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Ovar: Criação de Unidades Locais de Saúde não limita escolha dos utentes

A direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) esclareceu hoje que os cidadãos de Ovar vão poder continuar a escolher hospitais onde querem ser tratados que não pertençam à Unidade Local de Saúde da Região de Aveiro.

“A criação das Unidades Locais de Saúde (ULS) em nada limita a livre escolha dos utentes, incluindo por unidades hospitalares que não pertençam a estas ULS, nomeadamente em matéria de consultas externas, cirurgias, meios complementares de diagnóstico e acesso ao serviço de urgência”, refere a equipa liderada por Fernando Araújo.

A informação consta de uma nota enviada à Agência Lusa, após a Câmara de Ovar ter rejeitado, por unanimidade, a proposta de integração dos Cuidados de Saúde Primários de Ovar e do Hospital Francisco Zagalo na futura Unidade Local de Saúde da Região de Aveiro.

Em resposta à Lusa, a direção executiva do SNS refere que a escolha dos utentes de Ovar, pela sua proximidade geográfica, do Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga ou Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia e Espinho “continuará a ser possível de realizar, de forma livre e esclarecida, sem qualquer constrangimento”.

A equipa de gestão do SNS refere que a estratégia assegura ainda o reforço de serviços no Hospital Francisco Zagalo, nomeadamente em termos de resposta cirúrgica, consulta externa (com a inclusão de novas especialidades, que nunca existiram nesta instituição) e meios complementares de diagnóstico, permitindo assim “aumentar a proximidade e a resposta em saúde aos cidadãos, bem como manter todos os profissionais”.

“O plano de negócios inclui ainda os investimentos delineados pelas várias instituições, os projetos em curso e os que estavam em fase de preparação para o futuro, nas vertentes assistencial, de formação e de investigação, incluindo a passagem de uma para duas salas cirúrgicas do Hospital de Ovar, o que vai permitir duplicar a produção cirúrgica na instituição”, refere a mesma nota.

Por último, a equipa de gestão do SNS sublinha que os cuidados de saúde primários sempre estiveram no Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Vouga, sem que tenha havido “qualquer problema ou questão”, e que “a organização gestionária em nada impacta na escolha dos utentes em termos de serviços de saúde hospitalares”.

Na quarta-feira, a câmara de Ovar emitiu um comunicado a anunciar que tinha tomado uma posição formal e rejeitado, por unanimidade, a proposta de integração dos Cuidados de Saúde Primários de Ovar e do Hospital Francisco Zagalo na futura Unidade Local de Saúde da Região de Aveiro.

A autarquia liderada por Salvador Malheiro (PSD) defendeu a “inclusão” destes serviços de saúde e do Hospital de Ovar “no estudo que decorre para a criação da Unidade Local de Saúde de Entre Douro e Vouga (Santa Maria da Feira)”.

Independentemente do modelo que vier a ser adotado pelo Governo, o município vareiro considera indispensável que o Ministério da Saúde proceda à abertura do Serviço de Urgência Básica no Hospital de Ovar e ao reforço do respetivo bloco operatório, sem esquecer a reabertura dos Polos de Saúde de Maceda e Arada.

A Câmara defende ainda a necessidade de serem salvaguardados os postos de trabalho e os atuais vínculos laborais no Hospital Francisco Zagalo e nos Cuidados de Saúde Primários de Ovar.

“Pela proximidade que temos com as nossas gentes, sabemos bem que elas querem ser referenciadas para o local mais próximo, e não para o local que mais convém ao Ministério da Saúde”, afirmou o presidente da Câmara de Ovar, citado na mesma nota.

“Sabemos que anseiam pelo Serviço de Urgência no Hospital de Ovar e que querem todos os Polos de Saúde a funcionar em pleno”, acrescentou.

Oficiais de Justiça pedem reunião do Conselho de Estado

O Sindicato dos Oficiais de Justiça apelou hoje ao Presidente da República para convocar o Conselho de Estado, alegando que os órgãos de soberania estão em crise, devido à falta de funcionários para assegurar serviços.

