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Portugueses e espanhóis lideram as reservas nas épocas de Natal e fim de ano na região Centro

Turistas portugueses e espanhóis lideram as reservas nas épocas de Natal e fim de ano na região Centro e as projeções da entidade regional de turismo apontam para volumes de reservas e valor superiores a 2019.

Dados de um barómetro permanente da Turismo Centro de Portugal (TCP), que reúne cerca de 1.100 empresas da região, hoje revelados à agência Lusa por Pedro Machado, presidente daquela entidade, apontam para uma “esmagadora” procura de turistas portugueses, seguida dos espanhóis.

“Neste momento, são as duas nacionalidades que dominam claramente a procura das reservas: mercado interno e espanhóis. Depois, brasileiros, também, seguido de americanos e de outras nacionalidades, mas já com percentagens menos relevantes”, esclareceu.

As projeções da Turismo Centro de Portugal apontam ainda para um fim de ano de 2022 a superar, em volume de procura e de rendimento, os números de 2019, ano com que compara, o último antes da pandemia de covid-19.

“Temos os fluxos [de turistas] a superarem 2019, mas essencialmente o rendimento. Primeiro, por força das circunstâncias do aumento dos custos operacionais, que aumentaram para toda a gente, a energia e outros, mas também porque o mercado está a fazer um ajustamento de preços, os operadores estão a vender com mais valor incorporado”, frisou Pedro Machado.

“Não é mais caro, é com mais valor. Mas dentro daquilo que o mercado pode suportar”, enfatizou.

Como exemplo, Pedro Machado apontou restaurantes e unidades hoteleiras com “pacotes mais qualificados”.

“Sobem o valor relativamente a 2021 ou 2019, mas também oferecem mais serviços. Parece-me estar a haver da parte dos empresários, e inteligentemente, um ajustamento do preço, mas também com mais serviços incorporados”, notou.

Quanto às regiões mais procuradas, destaca-se a Serra da Estrela, um ‘clássico” do fim de ano em Portugal, “por força da neve e das suas características naturais, com muitas unidades já a 100%, taxa de ocupação total”, afirmou o presidente da TCP.

Segue-se a Beira Baixa, “que é zona de ligação com a Serra da Estrela”, nomeadamente no Fundão e Castelo Branco, onde “existe também grande procura” da ordem dos 95%.

Pedro Machado notou, por outro lado, que a procura no fim de ano de 2022 “é também assinalada nos locais onde decorrerão festas” de rua, apontando os casos dos municípios de Mira, Figueira da Foz, Coimbra ou Nazaré.

“Onde existem programas de réveillon públicos, há também uma forte presença de reservas, acima dos 95%”, declarou.

Nova descarga de efluentes polui Ribeira dos Milagres em Leiria

A Comissão de Ambiente e Defesa da Ribeira dos Milagres alertou hoje para uma nova descarga de efluentes suinícolas e considerou que na quinta-feira foi uma “noite negra” para o afluente do rio Lis no concelho de Leiria.

“As descargas são anunciadas nos boletins meteorológicos. Ontem [quinta-feira] estavam criadas as condições para que se pudessem fazer descargas livremente, com pouca visibilidade, porque foi ao cair da noite, quando o caudal da ribeira era muito e a chuva intensa”, afirmou à agência Lusa o porta-voz da comissão, Rui Crespo.

Segundo Rui Crespo, a descarga foi “feita na Ribeira dos Milagres” e já foi apresentada queixa à Guarda Nacional Republicana (GNR).

“Foi a partir da Madalena até à Ponte da Pedra, na Estrada Nacional 109, e era visível em três locais”, esclareceu, adiantando que foi, “sem dúvida nenhuma”, uma descarga de efluentes suinícolas.

Rui Crespo apontou a existência de “espuma abundante e algum cheiro”, e, embora reconheça que existam outros agentes poluidores, as descargas “eram de suiniculturas claramente”.

A ribeira dos Milagres é um afluente do rio Lis e este desagua na Praia da Vieira, concelho da Marinha Grande.

De acordo com o porta-voz da Comissão de Ambiente e Defesa da Ribeira dos Milagres, esta “tem cerca de 30 pequenos afluentes, junto aos quais estão instaladas cerca de 180 suiniculturas ativas”.

