenção de milhares de pessoas que se deslocaram de vários pontos do país para virem a Águeda conhecer ou rever todo o ambiente que por estes dias se vive na cidade. Uma imagem de magia e encanto que atraiu também a atenção de diversos órgãos de comunicação social, tanto locais como nacionais e até internacionais. Entre eles, particular destaque para a Rádio Televisão de Espanha (TVE 1) e para a RTP que escolheu Águeda para a gravação dos separadores de Natal do canal público de televisão.

 Ciclo Cinema e Autoria estreia amanhã na Casa do Cinema de Coimbra

A Casa do Cinema de Coimbra e os seus promotores – Caminhos do Cinema Português, Fila K Cineclube e Centro de Estudos Cinematográfico da Associação Académica de Coimbra – associam-se à Câmara Municipal (CM) de Coimbra nas celebrações do centenário da Biblioteca Municipal (BM) com a iniciativa Ciclo Cinema e Autoria. A primeira sessão deste ciclo vai acontecer amanhã, dia 18 de janeiro, pelas 21h30, com a apresentação do filme de Rita Azevedo Gomes, “O Trio em Mi Bemol”, baseado na peça teatral com o mesmo nome de Éric Rohmer.

O Ciclo Cinema e Autoria é um projeto pensado para integrar as comemorações do centenário da BM, que decorre durante o presente ano, e que prevê a apresentação de filmes com ligações às temáticas da literatura, dos autores e das bibliotecas. Trata-se, pois, de uma iniciativa que se focará no conceito de autor literário e na materialização da obra escrita pelo autor cinematográfico.

O ciclo contempla 12 sessões de cinema (uma por mês), agendadas para as terceiras quartas-feiras de cada mês, pelas 21h30. Com o intuito de abranger o público infantil, estão previstas mais dois sessões, respetivamente nos dias 1 de abril (antecipando o Dia Internacional do Livro Infantil, celebrado a 2 de abril) e 1 de junho (Dia Mundial da Criança), que decorrerão pelas 10h00.

Todasas sessões decorrerão na sala de cinema do Piso 0 das Galerias Avenida – Casa do Cinema de Coimbra. O bilhete da sessão tem um custo de 4,5€, mediante a apresentação do cartão de leitor da BM de Coimbra na bilheteira. Nas sessões infantis, o bilhete tem um custo de 2€ por criança.

Carnaval volta a Estarreja após dois anos sem desfiles devido à pandemia

Após dois anos sem desfiles, devido à pandemia de Covid-19, o município de Estarreja, no distrito de Aveiro, volta a realizar o Carnaval, tendo como ponto alto os corsos nos dias 19 e 21 de fevereiro.

“É verdade que vamos ter carnaval em 2023 e já não era sem tempo. Estarreja vive muito do Carnaval e vive muito o Carnaval e precisamos dele para continuar saudáveis e felizes durante o ano inteiro”, disse o presidente da autarquia, Diamantino Sabina.

Falando durante a conferência de imprensa para apresentar o Carnaval de Estarreja 2023, que decorreu esta manhã, o autarca manifestou o seu desejo por dias de sol e calor para que o corso possa sair à rua nas melhores condições e para que haja uma grande assistência.

“Precisamos que o São Pedro nos dê tréguas e nos arranje uma sexta-feira à noite, um domingo e uma terça-feira sem chuva, para que o nosso carnaval mostre as suas verdadeiras cores e se afirme como o melhor carnaval de Portugal”, acrescentou.

Na mesma ocasião, a vereadora da Cultura e Eventos, Isabel Simões Pinto, realçou que o Carnaval de Estarreja é feito pela comunidade, envolvendo mais de cinco mil pessoas naquilo que considerou ser uma “indústria” que tem vindo a ser consolidada.

“Nós estimamos que, para além dos desfilantes, que são mais de um milhar, também estejam envolvidos, no total, cerca de cinco mil pessoas a fazer o Carnaval”, afirmou.

A vereadora referiu ainda que o Carnaval de Estarreja é um eco-evento, adiantando que a separação seletiva dos resíduos “começa nas sedes e locais de trabalho dos grupos”.

Segundo Isabel Simões Pinto, os recursos recolhidos serão transformados num valor que irá contribuir para a humanização dos cuidados oncológicos pediátricos do Hospital Pediátrico de Coimbra, através de uma parceria com a ERSUC – Resíduos Sólidos do Centro.

Este ano, a câmara vai investir 350 mil euros no evento, um valor igual ao que foi gasto em 2020, quando se realizaram os últimos desfiles antes da chegada da pandemia.

O programa começa no dia 11, com a Nova Batalha das Flores, no Espaço Folia, situado na praça Francisco Barbosa.

No dia 12, tem lugar o desfile infantil, que conta com a participação de mais de 1.400 figurantes, incluindo crianças e acompanhantes, de 14 grupos.