A posição do sindicato surge após a publicação de um aviso sobre destacamentos excecionais de oficiais de justiça para os núcleos de Sintra e Cascais, na página da Direção-geral da Administração da Justiça, como “medida excecional para dar resposta a uma situação urgente”.

“Esgotados todos os meios ao alcance dos órgãos de gestão daquela Comarca e desta Direção-Geral, não é possível assegurar o funcionamento dos serviços nos núcleos de Sintra e de Cascais”, lê-se na publicação.

O sindicato recordou, em comunicado, que tem vindo a alertar para a falta de oficiais de justiça e para os problemas relacionados com o congelamento da carreira.

“De salientar que também o Conselho Superior da Magistratura reconheceu, através de deliberação datada de 27 de setembro de 2022 que a escassez de oficiais de justiça, agravada com o último movimento de trabalhadores – abril de 2022 -, coloca em causa o regular funcionamento dos tribunais”, alegou o sindicato.

A estrutura sindical responsabilizou o Governo e considerou que, perante a ausência de medidas, “nada mais resta” do que apelar ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para convocar o Conselho de Estado, no sentido de ser “avaliada a matéria em apreço”.

Relativamente ao problema da falta de oficiais de justiça nos núcleos de Sintra e Cascais, a Lusa questionou ao início da tarde o Ministério da Justiça, mas até às 18:15 não obteve qualquer resposta.

Demissão de Pedro Nuno Santos? “Parece uma República das Bananas”

O antigo primeiro-ministro, Pedro Santana Lopes, falou esta quinta-feira sobre a apresentação da demissão do ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos.

O antigo primeiro-ministro, Pedro Santana Lopes, falou esta quinta-feira sobre a apresentação da demissão do ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, salientando que “é bom as pessoas ponderarem o que pode acontecer”. 

De acordo com o atual presidente da câmara da Figueira da Foz, em declarações à Rádio Observador, a Constituição da República Portuguesa “permite estas situações completamente disfuncionais”, lembrando o momento em que Jorge Sampaio dissolveu o governo que liderava, depois da saída de Durão Barroso, apesar de se tratarem de “circunstâncias diferentes”.

“O sistema continua a estar manifestamente desequilibrado para a esquerda porque quando as mesmas situações acontecem à esquerda há uma aceitação, um encaixe e uma tolerância absolutamente diferentes de quando acontecem no centro-direita, mesmo sendo o Presidente da República dessa área política”, referiu ainda Santana Lopes.

Sobre a postura de Marcelo Rebelo de Sousa, denotou que tem mantido uma “atitude institucionalmente correta, embora com muita polémica no segundo mandato à mistura”, esclarecendo que prefere que “presidentes tenham uma atitude correta com os governos do que andem à guerra com os governos”.

No entanto, na sua opinião, apesar do Presidente ter tido sempre uma “atitude prudente”, considera que era mais benéfico se “falasse menos, a menos que fossem assuntos que lhe compete”.

“Parece uma República das Bananas”, frisou Santana Lopes, explicando que o primeiro-ministro, António Costa “tem de ter a legitimidade de continuar a governar mas com um governo novo”.

“O primeiro-ministro tem responsabilidade objetiva mas o presidente deve convidá-lo a criar novo governo”, reforçou ainda.

O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, apresentou, na quarta-feira, a demissão ao primeiro-ministro, António Costa, que já aceitou o pedido.

A decisão acontece após nova polémica com a TAP, que envolveu a indemnização de 500 mil euros paga à ex-secretária de Estado do Tesouro Alexandra Reis.

Fernando Tavares Pereira defende bonificação no tempo de reforma para os trabalhadores do interior

O empresário Fernando Tavares Pereira quer uma bonificação na contagem do tempo de reforma para os trabalhadores das regiões do interior do país. O empresário defende uma majoração de meio ano anual, até um máximo de 20 anos, na contagem do tempo de contribuições.

“No tempo da guerra colonial havia uma majoração para aqueles que eram mobilizados para o Ultramar. Actualmente, as regiões do interior estão a travar uma guerra contra a desertificação. Esta medida, que começaria a contar do próximo ano, passaria atribuir aos trabalhadores do interior uma majoração de meio ano anual, durante um período máximo de 20 anos de trabalho”, defende o empresário. “Era uma forma de captar empresas e população, uma vez que os nossos governantes não se preocupam em aplicar medidas de descriminação positiva em termos de IRS e IRC para facilitar o investimento nas regiões do interior”, atira.