“Já foram 250 no passado”, acrescentou.

Fonte da GNR esclareceu que na quinta-feira, cerca das 20:30, foi rececionada denúncia telefónica.

“O Núcleo de Proteção Ambiental do Comando Territorial de Leiria da GNR, órgão que tem competência para investigar este tipo de situações, está hoje no terreno a desenvolver diligências”, acrescentou a mesma fonte.

Em 2021, a GNR recebeu 41 denúncias de descargas de efluentes pecuários no distrito de Leiria e instruiu um processo-crime e 30 autos de contraordenação relativos a descargas ilegais, segundo informação do Comando Territorial enviada à Lusa.

A maioria das denúncias ocorreu nos concelhos do litoral, como Leiria, Alcobaça e Caldas da Rainha, e ainda Batalha e Porto de Mós.

Estarreja aprova orçamento de 28,5 milhões de euros para 2023

A Câmara de Estarreja, distrito de Aveiro, aprovou, com os votos da maioria PSD/CD-PPS e o voto contra dos vereadores do PS, as opções do plano e orçamento para 2023, no valor global de 28,5 milhões de euros.

O presidente da Câmara, Diamantino Sabina, defendeu o equilíbrio das propostas da maioria, apesar do contexto adverso de incerteza, aludindo à guerra na Ucrânia e à crise energética, bem como às dificuldades em executar obras e exemplificando com o facto de terem ficado desertos oito concursos públicos.

 “Estamos perante um documento equilibrado, com uma forte componente de investimento, sensível do ponto de vista das exigências sociais e claramente um impulsionador económica e socialmente”, sustentou.

Já os vereadores do PS, na oposição, defenderam mais apoio às famílias, aos estudantes e às associações do município.

O PS propunha o aumento do apoio às associações e IPSS “no mínimo, em valor igual ao da inflação”, a duplicação do número de bolsas de estudo atribuído a alunos do ensino superior oriundos do concelho e a atualização do seu valor pela inflação.

Quanto ao denominado “pacote fiscal”, o executivo municipal aprovou para o ano de 2023 a participação no IRS de 3% (o PS propunha a diminuição para metade) e decidiu manter a taxa do IMI em 0,35%, aplicando as reduções para as famílias em função do número de dependentes.

Ainda no que respeita ao IMI, foi aprovada uma majoração de 30% em prédios degradados e de 100% em prédios rústicos florestais abandonados.

De uma redução para metade do IMI vão beneficiar os prédios classificados de interesse público, valor municipal ou património cultural e ainda de 25% os prédios urbanos com eficiência energética.

No que respeita à derrama a lançar sobre o rendimento das empresas foi aprovada a derrama de 1,5%, que se fica pelos 0,01% nas empresas com um volume de negócios inferior a 150 mil euros.

O orçamento de Estarreja deste ano foi de 24 milhões de euros, menos 4,5 milhões do que o de 2023.

Estudante universitária violada na Covilhã. Suspeito tem 18 anos

Agressor já foi detido e aguarda agora julgamento em prisão preventiva.

Um jovem foi detido por suspeitas de ter violado uma estudante da Universidade da Beira Interior, no passado dia 12 de novembro, na Covilhã, revela esta sexta-feira, 9 de dezembro, a Polícia Judiciária (PJ) num comunicado enviado à TVC.

De acordo com a mesma nota, o crime aconteceu na residência do suspeito, para onde os jovens, ambos com 18 anos, se deslocaram depois se terem conhecido num bar da Covilhã.

O detido já foi presente às autoridades judiciárias para primeiro interrogatório judicial, onde lhe foi decretada a medida de coação de prisão preventiva.

Detido suspeito de abusar de enteado de cinco anos em Sever do Vouga

Abusos aconteciam “em contexto de violência doméstica com os restantes membros da família”, adianta a PJ.

Um homem foi detido por ser suspeito de ter abusado sexualmente do filho da companheira, com cinco anos de idade, por várias vezes, informou a Polícia Judiciária (PJ) esta sexta-feira em comunicado. O mandado de detenção foi emitido pelo DIAP de Águeda.

