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Sporting da Covilhã aprova a SAD

 O Sporting da Covilhã, da II Liga de futebol, aprovou, por maioria, a transformação da Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas (SDUQ) em Sociedade Anónima Desportiva (SAD)

Após quase quatro horas de discussão, onde foram levantadas várias questões pelos cerca de 100 sócios presentes na assembleia geral extraordinária marcada para a noite de quinta-feira, a proposta da direção foi aprovada com 67 votos a favor, seis abstenções e 27 votos contra.

A decisão prevê a criação de uma SAD com um capital social de 250 mil euros e, além dos 10% de que o clube legalmente terá de ser detentor, serão vendidas aos sócios até 10% das ações, ficando os restantes 80% disponíveis para investidores.

Os sócios podem subscrever, entre 02 e 09 de janeiro, até cinco mil ações, a cinco euros cada, num total de 25 mil euros, tendo prioridade os associados mais antigos e para ter direito a um voto são necessárias 50 ações.

Na proposta lida na reunião magna, a direção do emblema serrano, que em junho completa 100 anos, sublinhou que o Sporting da Covilhã é o único clube do segundo escalão com uma SDUQ e, perante o investimento muito superior nas outras equipas, os ‘leões da serra’ têm vindo “a perder competitividade desportiva”.

Com a entrada de capital de terceiros na SAD “e no próprio clube”, passam a existir instrumentos financeiros que permitem “ter equipas com mais qualidade competitiva” e “condições para obter melhores resultados desportivos”.

Segundo a direção, na documentação apresentada para sustentar a decisão, o Sporting da Covilhã, último classificado na II Liga, escalão em que compete há 15 épocas consecutivas, terá como melhorar “de forma significativa o seu sucesso desportivo e financeiro, o que permitirá crescer a notoriedade da sociedade e do clube”.

“É premente a transformação da sociedade em SAD, para que a mesma possa competir com a mesma igualdade de armas com as sociedades com quem disputa a II Liga de futebol profissional”, foi referido no documento lido na assembleia geral.

A transformação da SDUQ, que tem como único sócio o clube, em SAD, “permitirá à administração captar outro tipo de investidores”, trazendo “ainda mais vantagens para o seu clube fundador, permitindo-lhe continuar a investir no seu património imobiliário desportivo, na melhoria das condições desportivas dos seus atletas de formação, bem como melhorar as vantagens dos seus sócios”, sublinhou a direção, na mesma comunicação.

A direção acrescentou que, além de permitir a entrada de terceiros no capital da sociedade, com a ambição de melhorar os resultados desportivos, a alteração na orgânica da gestão do clube também vai possibilitar “profissionalizar departamentos” que atualmente “dependem do voluntarismo” de dirigentes.

O presidente, José Mendes, lembrou sempre ter resistido ao passo de avançar para uma SAD, apesar das muitas abordagens nesse sentido, mas explicou ter “maturado a situação” e ter chegado à conclusão que, para criar uma equipa competitiva, face ao investimento feito pelos adversários, “não há outra opção” e acrescentou ter “chegado agora o momento” porque “não há dinheiro” e capacidade para o clube ter orçamentos acima de um milhão de euros, comparando com estruturas com verbas sete a oito vezes superior.

“Não é só dizerem que querem chegar à I Liga”, respondeu o presidente aos sócios, sublinhando que o clube fica “em condições de negociar a qualquer momento”, embora possa até não o fazer.

Durante a reunião, primeiro foi pedida a retirada desse ponto e a sua votação numa data posterior, por vários sócios terem manifestado a necessidade de mais tempo para uma reflexão mais ponderada e para uma análise mais profunda, considerando insuficiente terem tido apenas um dia desde que a proposta da direção foi conhecida, na sessão de esclarecimento realizada na véspera.

Foi depois solicitado que esta não fosse a última assembleia geral em que os sócios tivessem uma palavra a dizer sobre o futebol profissional e que a proposta do futuro investidor e projeto desportivo fossem votados pelos sócios, sugestão que não teve o acolhimento da direção.

Numa reunião muito participada, em que se ouviram protestos quando o presidente do órgão encerrou o período de intervenção dos associados, foi proposto por alguns sócios uma votação por voto secreto, rejeitada por Jorge Gomes.

Operação Ano Novo da GNR regista três feridos graves no primeiro dia

Ocorreram 230 acidentes nas primeiras 24 horas e foram detidas 40 pessoas.

Três feridos graves e 53 feridos leves é o balanço do primeiro dia da Operação Ano Novo da Guarda Nacional República (GNR), que registou 230 acidentes nas estradas nas últimas 24 horas.