Fernando Tavares Pereira chama ainda a atenção para o facto de os municípios destes territórios estarem a receber cada menos do Estado Central, via Fundo de Equilíbrio Financeiro (FEF), uma vez que a verba é calculada em função da população de cada município. “Este estado de coisas tem conduzido a quebras de receitas transferidas para as autarquias ao longo dos anos, diminuindo a capacidade de investimento e criação de condições atrair pessoas e investimento”, sublinha o empresário que se mostra cáustico para com os autarcas locais. “Os nossos políticos também têm culpa. Não reivindicam e ainda batem palmas”, frisa.

In O Correio da Beira Serra

Penela: Vai realizar estudo para expandir rede de ‘metrobus’ ao Espinhal

Os órgãos municipais de Penela aprovaram um estudo para a expansão ao concelho do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), estando previsto um investimento de 63 milhões de euros para ligar Coimbra ao Espinhal, foi hoje anunciado.

“O traçado agora aprovado e validado pela Comunidade Intermunicipal [da Região de Coimbra] e pelos órgãos do município de Penela prevê nove novas estações entre Condeixa-a-Nova e Penela, num troço de 20,9 quilómetros”, refere em comunicado a Câmara Municipal, indicando que o SMM, à base de autocarros elétricos do tipo ‘metrobus’, deverá estender-se até à vila do Espinhal, no mesmo concelho do distrito de Coimbra.

Citado na nota, o presidente da Câmara, Eduardo Nogueira dos Santos, recorda que “o estudo inicial subvertia os justos anseios de Penela e dos penelenses, uma vez que o traçado se desviava dos aglomerados”.

No entanto, segundo o autarca, “o trabalho e o esforço realizados pelo município” permitiram um “melhoramento claro na eficiência do traçado”, que assim “se aproxima das populações a captar e ganha atratividade”.

“Com este desvio, aumentamos o número de potenciais utilizadores, o que aumenta a viabilidade da operação de acordo com os critérios do estudo”, salienta.

Encomendado pela Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra, “o estudo analisou diversas fases e eixos para uma eventual expansão do ‘metrobus’ na região, sendo que o traçado Condeixa-a-Nova – Penela foi melhorado com contributos da Câmara Municipal de Penela, de forma a contemplar uma paragem em Alfafar, que inicialmente não estava prevista na proposta e que permite beneficiar a população de Podentes” e arredores.

O executivo liderado por Eduardo Nogueira dos Santos e a Assembleia Municipal aprovaram por unanimidade o estudo de expansão do SMM, concebido pela empresa OPT.

Para a Câmara de Penela, “a paragem no lugar do Zambujal, no concelho de Condeixa, não deve inviabilizar a paragem de Alfafar, no concelho de Penela”, onde o traçado prevê ainda paragens nesta vila, Zona Industrial e Espinhal.

“Esta será uma oportunidade histórica para se fazer justiça a estas populações”, afirma o autarca, ao defender que “o próximo quadro comunitário Portugal 2030 deve comprometer-se com este anseio de desenvolvimento e de crescimento de uma região que está a perder habitantes e qualidade de vida, muito devido à escassez de financiamento público estatal”.

Na sua opinião, a expansão do SMM ao Espinhal “será muito relevante para a coesão territorial da região”, estando já, por isso, a autarquia “a trabalhar para prever o espaço-canal” do futuro ‘metrobus’ na próxima alteração do Plano Diretor Municipal (PDM).

No aniversário de Pinto da Costa FC Porto dá espetáculo numa goleada ao Arouca e volta a ameaçar Benfica

Em dia de festa do presidente do FC Porto, dragões golearam o Arouca e reaproximaram-se, à condição, da liderança da I Liga

O FC Porto venceu nesta quarta-feira o Arouca por 5-1, em jogo da 14.ª jornada da I Liga. Em dia de festa, o dragão deu a Pinto da Costa um belo presente de aniversário, seguindo com tudo na corrida pelo topo da tabela do campeonato.