Os factos ocorreram numa localidade do concelho de Sever do Vouga e os indícios colhidos até ao momento pela investigação apontam no sentido de os abusos sexuais “terem acontecido em contexto de violência doméstica com os restantes membros da família, quando o detido coabitava com a vítima, tendo apenas agora sido revelados pela criança”.

O detido, com 33 anos de idade, foi presente às Autoridades Judiciárias competentes para interrogatório judicial. Foram-lhe aplicadas as medidas de coação de obrigação de apresentações trissemanais, proibição de contactos com todos os membros da família controlada por meios eletrónicos, bem como proibição de frequência de vários locais.

Defesa da Soares da Costa pede absolvição no caso de hotel na Tocha

Os advogados de defesa da construtora Soares da Costa e de dois ex-responsáveis do grupo pediram, esta sexta-feira, a absolvição dos seus clientes no caso de uma alegada fraude na construção de um hotel na Praia da Tocha, Cantanhede.

Na continuação das alegações finais do processo que decorreu no Tribunal de Coimbra, os advogados dos três arguidos (construtora, ex-administrador e ex-diretor financeiro da empresa) consideraram que não foi produzida qualquer prova em sede de julgamento que aponte para um crime por parte dos seus clientes, acusados de conluio com os promotores de um hotel na Praia da Tocha, concelho de Cantanhede, cuja construção nunca terminou.

No âmbito deste processo, é pedida a restituição de 1,2 milhões de euros obtidos através de um programa de apoio da Turismo de Portugal.

O advogado que representa a construtora criticou vários pontos associados à acusação, nomeadamente o próprio processo da Turismo de Portugal, que classificou de “manta de retalhos” e “caos documental”, com folhas em falta e outras inelegíveis.

A defesa da Soares da Costa criticou a acusação por pôr todos os arguidos — promotores e construtora — “no mesmo saco”, quando em sede de julgamento “não ficou provado nenhum facto contra” a sua cliente.

“A acusação ruiu como um castelo de areia”, notou, referindo que nem a construtora nem os ex-responsáveis da empresa tinham conhecimento de que o projeto teria apoio financeiro da Turismo de Portugal quando a obra foi consignada.

A defesa considerou ainda que não ficou provado qualquer esquema ou estratagema de libertação de fundos com a promotora do hotel, recordando que, no processo de insolvência dessa empresa, são reconhecidos créditos devidos à Soares da Costa no valor de cerca de um milhão de euros.

“Faz algum sentido haver conluio e depois a Soares da Costa ficar com um buraco de um milhão de euros”, questionou, antes de pedir a absolvição da sua cliente, bem como dos ex-responsáveis da construtora.

Os advogados que representam o ex-administrador e ex-diretor financeiro também indicaram a ausência de provas que aponte quer para o crime de fraude na obtenção de subsídio — realçaram também que os arguidos não sabiam que a empreitada teria financiamento público — ou para o crime de branqueamento.

A defesa desses dois arguidos, em momentos distintos, apontou também para a ausência de prova de algum tipo de benefício financeiro que teriam recebido com o alegado esquema.

O processo julga a Soares da Costa, dois ex-responsáveis daquele grupo, dois promotores de um hotel de cinco estrelas que nunca foi concluído na Praia da Tocha, assim como duas empresas que terão sido utilizadas para o negócio, sendo suspeitos de terem participado num crime de fraude na obtenção de subsídio, no valor de 1,2 milhões de euros obtidos através de um programa de apoio da Turismo de Portugal, com candidatura aprovada em 2010.

Na anterior sessão, quando começaram as alegações finais, a procuradora do Ministério Público defendeu a condenação de todos os arguidos, considerando que a prova produzida aponta para a prática dos crimes de que são acusados.

No entanto, a mesma procuradora considerou que os arguidos devem ser condenados “em modos necessariamente diferentes”, apontando para um dos promotores, um decorador de 61 anos, que se encontra fora do país, como o “arquiteto” de todo o esquema no qual os restantes terão acabado por participar.

Também a assistente que representa moradores junto ao local onde ficaram apenas as ruínas do hotel vincou a ideia de o promotor de 61 anos ser o principal “agente”, recordando que o mesmo era “bem-falante”, soube vender “o seu produto” e ludibriar “um conjunto de pessoas”.