Desde ontem até às 7h30 desta sexta-feira, dia 30, a GNR fiscalizou 7.853 condutores, dos quais 49 conduziam com excesso de álcool e, destes, 26 foram detidos por conduzirem com uma taxa de álcool no sangue igual ou superior a 1,2 g/l.

Foram ainda detidas 14 pessoas por conduzirem sem habilitação legal.

Aquela força de segurança detetou 2.113 contraordenações rodoviárias, entre as quais 407 por excesso de velocidade, 134 por falta de inspeção periódica obrigatória, 48 por falta ou incorreta utilização do cinto de segurança e/ou sistema de retenção para crianças, 44 por uso indevido do telemóvel no exercício da condução e 48 por falta de seguro de responsabilidade civil obrigatório.

No âmbito da operação ‘Ano Novo 2022’, os militares da GNR estão empenhados no patrulhamento rodoviário e na prestação de auxílio aos condutores, “para que estes cheguem aos seus locais de destino em segurança”. Durante a operação, a GNR vai continuar a priorizar a fiscalização à condução sob a influência do álcool e de substâncias psicotrópicas, ao excesso de velocidade, à falta de inspeção periódica obrigatória, mas também a manobras perigosas, à incorreta execução de manobras de ultrapassagem, de mudança de direção e de cedência de passagem e ainda à utilização indevida do telemóvel.

Tenta bater na mulher em frente da GNR na Guarda. Foi detido em flagrante

Homem ficou proibido de contactar a vítima por qualquer meio ou forma e de se aproximar dela até 500 metros.

Um homem, de 58 anos, foi detido, na quinta-feira, no concelho da Guarda, por violência doméstica, informou hoje a Guarda Nacional Republicana (GNR).

Em comunicado, o Comando Territorial da Guarda indica que os militares foram chamados na sequência de uma denúncia.

No local, “presenciaram o suspeito a ameaçar a vítima, sua companheira de 52 anos de idade, injuriando-a e tentando agredi-la fisicamente, pelo que foi detido em flagrante”.

Ontem, o homem foi presente no Tribunal Judicial da Guarda, tendo ficado proibido de contactar a vítima por qualquer meio ou forma e de se aproximar dela até 500 metros, controlado por pulseira eletrónica.

Três homens apanhados a caçar “antes do nascer do sol” foram detidos

Caso aconteceu na quinta-feira, no concelho de Sernancelhe.

Três homens foram ontem detidos por caçar em horário não permitido por lei, no concelho de Sernancelhe, informou esta sexta-feira a Guarda Nacional Republicana (GNR).

Os indivíduos, de 52, 57 e 69 anos, foram apanhados por  elementos do Núcleo de Proteção Ambiental (NPA) de Moimenta da Beira a “exercer o ato venatório fora da jornada de caça, concretamente, caça ao tordo (Turdus) antes do nascer do sol, tendo sido de imediato detidos”, indica o Comando Territorial de Viseu em comunicado enviado à TVC.

No seguimento da ação policial foram apreendidas três armas de caça e 17 cartuchos.

Os detidos foram constituídos arguidos e os factos foram comunicados ao Tribunal Judicial de Moimenta da Beira.

A GNR sublinha ainda que “a jornada de caça aos pombos, tordos e estorninho-malhado, bem como a detenção de exemplares destas espécies no exercício da caça, só é permitida entre o nascer do Sol e as 16 horas”.

PSP detém dois homens devido a condução sem habilitação legal e sob efeito do álcool

A PSP deteve, ontem, 28 de dezembro, dois homens – um na Figueira da Foz e outro em Coimbra.

Na cidade da Figueira da Foz, foi efetuada a detenção de um homem, de 34 anos, por condução de um veículo automóvel sem habilitação legal para o efeito. A diligência policial teve lugar, pelas 10h50m, na rua Calouste Gulbenkian, no decurso de uma ação de fiscalização. Quando foi solicitada a carta de condução ao indivíduo, este declarou não ser titular de qualquer documento legal que o habilitasse a conduzir veículos a motor.

Em Coimbra, foi detido um homem, de 30 anos de idade, devido a condução sob efeito do álcool. A detenção ocorreu na Avenida Central, pelas 23h08m. Ao ser sujeito ao teste de despistagem de alcoolemia, o indivíduo acusou uma T.A.S de 1,81g/l.

Medidas de Coação aplicadas aos dois detidos pela PSP por tráfico de estupefacientes

Já são conhecidas as medidas de coação aplicadas aos dois homens detidos por polícias da Esquadra de Investigação Criminal (EIC) da Divisão Policial da Figueira da Foz, no dia 27 de dezembro, na avenida 12 de Julho, na zona da Gala, pela prática do crime de tráfico de estupefacientes.