Para o dia 15, está prevista a chegada dos reis e as marchas luminosas, seguindo-se, no dia 17, o desfile noturno das escolas de samba.

O ponto alto do programa são os grandes corsos carnavalescos, no domingo (dia 19) e terça-feira de Carnaval (dia 21), com quatro escolas de samba, sete grupos de folia, 12 carros alegóricos e mais de mil figurantes e desfilantes.

O programa inclui ainda vários concertos com entradas gratuitas no Espaço Folia, com destaque para o Toy (dia 11), Nel Monteiro (dia 15) Rouxinol Faduncho (dia 18) e Kumpania Algazarra (dia 20).

Todas as pessoas que pretendam assistir aos grandes corsos e desfiles podem comprar a partir de hoje os bilhetes na loja da praceta do mercado ou na bilheteira online.

Penalva do Castelo. 2 detidos em flagrante por caça com meios proibidos

Um dos suspeitos, que se colocou em fuga em plena floresta, foi ainda indiciado pelo crime de desobediência. Os detidos foram constituídos arguidos e os factos comunicados ao Tribunal Judicial de Mangualde.

O Comando Territorial de Viseu da Guarda Nacional Republicana (GNR) deteve, na quinta-feira, dois homens, de 45 e 72 anos, pela prática do crime de caça com meios proibidos. Segundo informa um comunicado a que a TVC teve acesso, a detenção deu-se no concelho de Penalva do Castelo.

Tudo aconteceu no decorrer de uma ação de fiscalização ao exercício do ato venatório, durante a qual os elementos do Núcleo de Proteção Ambiental (NPA) do SEPNA de Mangualde detetaram que os suspeitos exerciam o ato venatório com auxílio de meios proibidos, nomeadamente um chamariz. Tal facto levou às suas detenções em flagrante delito.

Um dos suspeitos foi ainda indiciado pelo crime de desobediência, “uma vez que não cumpriu a ordem do agente fiscalizador em colocar a arma sem segurança, colocando-se em fuga para a mancha florestal”, explica o comunicado. O indivíduo foi, ainda assim, intercetado de imediato.

A ação policial levou ainda à apreensão de duas caçadeiras de calibre 12, 83 munições não percutidas, seis munições percutidas e dois chamariz.

Os detidos foram constituídos arguidos e os factos comunicados ao Tribunal Judicial de Mangualde.

Município de Ourém propõe metro de superfície para ligar Fátima a Leiria

O Município de Ourém, no distrito de Santarém, aprovou uma proposta de criação do metro de superfície para ligar as cidades de Fátima e Leiria, no âmbito da consulta pública do Plano Ferroviário Nacional, foi hoje anunciado.

“A Câmara Municipal de Ourém, atenta à oportunidade de apreciação pública do documento revelado como Plano Ferroviário Nacional, bem como consciente da necessária aplicação de verbas correspondentes ao Plano de Recuperação e Resiliência nos seus eixos e objetivos, apresenta uma proposta de consideração de execução de um metro de superfície entre a projetada estação de Leiria da Alta Velocidade e a cidade de Fátima”, lê-se no documento.

A proposta, aprovada por unanimidade na reunião de segunda-feira do executivo municipal liderado por Luís Albuquerque (PSD/CDS-PP), considera haver “uma região com uma lacuna evidente” no Plano Ferroviário Nacional, “com uma total ausência de serviços ferroviários para Fátima, sobejamente conhecida pelos milhares de pessoas que recebe anualmente, fluxos contínuos e diretamente relacionados com as demais infraestruturas nacionais (rodoviárias e aeroportuárias)”.

“A estação conhecida como sendo ‘estação de Fátima’ [no concelho de Tomar], efetivamente, não traz qualquer serviço à cidade”, situando-se a cerca de 25 quilómetros, “sem qualquer serviço interoperável que possa fazer esta ligação”, refere, notando que “são inúmeras as situações em que os passageiros se sentem defraudados e perdidos com esta errada designação”.

No contributo, o Município de Ourém reconhece que “não há qualquer possibilidade de alteração desta histórica Linha do Norte, muito menos pela falta de serviço que importa à cidade de Fátima”, além de que “também a estação de Caxarias [no concelho de Ourém] não traz serviço ferroviário a Fátima, pese embora a sua maior proximidade (20 Kms)”.

A autarquia pretende um “metropolitano de superfície, elétrico, moderno, confortável e de grande qualidade, que circula nas principais artérias da cidade de Leiria e ruma a Fátima aproveitando o traçado da via rodoviária nalguns locais (coexistência) e faixas alternativas adjacentes noutras partes de traçado até Fátima”.

Apresentando, entre outros aspetos, números relativos a peregrinos que se deslocam ao Santuário de Fátima, a Câmara defende que “justificam uma resposta de transporte e mobilidade de passageiros compatível com as necessidades ao longo do ano, bem como a mobilidade destes milhões de turistas através do país”.