“Este senhor merece uma pena bem mais pesada [do que os restantes]. Vemos fotos do senhor, que está sempre em festas e em boas companhias. Tem de haver uma penalização mais forte para que estas coisas não se repitam”, asseverou.

A leitura da sentença ficou marcada para 16 de janeiro de 2023, às 14h00.

Aprígio Santos julgado em Coimbra por abuso fiscal quando liderava Naval

O antigo administrador da Naval, clube de futebol da Figueira da Foz, Aprígio Santos começa a ser julgado na terça-feira, no Tribunal de Coimbra, por um crime de abuso fiscal no valor de mais de 860 mil euros.

Quer a Naval SAD, cujo processo insolvência foi encerrado em dezembro de 2016, quer Aprígio Santos são acusados de um crime de abuso de confiança fiscal, estando em causa a não entrega de valores em dívida ao Estado relativos ao IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado) e ao IRS (Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares), entre 2011 e 2013.

Os arguidos não entregaram “nos cofres do Estado” os valores exigidos quer de IVA quer de IRS, constante de faturas emitidas durante aquele período, nem no prazo de 90 dias após o termo do prazo legal para a entrega, nota o Ministério Público, no despacho de pronúncia consultado pela agência Lusa, proferido em 2017.

O Ministério Público considera que Aprígio Santos optou por não entregar qualquer valor, “movido pela facilidade com que sucessivamente logrou concretizar os seus intentos, pois que, após não ter entregue os montantes referentes ao segundo trimestre de 2011, não entregou as quantias dos períodos subsequentes, em virtude das Finanças não o terem entretanto inspecionado”.

Para a acusação, o arguido teria a convicção de que a sua conduta “tinha sido bem-sucedida e permanecia impune”.

Em 2016, a Associação Naval 1.º de Maio tinha uma dívida de cerca de nove milhões de euros, tendo sido proferida sentença de declaração de insolvência desta entidade em fevereiro de 2019.

Já anteriormente, o processo insolvência da Naval SAD tinha sido dado como encerrado, em dezembro de 2016, nove meses antes de o clube, que disputou a I Liga de futebol durante seis épocas, ter decidido suspender a atividade de formação e de equipa sénior.

Desde 2014, que foram surgindo várias notícias sobre a situação financeira delicada da Naval, cuja SAD chegou a ver aprovado um Plano Especial de Revitalização em 2014.

Na altura, Aprígio Santos assegurava que essa aprovação garantiria que o clube não iria morrer.

Após o fim da Naval 1.º de Maio, foi criada a Naval 1893, que disputa a Divisão de Honra (liga distrital) de Coimbra.

Em 2021, o Jornal de Negócios noticiou que a Parvalorem, que herdou os ativos do extinto Banco Português de Negócios (BPN), pediu a insolvência da Imoholding e da Pré-Bloco Anestro, de Aprígio Santos, na tentativa de recuperar uma parte de uma dívida de mais de 140 milhões de euros daquele empresário.

Quatro encapuzados tentam assaltar hipermercado em Albergaria-a-Velha

Quatro encapuzados tentaram assaltar, esta madrugada de segunda-feira, o hipermercado Pingo Doce, em Albergaria-a-Velha.

Os suspeitos tentaram furtar o cofre mas não conseguiram abrir a porta blindada do escritório. Ainda usaram uma marreta e um pé de cabra mas sem sucesso.

O equipamento inibidor de sinal foi também utilizado, sem sucesso, para evitar o acionamento do alarme que aconteceu às 1h30. 

Fotos: Jornal de Albergaria

Pedro Gonçalves será o novo comandante distrital da GNR da Guarda

O tenente-coronel Pedro Emanuel de Jesus Gonçalves é desde esta Sexta-feira, o novo comandante do Comando Territorial da GNR da Guarda, sucedendo no cargo ao coronel Cunha Rasteiro. A cerimónia de tomada de posse, que decorrerá no Parque Urbano do Rio Diz, será presidida pelo comandante-Geral da Guarda Nacional Republicana, tenente-general José Correia.