O detido com antecedentes criminais, um homem de 50 anos, viu ser-lhe aplicada a prisão preventiva. Ao outro indivíduo, de 45 anos, foi aplicada a medida de coação de obrigação de apresentações regulares no Órgão de Polícia Criminal (OPC) da área de residência.

Na altura da detenção, os efetivos da EIC apreenderam 1306 doses individuais de heroína e 457 doses individuais de cocaína, bem como 3.077 euros e dois telemóveis.

Marcelo aprova prorrogação da zona de jogo do Estoril e Figueira

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou hoje a prorrogação até seis meses da concessão da zona de jogo do Estoril e da Figueira da Foz até à conclusão dos concursos públicos.

Marcelo Rebelo de Sousa “promulgou o diploma que prorroga até seis meses a concessão das zonas de jogo de fortuna e azar do Estoril e da Figueira da Foz, até à conclusão dos processos dos concursos públicos em curso”, lê-se numa nota publicada no ‘site’ da Presidência da República.

Na terça-feira, o Conselho de Ministros decidiu aprovar a prorrogação da concessão da zona de jogo do Estoril, concedida à Estoril Sol, até à celebração de um novo contrato, justificando a decisão com razões de interesse público.

“Foi aprovado o decreto-lei que autoriza, excecionalmente, em razão do interesse público, a prorrogação da atual concessão do exclusivo da exploração dos jogos de fortuna ou azar na zona de jogo do Estoril, até ao início da nova concessão, resultante do procedimento concursal em curso”, lê-se no comunicado do Conselho de Ministros divulgado à data.

O Ministério da Economia e do Mar detalhou, por seu turno, que a vigência do atual contrato de concessão terminaria em 31 de dezembro do corrente ano, sublinhando que a autorização é concedida “a título excecional, por razões de interesse público e apenas até à celebração de um novo contrato”, que não pode ser celebrado até ao final do ano devido às formalidades legais.

O executivo notou, em comunicado, que esta medida pretende evitar a interrupção da atividade da zona de jogo do Estoril, que, de outra forma, seria inevitável face aos prazos legais para a conclusão do concurso público internacional.

A interrupção teria “um impacto financeiro relevante a nível da receita pública, porquanto deixariam de ser arrecadados valores significativos de imposto especial de jogo, revestindo tais verbas importância crucial para o financiamento das políticas públicas no setor do turismo”, apontou o ministério tutelado por Costa Silva.

Na mesma nota, o Governo referiu que o concurso público em causa está revestido em “elevada complexidade”, que se consubstancia, nomeadamente, na necessidade de um parecer de uma entidade externa e da análise das pronúncias apresentadas.

Assim, o contrato de concessão só poderá ocorrer em janeiro de 2023.

“Entende o Governo que a presente prorrogação permite ainda assegurar a estabilidade laboral dos trabalhadores afetos a esta concessão”, concluiu.

Carro capotado provoca constrangimentos no IP3 entre Viseu e Coimbra

Acidente ocorreu ao quilómetro 84, perto de Santa Comba Dão.

Um despiste envolvendo um veículo leve está a causar esta quinta-feira constrangimentos ao trânsito no IP3, no nó de Santa Comba Dão, no sentido Viseu-Coimbra.

Contactado pela TVC, o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Viseu disse que o despiste deixou um carro capotado, com uma vítima encarcerada no interior.

Uma vítima apresenta feridos ligeiros, depois de ter sido avaliada pelas equipas pré-hospitalares. A pessoa foi entretanto desencarcerada pelas 18h23 e desconhece-se se é a condutora da viatura, ou se seguia sozinha.

O despiste ocorreu no quilómetro 84 do IP3, no concelho de Santa Comba Dão.

A via mantém-se condicionada, mas não cortada, com a brigada de trânsito da Guarda Nacional Republicana (GNR) a fazer o encaminhamento do trânsito no local.

Segundo a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, às 18h48 estavam no local 16 operacionais, apoiados por seis viaturas.

Covilhã recebe 2023 com Mega Festa na Praça do Município

A Câmara Municipal da Covilhã, está a organizar um grande evento de Passagem de Ano no centro da cidade.

Segundo informação a que a TVC teve acesso, a festa vai contar com um concerto da Banda WI-FI, uma tenda gigante com Djs. O ponto alto desta passagem de ano será o espetáculo de fogo-de-artifício que vai iluminar o céu da Cidade Neve.

A autarquia quer com esta iniciativa repetir o sucesso de 2019 e atrair milhares de pessoas à Praça do Município para dar as boas vindas a 2023. 