Por outro lado, aponta “exemplos e semelhanças com outras autarquias”, como Almada, Seixal, Coimbra ou Porto, assinalando que “são tudo ligações regionais que obedecem às mesmas condições de prestação de serviço público de transporte de passageiros”.

“Cremos que tem de ser feito um paralelo em termos de coesão nacional e territorial com muitos destes serviços existentes pelo país”, sendo que os números apresentados “para serviço de passageiros merecem uma atenção redobrada naquilo que é o desenho dum plano ferroviário nacional”, acrescenta.

Para a Câmara de Ourém, “um sistema de mobilidade ferroviária como este tem facilidade de integração no tecido urbano da cidade de Leiria na sua ligação até Fátima (menos de 30 Kms), podendo, inclusivamente, penetrar em zonas comerciais, pedonais e de recreio”, sendo que “a projetada estação de Alta Velocidade em Leiria constitui uma oportunidade única de intermobilidade de transporte de passageiros através da ligação a um sistema ferroviário ligeiro de superfície”.

Leiria. Apoios sociais atribuídos ultrapassaram os 1,8 milhões em 2022

O município de Leiria atribuiu em 2022 cerca de 1,8 milhões de euros em apoios sociais, de que beneficiaram 2.111 pessoas, montante superior em quase 450 mil euros às ajudas distribuídas em 2021.

“O Município de Leiria atribuiu, em 2022, 1.847.961,58 euros em apoios sociais, que contemplaram 1.121 agregados familiares do concelho, em áreas como a comparticipação ao arrendamento, ajuda na aquisição de medicamentos, acesso a creches e apoio financeiro ao setor social”, revelou hoje a autarquia, em nota de imprensa.

Segundo a mesma nota, o Fundo Municipal de Emergência Social, que garante apoio de natureza financeira com o objetivo de minorar necessidades prementes às famílias, alcançou 262 agregados, com uma verba de 393.363,32 euros.

Já o Programa de Comparticipação ao Arrendamento, “através do qual é atribuído apoio de natureza financeiro a famílias sem capacidade de assumir encargo com renda de casa, abrangeu 286 agregados e uma verba de 390.082,35 euros”.

Através do Programa de Comparticipação em Medicamentos, “o Município prestou auxílio a 454 agregados familiares, com uma verba de 90.700 euros”, enquanto o Programa Creche para Todos, para apoiar a “integração de crianças em creches da rede privada, atribuiu 116.590,82 euros”.

“O apoio ao setor social, garantido através do PRO LEIRIA [regulamento de apoio ao associativismo], abrangeu 68 instituições, com um montante de 857.225,09 euros”, adiantou a Câmara.

A autarquia acrescentou que, “no balanço da atividade de 2022, destacam-se ainda os 2.247 atendimentos efetuados no Gabinete de Atendimento Social e 1.128 atendimentos Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes”.

Citada na nota de imprensa, a vereadora com o pelouro do Desenvolvimento Social, Ana Valentim, referiu que a Câmara “tem tido a preocupação de implementar medidas de apoio às famílias, que estejam em consonância com o Diagnóstico Social do concelho”.

À agência Lusa, Ana Valentim assinalou que, “desde o último trimestre de 2022, notou-se um crescimento de candidaturas para pedidos de apoio, nomeadamente do Fundo de Emergência Social e do Programa de Comparticipação ao Arrendamento”, tendência que, considerou, vai manter-se este ano.

“As pessoas estão com muita dificuldade em manter os seus compromissos mensais, sobretudo na questão da renda de casa”, declarou a autarca, referindo que, neste âmbito, há um “aumento exponencial e casos de muitas famílias que chegam com dívidas de dois e três meses de renda”, procurando a Câmara dar “alguma tranquilidade, para que mantenham minimamente equilibrada a sua situação financeira”.

Em 2021, a Câmara de Leiria ajudou mais de 3.500 pessoas através dos programas sociais, com 1,4 milhões de euros, valor que já registava um aumento face ao ano anterior.

Nesse ano, a maior fatia do investimento estava relacionada com o PRO Leiria, que canalizou 627.925,35 euros, seguindo-se o Fundo Municipal de Emergência Social, que disponibilizou 390.184,41 euros em apoios.

Já o Programa de Comparticipação ao Arrendamento chegou a 270 agregados familiares, totalizando 245.618,04 euros, tendo, ainda em 2021, o município prestado “auxílio a 869 pessoas na aquisição de medicamentos”, com um montante de 86.900 euros.

Por seu turno, o projeto Creche para Todos, destinado a famílias para integração de crianças em creche da rede privada, alcançou 99 crianças, com um total de 79.328,15 euros.

A habitação e a saúde mental foram identificadas, em 2022, como as maiores problemáticas sociais do concelho.

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