Otávio abriu as contas aos 23 minutos de jogo, seguindo-se três golos golos de Taremi, aos 18, 34 e 50 minutos. Opoku ainda marcou na própria baliza após cruzamento do iraniano, sendo de Bruno Marques o último golo do encontro, o golo de honra do Arouca.

Com este resultado, o FC Porto chega aos 32 pontos, ficando, à condição, a cinco pontos do Benfica. Já o Arouca volta a perder na I Liga e segue com 19 pontos no 10.º lugar da tabela do campeonato.

Melhor presente de aniversário Pinto da Costa não podia pedir. O FC Porto deu espetáculo em casa no regresso à I Liga e manteve a boa forma na temporada. 85 anos de vida, 40 de presidência, mereciam grande recompensa e foi isso que aconteceu.

A entrada do FC Porto em campo não podia ter sido melhor. Aos 23 segundos de jogos, enquanto alguns ainda procuravam o seu lugar nas bancadas do Estádio do Dragão, Otávio aproveitou uma bola perdida para marcar o primeiro encontro.

Um golo madrugador costuma arrumar desde cedo a questão, mas o FC Porto não tomou o ditado como garantido. A equipa de Sérgio Conceição não tirou o pé do acelerador e procurou sempre o segundo golo. Marcou-o por Taremi, numa jogada que descreve o campeão nacional: rápido, pragmático e letal.

O terceiro golo acabou por aparecer no pior momento do FC Porto na partida. Já com algum perigo criado junto à baliza de Diogo Costa, com Alan Ruiz a fazer o papel de irrequieto que normalmente pertence a Mújica, o Arouca acabou por mostrar alguma fraqueza na defesa. A dormir quando não devia, a linha defensiva dos arouquenses deixou Taremi ganhar a frente e, na cara do golo, o iraniano não tremeu.

O intervalo de pouco serviu ao Arouca, que voltou para campo praticamente derrotado. A confirmação surgiu ao minuto 50, quando Taremi voltou a fazer das suas. Novamente perante uma defesa de farrapos, o iraniano chegou ao hat-trick. Minutos mais tarde, forçou o quinto golo ao cruzar para o centro da grande área. Opoku tentou cortar e fez autogolo.

No momento em que não devia, pelo momento que passava, o FC Porto sofreu um golo. Bruno Marques estreou-se a marcar na I Liga com um remate de longe, deixando Sérgio Conceição furioso. A verdade é que o grito do técnico fez a equipa tremer, permitindo ao avançado brasileiro voltar a ameaçar.

Os tremeliques passaram depressa, com o Dragão em plena festa em homenagem a Pinto da Costa. São 32 pontos, menos cinco que o Benfica, que, espera o Dragão, pode escorregar frente ao Sp. Braga e animar mais a luta pelo título da I Liga.

Moradores regressam a casa após deslizamento de terra em Leiria

Os moradores que foram deslocados na madrugada de segunda-feira, devido ao deslizamento de terra junto a um edifício em Leiria, vão regressar hoje a casa, disse à agência Lusa o vereador da Proteção Civil.

Luís Lopes explicou que os serviços municipais vão proceder, durante o dia de hoje, à remoção da massa rochosa, que se desprendeu no talude do cemitério de Leiria, que acabou por cair nos terraços de um edifício.

Por precaução, o incidente, que ocorreu na madrugada de segunda-feira, obrigou ao deslocamento de 11 moradores.

“Hoje à tarde vai realizar-se uma reunião entre os técnicos, o empreiteiro e os moradores para falar sobre os condicionalismos. Os moradores poderão regressar hoje, condicionados à não utilização da parte de trás do edifício”, adiantou Luís Lopes.

O edifício não sofreu quaisquer danos e os técnicos vão proceder a medidas complementares para garantir a estabilidade do talude.

O deslizamento resultou da forte precipitação em Leiria, que esta segunda-feira provocou inundações no centro da cidade. “Tivemos um episódio de precipitação forte e localizado, entre as 11:10 e 11:25. Foi registada uma acumulação de precipitação de 7 milímetros, o que significa que tivemos sete litros por metro quadrado em 15 minutos”, afirmou.