Em nota de imprensa, o Presidente da Câmara da Covilhã, refere que este evento “representa um contributo da autarquia para reforçar a visibilidade da marca Covilhã, numa altura de grande procura turística”. Vítor Pereira sublinha ainda a importância de se “criar um evento que junte os covilhanenses na entrada para um novo ano que se espera de sucessos para todos”.

Autarca da Guarda veio novamente explicar os motivos que levaram a Câmara a rejeitar o apoio da DGARtes para o TMG

O presidente da Câmara da Guarda, Sérgio Costa, convocou hoje os jornalistas para esclarecer notícias e críticas de várias estruturas políticas locais sobre a decisão da autarquia em rejeitar assinar o acordo com a Direcção Geral das Artes (DGArtes) que garantia ao Teatro Municipal da Guarda (TMG) um apoio de 800 mil euros repartidos por quatro anos.

O assunto, como o TB noticiou, já tinha sido abordado em reuniões de Câmara e da Assembleia Municipal. Hoje, o autarca leu o relatório técnico que esteve na base da decisão e, entre outros aspectos, referiu que em 2019 o município destinou 360 mil euros para a programação do TMG e em 2022 o valor de 500 mil euros.

Sérgio Costa assegurou que, mesmo sem este apoio da DGARtes, o TMG terá «boa programação» e «virada para os vários tipos de público». «Se os resultados [da candidatura] estivessem à vista, nós poderíamos assumir continuar com esse investimento. Mas há o contrário. Em vez de aumentar, o público [em 2022] reduziu 40%», disse o autarca, para justificar a decisão. Recordou que para o município receber «800 mil euros, em quatro anos», teria de despender, naquele período, «mais de três milhões de euros». «Estamos a falar, por isso, num apoio que nós iríamos ter 25% apenas daquilo que nós tínhamos que investir», disse, lembrando que a decisão do executivo que lidera foi tomada com base num relatório técnico.

Sérgio Costa acrescentou que a candidatura «implicava que o município perdesse autonomia da programação, nos tais 85%, ficando obrigado a ir de encontro aos critérios e objectivos» da mesma. Explicou, depois, que, na análise dos anos de 2019 e 2022 (ano em que foi feita a candidatura), verificou-se este ano «uma diminuição muito acrescida do público» e «a programação da candidatura não se ajustou» ao público-alvo que frequenta normalmente o TMG.

Perante esta realidade, assumiu que o município decidiu não assinar a candidatura com a DGArtes. «E, agora, o grande desafio é continuar a fazer boa programação, tal como sempre se fez no TMG. Mais comercial, menos comercial, mais elitista, menos elitista, mais contemporânea, menos contemporânea, mais emergente, menos emergente, mas uma programação muito eclética e virada para os vários tipos de público que habitualmente visitam o Teatro Municipal, não só do concelho, mas da região e do país», assumiu.

O autarca disse que foram dadas indicações aos técnicos do TMG para que a programação continue a ser «eclética, de qualidade, feita pelos técnicos da casa, tal como sempre foi». «Não precisamos que venham programar por nós e a preços demasiado elevados. São os preços de mercado, nós acreditamos, mas os nossos técnicos conseguirão, certamente, continuar a fazer aquilo que fizeram durante os últimos 12 anos. E, por isso, esta programação se manterá com qualidade e para todos os públicos», rematou.

Quanto à receita, em 2019 foi de 60 mil euros e em 2022 a previsão aponta para «metade». Já em relação aos espectadores, disse que em 2019 foram cerca de 15 mil e, este ano, as estimativas apontam para entre nove a dez mil.

Dada a situação, depois de avaliados «os prós e os contras», o autarca de Guarda informou o director da DGArtes sobre a rejeição da candidatura relativa ao Teatro Municipal. Sérgio Costa também sublinhou que a Câmara continua a apostar no sector cultural e no orçamento para 2023 destina meio milhão de euros para a programação do TMG e vai continuar a apoiar as associações culturais, as companhias de teatro e os projectos culturais emergentes no território.

De recordar que, em Abril deste ano, na conferência de imprensa em que anunciou o apoio da DGARtes, o autarca da Guarda fez questão de revelar que o júri do concurso tinha considerado o plano da programação do TMG que constava da candidatura «apresenta qualidade e diversidade artística, propõe um equilíbrio entre as diferentes artes do espectáculo, apresentando projectos muito diversos e variados, de grandes espectáculos para massas, dimensão mediática a espectáculo de pequenos nichos de público». «É este compromisso que foi firmado nesta candidatura para os próximos quatro anos. E isto leva-nos a dizer que estamos efectivamente no caminho de fazermos cada vez mais cultura com os de cá, nomeadamente com estas co-produções que aqui estão bem referenciadas», disse na altura Sérgio Costa.