O novo comandante é natural do concelho da Guarda, tendo nascido no dia 14 de Abril de 1978. É licenciado em Ciências Militares pela Academia Militar, na especialidade de segurança (GNR), possui uma pós-graduação em Ciências Militares e Policiais pelo Instituto de Estudos Superiores Militares e uma pós-graduação em Direito e Segurança pela Faculdade de Direito de Lisboa. Ingressou no quadro permanente da Guarda Nacional Republicana em 2000, tendo desempenhado diversas funções ao longo da sua carreira profissional, entre as quais, a de 2.º comandante do Comando Territorial da Guarda, 2.º comandante do Comando Territorial de Viseu, comandante do Destacamento Territorial da Guarda e comandante do Destacamento Territorial de Pinhel.

Trabalhadores das IPSS, Misericórdias e Mutalidades em greve na Sexta-feira

Os trabalhadores das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), das Misericórdias e das Mutualidades estão em greve na Sexta-feira por aumentos salariais e valorização da carreira profissional, estando também marcadas concentrações.

Os pré-avisos de greve foram apresentados por duas estruturas sindicais, um através do CESP – Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal, afecto à CGTP-In, e outro pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof), que diz respeito especificamente aos docentes que trabalham nas IPSS e Misericórdias.

Segundo a informação no site da CGTP-In e da responsabilidade do CESP, Sexta-feira é «dia de luta dos trabalhadores do sector social». «Quem trabalha numa IPSS sabe que os aumentos salariais dos últimos anos não repõem o poder de compra nem valorizam o seu trabalho», lê-se na informação, que alerta que desde 2017 que aos aumentos não têm efeitos retroactivos a Janeiro, «penalizando a generalidade dos trabalhadores».

Denuncia, por outro lado, a proposta da Confederação Nacional de Instituições de Solidariedade (CNIS) para que os salários sejam aumentados apenas a partir de Julho e que todos os trabalhadores do apoio fiquem com salários abaixo dos 760 euros, ao mesmo tempo que «não aceitam assumir o compromisso de que em Janeiro de 2023 todos os trabalhadores do sector serão aumentados e valorizados» face à subida do salário mínimo nacional (SMN). «Em 2009, uma ajudante de acção directa de 1.ª recebia 106€ acima do valor do SMN. A proposta da CNIS é que em 2022 esta trabalhadora receba apenas 41€ acima do SMN», exemplifica, garantindo que não aceitam a desvalorização da profissão e que «a luta é o caminho».

Por outro lado, segundo o CESP, os trabalhadores das Misericórdias «são ainda mais desvalorizados», já que, «embora trabalhem de forma igual aos das IPSS, não têm os mesmos direitos nem salários que eles».

Em relação às Mutualidades, o CESP diz que estas estruturas «pretendem retirar direitos aos trabalhadores e não aplicar o CCT [Contrato Coletivo de Trabalho] para os Trabalhadores das IPSS», apontando como «inadmissível» que estas pessoas «com dezenas de anos de trabalho nas mutualidades continuem a receber o salário mínimo nacional, sem qualquer valorização do seu trabalho».

Nesse sentido, as exigências destes trabalhadores, que irão estar também concentrados, às 11:00, frente à CNIS do Porto e junto à sede da União das Misericórdias, em Lisboa, passam pelo aumento dos salários, a valorização da carreira profissional e a garantia da vigência do Contrato Colectivo de Trabalho a partir de Janeiro de 2022.

O pré-aviso de greve da Fenprof diz respeito especificamente aos professores das IPSS e das Misericórdias, estando também marcada uma concentração, às 11:00, frente à sede da CNIS, no Porto, e frente ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, em Lisboa. «A CNIS e a UMP insistem numa política de baixos salários, sem valorização do trabalho e sem recuperação de rendimentos. Estas confederações patronais persistem num discurso de falta de financiamento sem reconhecer, aos docentes, o empenho e a disponibilidade que têm demonstrado», acusa a Fenprof.

De acordo com esta estrutura sindical, as reivindicações destes docentes são pela valorização salarial, aumentos salariais com efeitos a Janeiro e pelo desbloqueamento da progressão da carreira para os educadores em creche.

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