Comparando com os valores de referência da chuva da semana anterior, Luís Lopes referiu que a “precipitação em 24 horas nunca chegou a uma taxa deste género” e que para ter algo idêntico seria necessário ter “uma acumulação de 28 milímetros por hora”.

“Apesar deste nível de precipitação, passados dez a 15 minutos já não tínhamos acumulação da precipitação, o que permitiu manter a circulação rodoviária”, explanou.

Marionetas de Alcobaça vistas por mais de 25 mil pessoas em 2022

A S.A. Marionetas, companhia de Alcobaça que comemora 25 anos a ‘trabalhar para o boneco’, bateu em 2022 o recorde de público, com mais de 25 mil pessoas a assistir às 10 produções que mantém em itinerância.

“Este foi, sem dúvida, o ano em que tivemos mais pessoas a assistir às nossas produções”, disse hoje à agência Lusa o diretor artístico da S.A. Marionetas — Teatro & Bonecos, José Gil, num balanço da atividade da companhia de Alcobaça, no distrito de Leiria.

“Sendo impossível quantificar um número certo porque muitas das apresentações são na rua, ficamos com uma estimativa de que viram as nossas apresentações cerca de 25.400 pessoas”, afirmou José Gil, sustentando que para este recorde de público contribuíram especialmente “as apresentações internacionais do “Lúmen — uma história de amor”, um espetáculo de grandes dimensões apresentado em Madrid, na abertura do festival Veranos de la Villa, onde o público “encheu a Plaza de Espana”.

No ano em que comemora 25 anos de atividade, a S.A. Marionetas manteve em itinerância 10 produções com as quais efetuou 89 apresentações, em 63 localidades portuguesas e em países como a Tunísia, Espanha, São Tomé e Príncipe e Polónia.

Manipuladores e marionetas percorreram, em 2022, “18.860 quilómetros de carro e 23.904 de avião”, para participar em vários festivais em Portugal, dos quais destacam o Festival Palheta (em Ílhavo e Gafanha da Nazaré), Festival Periferias (Sintra); Festival de Teatro (Campo Maior), Festival Latitudes (Óbidos), Festival de Teatro Infantil (Batalha), Maratona de Robertos no Museu da Marioneta de Lisboa, Festival Olhó Boneco (Vila do Conde), Festival Manobras/Artemrede (Barreiro e Pombal) e Festival Foliazinho (Lousada).

Na digressão por festivais internacionais, além do FitzMadrid – Festival Internacional del verano del Teatro de Títeres del Retiro, a companhia marcou presença, ainda em Espanha, no Mercat de Cultura Infantil d´Orpesa. As marionetas de Alcobaça estiveram também dois festivais na Tunísia, o Cathage Puppetry Arts Days (Tunes) e o Festival OFF (Tazerka), e o Puppets On Stage – International Festival of Street Theatres Dolls, em Varsóvia, na Polónia.

Este ano ficou também marcado pela atuação da companhia, pela primeira vez, no Coliseu do Porto e pela colocação, na cidade de Alcobaça, de uma placa comemorativa dos 25 anos da S.A. Marionetas e do primeiro aniversário da entrada para Inventário Nacional de Património Cultural e Imaterial do Teatro Dom Roberto. Já no final do ano a companhia recebeu a nomeação dos Iberian Festival Awards para a categoria de Best Non-Music Festival.

Para 2023, a companhia tem já agendada a apresentação dos dois bonecos de grandes dimensões (cinco metros de altura) do Lúmen, que em 05 de janeiro irão participar na “Cavalgada de Reis”, em Burgos, Espanha, e “uma série de eventos integrados nas comemorações dos 25 anos, que se prolongam até outubro”, disse José Gil.

Entre eles estão a edição dos “Cadernos da Companhia”, uma coleção de livros dedicada aos mais de 50 espetáculos já produzidos pela S.A. Marionetas e que começará a sair do início do ano.

“O primeiro será sobre a peça ‘Inês de Castro’ e o segundo sobre a peça ‘A ver navios'”, explicou José Gil, acrescentando que entre os títulos já programados estará também “uma grande autobiografia sobre os 25 anos, com entrevistas, textos e histórias sobre as viagens, as produções e aventuras destes anos”.