O presidente da Câmara chegou mesmo a considerar que «a atribuição deste apoio [da DGARtes] é manifestamente um reconhecimento institucional do trabalho e da relevância cultural que o TMG tem tido ao longo dos anos». Certo é que, no passado dia 22 de Dezembro, o autarca veio anunciar que não assinava o contrato com a DGARtes, referindo que a sua decisão se baseava num relatório técnico, que segundo adiantou, terá, entre outras, a assinatura de Victor Afonso, programador do TMG.

PS e PCP “chumbam” orçamento de 31,6 milhões da Câmara da Marinha Grande para 2023

“A partir do dia 1 de janeiro toda a ação municipal encontra-se condicionada”, lamenta o executivo liderado pelo movimento independente +MPM

A maioria dos deputados municipais da Marinha Grande reprovou na noite desta quarta-feira, a proposta de orçamento municipal para 2023, apresentada pela maioria do +MPM, força que elegeu Aurélio Ferreira presidente do executivo.

No valor de 31,6 milhões de euros, o orçamento tinha sido aprovado pela Câmara na reunião de 30 de novembro, mas foi agora reprovado pela Assembleia Municipal.

A bancada do PS, força política que conta com vereadores com pelouros no executivo, votou contra o documento, depois dos vereadores socialistas o terem viabilizado há cerca de um mês.

Ontem à noite, na rejeição do documento, o PCP juntou-se aos socialistas, somando 12 votos contra. O orçamento conseguiu ainda 11 votos a favor do +MPM e PSD, 1 abstenção do Bloco de Esquerda.

Na discussão do orçamento, Aurélio Ferreira explicou que o documento apresentado reflete uma “estratégia de promoção da melhoria das condições de vida dos munícipes, tendo em vista o desenvolvimento sustentável do concelho”.

O orçamento prevê 4 milhões de euros em compromissos já assumidos, 17,3 milhões de euros de adjudicações contratadas e despesas fixas.

Há um aumento de 16% nas receitas, no âmbito da delegação de competências, mas também um crescimento “significativo” de 32% ao nível da despesa com a delegação de competências, aumento da energia, gás, resíduos, inflação, revisão de preços das obras e salários.

Das bancadas do PCP e do PS saíram duras críticas ao documento. Luís Guerra Marques (PCP), considerou que o orçamento “não melhora a qualidade de vida dos marinhenses”, apelidando de “miserável” o valor disponível para o investimento.

Dirigindo-se ao presidente da Câmara, o deputado comunista adiantou que poderia ter resumido a crítica a quatro palavras: “Volta Cidália, estás perdoada”.

Luís Guerra Marques referia-se a Cidália Ferreira, a anterior presidente de Câmara, eleita pelo PS e que foi derrotada por Aurélio Ferreira nas últimas eleições autárquicas. “O orçamento é um deserto de ideias”, reforçou o deputado.

Por sua vez, Rafael Almeida (PS), sustentou que ao documento faltam os projetos essenciais para o concelho: “mesmo sendo um mau orçamento, se comtemplasse os projetos estruturantes que a população da Marinha precisa, deixava passar o orçamento, mas não os tem”.

Ao invés, Artur Jorge, deputado +MPM, sustentou que “este é um orçamento equilibrado e realista e que expressa um plano de ação para o nosso concelho”. E Aurélio Ferreira reforçou a ideia dizendo que “este foi o orçamento mais escrutinado e discutido de sempre”.

“Não temos jeito para jogos partidários e não andamos a brincar”, apontou o presidente que lembrou que “ter um orçamento é diferente de governar com uma regra matemática de 1/12 por mês”.

Presidente da Assembleia Municipal, Curto Ribeiro (PS), lembrou que “o executivo não fica a governar sem orçamento, tem em vigor o orçamento de 2022”.

Ainda assim, adiantou, “o trabalho não acaba aqui”. E deixou votos para que “em curto prazo sejam criadas as condições de diálogo com as várias forças políticas, para se apresentar um orçamento que possa merecer aprovação”. 

Esta quinta-feira, em comunicado, a maioria no executivo fez saber que “lamenta o chumbo do orçamento” que, entende, “compromete obras importantes para o desenvolvimento do concelho, algumas das quais em execução e outras com candidaturas aprovadas e com financiamento garantido”.

“A partir do dia 1 de janeiro toda a ação municipal encontra-se condicionada”, reforça a nota divulgada pela autarquia.

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