Na calha estão ainda a criação de “mais um ou dois espetáculos, um deles sem palavras”, renovando a aposta feita há alguns anos com “Etc.”, um espetáculo sem palavras que contribuiu para a internacionalização da companhia, várias vezes premiado e que “continua a ser solicitado ara participar em festivais”, disse José Gil.

A S.A. Marionetas — Teatro e Bonecos é uma companhia profissional que desde 1979 produz originais em português, promovendo e divulgando o Teatro de Marionetas.

Organiza, desde 1998, o Festival Marionetas na Cidade (Alcobaça), tendo participado em diversos festivais no país e no estrangeiro. Desde 1997 já criou 51 produções originais e recebeu dezenas de prémios nacionais e internacionais.

Linhares da Beira em processo de reclassificação para monumento nacional

A Direção-Geral do Património Cultural deu início ao procedimento de alteração da área classificada da antiga vila de Linhares da Beira, no concelho de Celorico da Beira, e da sua reclassificação para conjunto de interesse nacional/monumento nacional.

Num despacho publicado hoje em Diário da República, o diretor-geral do Património Cultural, João Carlos dos Santos, determina a abertura do procedimento de alteração da área classificada como conjunto de interesse público e a sua reclassificação para conjunto de interesse nacional/monumento nacional e de redenominação para “Zona Histórica da Vila de Linhares da Beira, na freguesia de Linhares, concelho de Celorico da Beira, distrito da Guarda”.

“A antiga vila de Linhares da Beira, classificada como CIP [conjunto de interesse público], e os imóveis localizados na zona geral de proteção (50 metros contados a partir dos seus limites externos) continuam abrangidos pelas disposições legais em vigor”, segundo o documento.

O presidente da Câmara Municipal de Celorico da Beira, Carlos Ascensão, disse à agência Lusa que o processo de classificação de Linhares da Beira insere-se no âmbito da rede das 12 Aldeias Históricas de Portugal.

Segundo o autarca, o processo permitirá que todas as aldeias esbatam “algumas dissonâncias” que ainda existam e que, numa fase posterior, possam ser candidatadas a Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

“É para que a rede das 12 [Aldeias Históricas] seja abrangida e é esse o processo que está em curso”, indicou.

No tocante a Linhares da Beira, Carlos Ascensão referiu que a reclassificação da localidade para monumento nacional “dá um estatuto diferente, porque já permite algum tipo de ações, de candidaturas, que antes não era possível fazer”.

“Isto abre-nos outras portas e outra dimensão, mas também nos traz outras responsabilidades em termos da exigência da preservação dos padrões, e não permitir que certas coisas aconteçam à revelia”, afirmou.

Por outro lado, salientou que há muito trabalho para fazer, porque nas várias Aldeias Históricas existem “dissonâncias” que é preciso ultrapassar.

“Há todo um padrão que é preciso respeitar e este estatuto que agora está em curso vai aumentar o grau de exigência e de rigor e o critério tem que ser mais apertado”, admitiu.

Com a reclassificação em curso, que permitirá que as 12 Aldeias Históricas sejam monumento nacional, também existirá “outro tipo de possibilidades de valorização” das localidades “em termos de produto turístico”.

“É, de facto, um orgulho que nós tenhamos as 12 aldeias [classificadas] como monumento nacional, porque, depois, segue-se uma candidatura a património da UNESCO, que é isso que temos no horizonte”, rematou o presidente da Câmara Municipal de Celorico da Beira que também preside à Aldeias Históricas de Portugal – Associação de Desenvolvimento Turístico.

A Rede das Aldeias Históricas de Portugal abrange Almeida, Belmonte, Castelo Mendo, Castelo Novo, Castelo Rodrigo, Idanha-a-Velha, Linhares da Beira, Marialva, Monsanto, Piódão, Sortelha e Trancoso.

Lisboa, atenção aos condicionamentos de trânsito na Passagem de Ano

As ruas da capital vão sofrer condicionamentos no dia da passagem de ano e os horários dos transportes públicos vão sofrer alterações.

Se vive em Lisboa, ou se vai visitar a capital durante a passagem de ano, tenha em atenção os condicionamentos a algumas ruas da cidade, causados pelas celebrações da entrada em 2023.

O principal constrangimento passará pelo encerramento da circulação na Praça do Comércio e arruamentos envolventes, entre as 17h00 de sábado e as 5h00 de domingo. Bem como o encerramento da rua do Arsenal e da Av. Infante Dom Henrique.

No Parque das Nações, haverá condicionamentos na Praça do Venturoso c/ Av. da Boa Esperança e na rotunda dos Vice-Reis c/ Av. da Boa Esperança e Alameda dos Oceanos, bem como na rotunda da Torre Vasco da Gama c/ rua do Bojador e na rotunda do Altice c/ rua do Bojador.

A autarquia anunciou em comunicado que, neste dia, os transportes públicos serão reforçados, com a Carris, por exemplo, a reforçar o plano de circulação da Rede da Madrugada.

A partir das 17h00, no entanto, os elétricos e os autocarros não circularão na zona da Rua do Arsenal e na zona da Av. Ribeira das Naus. Por sua vez, o horário de funcionamento do metro de Lisboa manter-se-á igual, funcionando até à 1h00 de 1 de janeiro de 2023, com um reforço na capacidade dos comboios, que funcionarão com seis carruagens.

A estação de metro do Terreiro do Paço será, no entanto, encerrada às 18h00 de sábado.

As ligações fluviais do Barreiro e de Cacilhas vão ter um horário com partidas extra no dia 31 de dezembro e, na madrugada de dia 1 de janeiro de 2023, para além do horário habitual, haverá duas partidas extra em direção à margem Sul do Tejo: às 3h00 e às 4h00.

Devido ao Concerto de Fim de Ano e espetáculo de fogo de artifício vão ainda ocorrer condicionamentos de trânsito nos seguintes locais:

– Praça do Comércio e arruamentos envolventes – será encerrada a circulação, entre as 17h00 de 31 de dezembro e as 5h00 de 1 de janeiro;

– Av. 24 de Julho C/ a Av. D. Carlos I;

– Rua de S. Paulo c/ Rua da Moeda e Rua das Flores c/ Rua de S. Paulo – condicionamento do acesso ao Largo do Corpo Santo;

– Cais do Sodré/ Praça Duque de Terceira/ Cais do Sodré/ Largo Barão de Quintela/ Rua das Flores – encerramento do acesso para a zona Ribeira da Naus e Largo do Corpo Santo a partir das 17h00;

– Rua do Arsenal – encerrada;

– Av. Infante D. Henrique (Viaduto da Av. Mécia Mouzinho de Albuquerque) – corte total exceto transportes públicos;

– Av. Infante D. Henrique c/ Santa Apolónia – corte total exceto Carris que poderá ir inverter junto à Alfandega – no acesso ao largo Terreiro do Trigo;

– Av. Infante D. Henrique c/ Estação Sul e Sueste – impedimento do acesso à Praça do Comércio;

– Rua da Alfândega c/ Praça do Comércio – encerramento do acesso à Praça e à Rua do Arsenal, bem como à Avenida Infante D. Henrique;

– Rua Vitor Cordom c/ a Calçada do Ferregial – acesso ao Parque da Praça do Município (percurso alternativo para viaturas credenciadas): Largo do Chiado, Rua António Maria Cardoso, Rua Vitor Cordom, Calçada de S. Francisco, Rua Nova do Almada em contramão;

– Restauradores Sul, cuja passagem para o Rossio será apenas permitida a transportes públicos;

– Praça da Figueira – encerrado o acesso à Rua dos Fanqueiros e à Rua dos Douradores – desvio para o Rossio ou Martim Moniz;

– Rossio c/Rua do Ouro – encerrada a Rua do Ouro e a rua dos Sapateiros;

– Rua da Conceição – encerrada;

No Parque das Nações, também vai haver condicionamentos nos seguintes locais:

– Praça do Venturoso c/ Av. da Boa Esperança; 

– Rotunda dos Vice-Reis c/ Av. da Boa Esperança e Alameda dos Oceanos;

– Rotunda da Torre Vasco da Gama c/ Rua do Bojador;

– Rotunda do Altice c/ Rua do Bojador;

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